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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Hidrovia II


Sem novos investimentos, a movimentação de grãos pelas hidrovias cresceria pouco, situando-se em 8,6 milhões de toneladas na safra 2018/19, de acordo com as projeções da agência. Mas se houver investimentos públicos, o volume de grãos transportado via hidrovia poderia saltar para 51,2 milhões de toneladas na safra 2018/19, o equivalente a 28,44% de uma safra potencial de 180 milhões de toneladas.


São mais 42,6 milhões de toneladas em relação a um cenário sem investimentos na malha hidroviária, diz o diretor da Antaq Tiago Lima.O relatório sobre o potencial de desenvolvimento das hidrovias no Brasil e sobre a contribuição desse meio de transporte para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa, foi apresentado em painel da conferência do clima das Nações Unidas (ONU), em Copenhague, na Dinamarca. Lima vai apresentar os dados sobre o sistema hidroviário no chamado Espaço Brasil, destinado a apresentações da delegação brasileira.


Os cálculos da Antaq indicam que ao movimentar 42,6 milhões de toneladas de grãos via hidrovia seria possível reduzir as emissões de CO2 em 56% na safra 2018/19. A conta considera que para transportar esse volume de grãos via rodoviária os caminhões percorreriam, em média, mil quilômetros até os portos com a emissão de 6,9 milhões de quilos de CO2. Já para movimentar a mesma quantidade de grãos por meio de hidrovias a emissão seria de 3,1 milhões de quilos de CO2, levando-se em conta a necessidade de transportar a safra, primeiro via caminhão, em trecho médio de 200 quilômetros, e depois, via rios, por mais 1,2 mil quilômetros, em média.
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Hidrovia pode ajudar o Brasil a reduzir emissão de CO2


Reportagem assinada pelo jornalista Francisco Góes do Valor Econômico,revela que o maior uso das hidrovias para o transporte de produtos, em especial da safra agrícola, pode ajudar a reduzir as emissões de gases do efeito estufa no Brasil.


Um relatório da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostra que existe potencial para reduzir pela metade, em menos de uma década, as emissões de dióxido de carbono (CO2) no transporte da safra de grãos por meio de uma maior participação das hidrovias na matriz de transporte. Para atingir essa meta, serão necessários investimentos estimados em R$ 7,6 bilhões na construção de eclusas, dragagem e obras capazes de ampliar a navegabilidade dos rios.


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Oceanário II


O Oceanário Brasil será construído em um Parque Ecológico, localizado entre o Balneário Cassino e os Molhes da Barra, em uma área de 176 hectares do lado do Oceano Atlântico. A previsão é de que no final de 2012, a obra esteja concluída. O investimento é de R$ 140 milhões. Atualmente, a Furg procura parcerias para a obra. O Oceanário será dividido em Ala Norte, Sul, Leste, Oeste e Central.


O complexo Oceanário contará ainda com um Centro de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação Oceanográfica, área de apoio técnico, Espaço Artesanal de Economia Solidária, torre mirante, teleférico, quiosques, lago e estacionamento. De acordo com o reitor da Furg, o Oceanário terá espelhos d’água, estrutura metálica e um tanque central, considerado um dos maiores do mundo.


A Ala Sul abrigará o espaço para o acesso ao Oceanário e para o entretenimento. Entre os ambientes estarão recepção, bilheteria, bar/cafeteria, loja, restaurante, docas, serviços de apoio, área administrativa. Os visitantes poderão desfrutar dos espaços para exposições temporárias, exposição multimídia, biblioteca, workshop, cinema 3D Imax e Educação Ambiental.


A Ala Sul exibirá ecossistemas e espécies da Antártica e do sul do país, como os arroios, banhados do Taim e Lagoa Mirim, Laguna dos Patos, Pinguinário, Anfíbios, Marismas e Estuário, Piscicultura, Carcinocultura, Elevação do Rio Grande, Praia Arenosa, Pinípedes, Água-viva, Antártica, e ainda terá uma Galeria Biodiversidade e um Tanque de Contato.


Na Ala Leste, haverá um salão interno, onde o visitante poderá ver uma rica variedade de ambientes costeiros do sudeste e do Nordeste do país, com amostras da Mata Atlântica, Ilhas Costeiras e Parcéis, Florestas Marinhas, Tartarugas Marinhas e Cavalo Marinho, réplicas de Plataforma Petróleo, Recife Artificial e Naufrágio.


