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domingo, 17 de agosto de 2008

Entrevista: Sandro Boka, deputado do PMDB de Rio Grande


Na mesma coluna de Políbio Braga, está publicada a entrevista com o deputado estadual Sandro Boka. Abaixo, a transcrição:


Que proposta o senhor vai defender na reunião do dia 1º com as diretorias da Petrobras, Braskem e Ultra, donas da Refinaria Ipiranga ?


A única saída é a estatização.

Qual é o problema ?


A refinaria está parada há dois meses. O preço do barril do petróleo custa US$ 140 para refinar. A Petrobras não pode fornecer ao seu custo, que é de US$ 20, porque beneficiaria os grupos privados seus sócios. Não há como comprar a matéria-prima a R$ 1,35 o litro e vender os derivados, como o GLP e a gasolina, a R$ 0,46 e R$ 1,15 (preços de refinaria), respectivamente


Os novos donos querem fechar a refinaria ?


Aos poucos, estão fechando tudo. Já fecharam a fábrica de lubrificantes. Os grupos Ultra, a Braskem e Petrobras criam um quadro de não retorno para fechar a refinaria. Só no primeiro trimestre o prejuízo foi de R$ 13 milhões de reais.

E o petróleo que prometeram ?


Há mais de dois meses, não chega uma gota de petróleo na nossa refinaria. Estamos refinando uma nafta suja, oriunda de países do Mercosul, para não dizer que as atividades da refinaria pararam. Sua capacidade de refino é de 15 mil barris/dia.

Como reagem os trabalhadores ?


O clima é de desespero entre os funcionários. A refinaria gera ICMS de R$ 250 milhões por ano. É a responsável pela maior parte do retorno do imposto para Rio Grande.
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Vão deixar acontecer?


Saiu na coluna do jornalista Políbio Braga nesta semana:





Elizabeth Tellechea, a CEO da Refinaria Ipiranga, de Rio Grande, já avisou Petrobras, Ultra e Braskem que quer porque quer ir embora.

A refinaria não pára de dar prejuízo. Foram R$ 13 milhões só no primeiro trimestre. A Petrobras não fornece petróleo para refinar. No Brasil, só Ipiranga e Manguinhos são refinarias privadas.

Petrobras, Braskem e Ultra parecem determinadas a acumular prejuízo em cima de prejuízo, para justificar um final infeliz. Braskem e Ultra estão loucas para abrir mão das suas participações. A saída está na estatização.
O governo estadual, surpreendentemente, não tem opinião sobre o assunto e nem se mete na discussão, mas recolhe da refinaria R$ 250 milhões de ICMS por ano.
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Parabéns Lauro II


Conheça um pouco do trabalho idealizado por Lauro Barcelos:


O espaço

O centro está dotado de salas de leitura e produção textual, biblioteca, laboratório de informática, auditório, salas de música e dança e refeitório, além de vestiários e salas de banho.

Para os cursos específicos, existem também estruturas para padaria, cozinha, oficina mecânica náutica e um estaleiro-escola para a construção naval, equipado com itens como lixadeira, torno, solda, serra, prensa, macaco e guincho hidráulicos.

Nas áreas de lazer e de convivência, o tema marítimo é o destaque. Há embarcações da coleção da Furg e uma fonte com peixes enfeita o jardim.

Partindo do pressuposto do projeto pedagógico de incluir os jovens

expostos aos riscos de vulnerabilidade social, como marginalidade, adesão a drogas, prostituição e abandono familiar, haverá ainda espaços para atendimento médico e psicológico.

Os cursos previstos são: Construção Naval, Educação Náutica, Turismo e Hotelaria, Ecoturismo, Panificação, Costuraria, Culinária, Jardinagem, Telecomunicações, Pintura Residencial, Reciclagem, Agricultura Familiar, Eletricidade Residencial, Informática, Construção Civil.
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Parabéns Lauro

Está de parabéns o oceanólogo Lauro Barcelos. Nesta semana, na próxima terça-feira, Lauro verá um sonho de anos realizado: será inaugurado o Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar), projeto social da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Um sonho que começou em 1986. Abaixo transcrevo a reportagem publicada no jornal Zero Hora deste domingo feira pelo repórter Rodrigo Santos sobre o CCMAR, com fotos de Eduardo Beleske.

Um sonho feito de mar


A vontade de criar um espaço educacional direcionado à população juvenil de baixa renda da cidade e voltado sobretudo para as atividades ligadas ao mar norteou a luta de Barcelos ao longo de mais de duas décadas. Coordenador do complexo de museus da Furg, ele vibra agora com a conclusão da obra do prédio do CCMar, localizado às margens da Lagoa dos Patos.

As obras começaram em 1997, quando teve início a reforma de um antigo entreposto de pesca, seguida pela construção de um anexo. Com área total aproximada de 5 mil metros quadrados, o complexo sediará cursos pré-profissionalizantes em áreas identificadas como de necessidade no mercado da região.

O público-alvo serão meninos e meninas entre 14 e 17 anos, estudantes da rede pública e com renda familiar de até 1,5 salário mínimo. A intenção é abrigar até 200 jovens por ano, em dois turnos, sempre no período inverso ao da escola regular e com direito a refeições.– A idéia é torná-los aprendizes nessas profissões, para que já possam ser encaminhados ao mercado de trabalho – resume Barcelos.Inauguração ocorrerá na próxima terça-feiraOs 12 cursos oferecidos no primeiro ano terão duração de quatro meses.

Os pioneiros, com início em setembro, serão os de construção naval, hidráulica residencial, eletricidade, informática e turismo e hotelaria, desenvolvidos em parceria com o projeto Escola de Fábrica.No CCMar, além das aulas teóricas e práticas de cada tema, os alunos terão uma formação cidadã. Serão exploradas atividades de educação física e artística, cidadania, comunicação e expressão, higiene e segurança no trabalho, educação ambiental, entre outras.

A cerimônia de inauguração será na terça-feira, dia em que a Furg completa 39 anos. Com investimento de aproximadamente R$ 2,5 milhões, o projeto foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os cursos terão pareceria do Serviço Nacional do Comércio (Senac) e outras entidades apoiadoras.
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