Já a Ala Norte será direcionada aos ecossistemas e espécies aquáticas da Amazônia, com uma Galeria Biodiversidade da Amazônia e o tanque do Rio Amazonas, entre outros. A Ala Oeste exibirá a riqueza dos ambientes aquáticos da região Centro-Oeste do país, abrangendo a região do Pantanal, Bonito e Bacia do Paraná, com jacarés, sucuri, piranhas. A ala terá ainda um tanque de Mergulho e a réplica de uma Hidroelétrica.


A Ala Central promete ser uma das mais atrativas ao público. Ao longo do percurso pelo túnel envidraçado utilizado pelos visitantes para chegar até o salão central da ala, será possível a observação do tanque Amazônia Azul que dará aos visitantes a experiência de estar dentro do Oceano Profundo.


No visor principal desse tanque serão realizadas palestras de Educação Ambiental e vida marinha. No tanque Oceano Profundo, haverá um simulador de submarino, que levará os visitantes a um passeio real e emocionante ao fundo do mar. A parte externa do Oceanário também será valorizada.


Em um lago no entorno da área central, os visitantes terão a oportunidade de participar de um passeio de barco. Durante a atividade, chamada de Expedição Oceanográfica, os visitantes irão conhecer técnicas e instrumentos oceanográficos.
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Oceanário Brasil: O projeto que vai alavancar o turismo em Rio Grande.





Com o edital de licitação lançado dia 30 de outubro para a construção do Oceanário Brasil, Rio Grande passa a viver um momento de grande expectativa em relação ao turismo, que sofrerá um aumento contínuo de visitantes ao longo dos anos. O projeto da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) é inédito no país e é de grande alcance turístico, científico, tecnológico e educacional.Rio Grande é uma cidade intrinsecamente ligada ao mar, que possui grande biodiversidade e muitos estudos reconhecidos direcionados ao ambiente marinho.




Apesar de viver em uma cidade litorânea, desfrutando da gastronomia típica, do lazer e da renda que a atividade no mar proporciona, a população muitas vezes nem imagina as riquezas que o mar possui. Com o Oceanário, os moradores, estudantes, pesquisadores e turistas terão a oportunidade de conhecer os segredos do Oceano Atlântico e sua relação com as bacias hidrográficas brasileiras.




O Oceanário é um projeto do reitor da universidade, João Carlos Cousin, que surgiu durante a realização do seu mestrado e doutorado na cidade de Brest, na França. Cousin acompanhou o desenvolvimento da cidade com a construção de um Oceanário e planejou a obra para Rio Grande. “Irá alavancar ainda mais o desenvolvimento. Na América Latina, não temos um complexo desse porte. Vai ser um exemplo para o mundo em termos de construção, cuidados e manutenção”, avaliou.
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Frio atípico surpreende brasileiros na Antártida; degelo continua em outras áreas


Reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo e assinada por EDUARDO GERAQUE.



O domingo foi de neve na baia do Almirantado. O vento forte fez ondas se formarem no mar. A vista das janelas da estação brasileira Comandante Ferraz é bloqueada pelo acúmulo de mais de dois metros de altura de neve. No fundo da baía, grande parte do mar permanece congelada.
Os mais experientes olham para o calendário e se surpreendem. Nesta época, verão no hemisfério Sul, é comum que não exista mais neve em frente à estação.


Quem dá sustentação para a impressão dos pesquisadores antárticos é Heber Passos, ele mesmo um veterano na ilha Rei George, que abriga a estação antártica brasileira.
O técnico do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) vive em um módulo separado da base, no alto de um morro próximo. Lá, ele registra tudo sobre as condições meteorológicas de toda a área.

Os gráficos que emergem do computador atestam um inverno rigoroso. O mês de agosto, por exemplo, teve mínima de 25,6 ºC negativos e média de -9 ºC. Só superior a 1991, quando a estação controlada pelo Inpe, que opera há 23 anos, marcou -28,5 ºC de temperatura mínima e média de -11,3 ºC.

Nos últimos dias, em novembro, as temperaturas rondaram 0 ºC, com sensação térmica de -13 ºC em alguns momentos.
Menos importante que os recordes anuais dos termômetros, diz Passos, é o ciclo dos invernos rigorosos. "Antes eles eram mais espaçados [de quatro em quatro anos mais ou menos], agora tivemos um 2007 e outro em 2009", comenta.

Aquecimento global

Por eventos como o registrado hoje na estação brasileira, é que outros pesquisadores antárticos do Brasil não gostam do termo aquecimento global. Eles preferem falar em variações climáticas. Pelo menos onde fica estação Comandante Ferraz e na região noroeste da península Antártica, o termo mais correto para é "resfriamento global", mesmo os cientistas não sabendo explicar por que ele está ocorrendo.

De acordo com Passos, não são apenas os dados brasileiros que apontam na direção de um quadro mais frio. O acúmulo de neve é sentido por outras estações próximas, como a base chilena Presidente Frei.
No leste e no sul, entretanto, a perda de gelo continua, e em ritmo forte, mostram outros estudos feitos na região."Podem ser dois lados de uma mesma moeda", cogita o técnico do Inpe.
Animais

Lá fora, grupos de pesquisa em ação neste verão antártico sentem em suas rotinas de trabalho a meteorologia alterada. Seja por causa da ausência dos bichos que eles costumam estudar nesta época do ano, seja por problemas técnicos que a neve costuma causar.
No caso das aves, nesta época do ano, cientistas esperavam encontrar ninhos de skuas e gaivotões, por exemplo, em praias próximas. Mas os primeiros dias de pesquisa estão sendo tocados em ritmo lento. Por causa do grande acúmulo de gelo, dizem, os bichos ainda não montaram os seus ninhos.

O problema para o grupo dos peixes é de ordem técnica. O gelo ainda prende a lancha de pesquisa da estação brasileira. Sem ela, o deslocamento fica difícil.
Dentro de Ferraz, a neve fora de hora também deixa sequelas. Os dois lagos de abastecimento de água do complexo estão congelados. Banho apenas uma vez por dia, de preferência bem rápido. Lavar roupa, por enquanto, está proibido pelo chefe da estação.
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"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul



Reportagem publicada no site UOL, assinada pelo jornalista Carlos Medeiros, reabre uma polêmica interessante.Afinal, existe o tão falado aquecimento global? Abaixo a entrevista com o
meteorologista Luiz Carlos Molion


Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.


UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?


Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?


Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?


Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.


Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?


Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?


Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?


Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?


Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?


Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?


Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?


Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?


Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?


Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?


Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?


Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.
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sábado, 22 de agosto de 2009

E o lixo chegou ao Reino Unido

Ao que parece o primeiro capítulo da novela O LIXO EUROPEU, foi encerrado. Chegou na sexta-feira no porto de Felixstowe, em Suffolk, na Inglaterra, o navio carregado com 71 contêineres com lixo exportado indevidamente ao Brasil. Os demais 18 contêineres devem retornar mais tarde. A denúncia, que teve repercussão internacional, foi feita pela Revista Conexão Marítima (http://www.conexaomaritima.com.br/).

O assunto foi abordado pela imprensa britânica: os sites dos jornais The Guardian, The Times e até o sensacionalista Daily Mail, por exemplo, noticiaram a chegada do navio e o andamento das investigações, já iniciadas pela agência.

Fica uma pergunta: se esse caso não se tornasse público, não fosse denunciado e não tivesse tido a repercussão que teve, esses contêineres seriam devolvidos para a Europa?

As providências tomadas pelas autoridades brasileiras são importantes, mas insuficientes ao meu ver. Não adianta o ministro do meio ambiente Carlos Minc visitar os portos de Santos e Rio Grande, posar para fotógrafos e cinegrafistas, virar manchete. Se faz necessária uma ação mais forte a nível de Itamaraty.O lixo é caso de saúde pública e não pode ficar lacrado em contêineres nos portos brasileiros. E pior: o Brasil já está incluído no rol dos destinatários de todo tipo de lixo.

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Diário de Bordo


Também é boa a iniciativa da RBS TV RIO GRANDE em crirar o blog Diário de Bordo, que apresenta as reportagens exibidas no Jornal do Almoço e RBS Notícias. Tudo para integrar a comunidade que pode participar com envio de sugestões. Parabéns a equipe liderada por Norton Fabrízio. Toda a iniciativa em prol da boa informação tem que ser saudada.


Equipe de Telejornalismo RBS TV RIO GRANDE


Mauricio.Gasparetto (apresentador e repórter), Cristiane Silva (apresentadora e repórter), Roger Albernaz (cinegrafista), Carlos Esperon (cinegrafista) e Thaís Abrão (estagiária), Julieta Amaral, repórter e coordenadora de Telejornalismo.




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Lulismo ou Peleguismo?




Senador Aloísio Mercadante do PT na quinta-feira:

" Minha renúncia é em caráter irrevogável".


Aloísio Mercadante na sexta-feira:

" Eu não tenho como dizer não ao presidente" .

Foram manchetes do jornal Zero Hora de sábado.

Lulismo, ou peleguismo? A Revista Veja desta semana aborda essa questão que envergonha o país. A Veja diz que Lula " empalhou" o PT. A Veja destaca: Ao reduzir moralmente seu partido e abrir mão de aliados históricos, como foi o caso da ex-ministra Marina Silva, que deixou o PT por discordar dos caminhos trilhados, o presidente Lula certamente tem em mente um plano auspicioso. Difícil talvez seja convencer as pessoas de como algo que se imagina virtuoso possa passar pela salvação do senador José Sarney.


Lula acredita que fez o melhor governo da história do Brasil e quer provar isso elegendo o sucessor. Apesar da resistência do PT, o presidente escolheu a ministra Dilma Rousseff para o papel de candidata, e está empenhando sua imensa popularidade numa pré-campanha que começou há meses.


O governo precisa do PMDB para viabilizar seu projeto de poder. É nessa hora que aparece a fatura pesada. Se para quitá-la for preciso fazer alguns sacrifícios, como defender corruptos ou enfraquecer o partido que levou Lula ao poder, segue-se em frente, sem nenhum constrangimento.
A foto montagem acima é da Revista Veja
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Cerco aos fumantes

Boa a iniciativa da vereadora de Rio Grande, Lu Compiani em realizar em seu blog uma enquete com a seguinte pergunta: Você é a favor de uma lei que regulamente o consumo de cigarros e assemelhados em lugares públicos ? Fumante que sou, farei campanha pelo SIM.Sou favorável a lei por não fumar em locais públicos. Quem quiser votar é só acessar o blog http://www.lucompiani.blogspot.com/.

Recentemente, o diretor de uma empresa irlandesa causou polêmica na União Européia por ter colocado um anúncio de emprego que dizia: "fumantes não precisam enviar currículos".

Ele alegava que, ao contratar profissionais fumantes, as empresas estão correndo riscos em relação à sua própria saúde financeira, já que esses profissionais faltam mais ao trabalho por doenças menores e ainda apresentam mais riscos de sofrerem doenças crônicas, o que pode aumentar os custos dos seguros de saúde para o patrão.

Cerca de 20% das grandes empresas nos EUA já dão descontos nos planos de saúde a funcionários não-fumantes, e a prática vem ganhando popularidade no hemisfério norte.

O mesmo vale em relação à não aceitação de fumantes em processos de seleção. Mas cuidado. Vale o alerta do professor Renato Rua de Almeida, da PUC de São Paulo, advogado especializado em legislação trabalhista, as empresas devem tomar cuidado com o preconceito:


No Brasil, se um profissional estiver apto para disputar um cargo e for dispensado da seleção por ser fumante, ele pode entrar com uma ação em juízo pedindo indenização por danos morais e discriminação”, explica. “E se a empresa divulgar que não aceita candidatos fumantes, ela também pode sofrer sanção do ponto de vista trabalhista, já que seria discriminação, inconstitucional e ilegal, inclusive com autuação administrativa e representação perante o Ministério do Trabalho, com pagamento de multa”.
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A Bélgica mira o Brasil


Dirk Becquart,diretor Comercial do Porto de Ghent, apresentou em suas palestras informações interessantes sobre o porto belga. Deixou claro que a Bélgica está voltada para realizar negócios com o Brasil, e a busa de novos clientes já começou.

Ele informou que a cada 5 toneladas que chegam em Ghent, uma tonelada vem do Brasil. Disse também que a cada três semanas tem uma linha regular com o porto de Santos no transporte de sucos,e cargas de projetos e de contêineres.
" Em 2008 movimentamos 47 milhões de toneladas. Estamos próximos de um dos maiores mercados consumidores do mundo. O porto de Ghent é um centro de distribuição de mercadorias.Operamos cargas de vários países do mundo", concluiu Becquart.
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Porto de Ghent foi uma das atrações

O porto de Ghent, situado na maior cidade universitária da região de Flanders na Bélgica, foi um dos temas do Navegar 2009. A Conselheira Econômica e Comercial da Flanders Investment & Trade, Mieke Pynnaert, juntamente com o diretor comercial do porto de Ghent, Dirk Becquart, estiveram presentes no evento.Para Pynnaert, são vários os setores da economia brasileira que podem atrair o mercado belga. Ela destacou o mercado das commodities agrícolas. Mieke Pynnaert visitou o porto de Rio Grande e fez o seguiinte comentário: “Gostei muito. Foi a primeira vez que o visitei. Entre o porto de Ghent e o porto gaúcho existem muitas semelhanças. Rio Grande tem muito para expandir seus negócios".
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Trabalho reconhecido


O trabalho que a Revista vem realizando, foi reconhecido pelo Secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, Daniel Andrade, no discurso de encerramento do Navegar 2009. Andrade elogiou a iniciativa da Revista Conexão Marítima em reunir todos os players envolvidos com a questão da logística no transporte do estado. “Essa iniciativa possibilita sabermos como cada modal pode contribuir para melhoramos nossas logísticas. Um dos aspectos que nos afastou da hidrovia, foi a questão da integração modal. Ficamos de costas para a navegação interior e perdemos espaço para o rodoviário”, destacou Andrade.
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Fomentando o Rio Grande do Sul

A edição 2009 do Navegar (evento promovido pela Revista Conexão Marítima) ocorrido de 11 a 13 de agosto, foi um sucesso e neste ano teve um formato diferente de anos anteriores, buscando uma maior aproximação com os mercados atual e futuro. O Congresso Internacional, teve apresentações de Câmaras de Comércio Internacionais, bem como Palestras e Cases de Expertises mundiais e nacionais (Portos de Ghent, na Bélgica, Houston (EUA), Puerto Madero (Argentina), entre outros. Neste ano teve um espaço para um show-room de demonstração de produtos e serviços aos clientes e mercado como um todo. Como destacou o diretor da Revista Jayme Ramis. " Estamos gratificados em poder contribuir para o desenvolvimento de novos rumos da navegação interior".

Aliás, a Conexão Marítima tem desenvolvido seu papel de fomentar os negócios no Rio Grande do Sul na área de Comércio Exterior. Foi assim, o ano passado em Hamburgo, na Alemanha, onde participou da maior Feira Naval da Europa, sempre divulgando o Estado e o porto gaúcho; em fevereiro deste ano, na Holanda, onde a equipe visitou Roterdã, Amsterdã e Haia, a capital da Holanda; e em junho deste ano, novamente em Hamburgo, onde Jayme Ramis palestrou para empresários europeus sobre o Polo Naval de Rio Grande
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A Revista foi convidada pela Business with Brasil Ltd. & Co.KG. Não há, com certeza, veículo de comunicação no Estado gaúcho que promova o Rio Grande do Sul e o porto de Rio Grande, no exterior e pelo Brasil afora.
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domingo, 2 de agosto de 2009

Gerenciamento de Contratos em obras de Infraestrutura (2)

Para discutir esse tema o escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados e a Navigant Consulting promoverão em Rio Grande no dia sete de agosto o 1º Encontro sobre “Gerenciamento de Contratos em obras de Infraestrutura - Prevenções e Soluções para Conflitos”. O evento será realizado na Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande (RS).

Os palestrantes serão Fernando Henrique da Cunha, coordenador da área de Infraestrutura do escritório e Sandro Cunha, da Navigant Consulting, Inc, consultoria que atua na América do Norte, Europa e Ásia em soluções de crise nas empresas, planejamento empresarial e análise de riscos em negócios de diversas áreas.Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (53) 3035 4004.
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Gerenciamento de Contratos em obras de Infraestrutura será tema de almoço em Rio Grande (RS)

Em contratos de engenharia e construção, empresas contratantes e contratadas afirmam que projetos são entregues dentro do prazo especificado, cumprem prazo, fazem construções de altíssima qualidade com preços muito competitivos evitando problemas de parte a parte. Você acredita que isso é realmente acontece? Mesmo as empresas mais experientes costumam conviver com problemas para si e para a outra parte.

Em decorrência disso, diversas questões jurídicas e técnicas são discutidas e negociadas diariamente. Cada vez mais verifica-se que o Esqueleto Contratual (Escopo, Preço e Prazo) encontra-se em dissonância com o projeto e o significativo aumento de resultados insatisfatórios, evidencia eventuais problemas estratégicos durante a administração do contrato.

Para o executivo Fernando Henrique Cunha da Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados, nos dias de hoje é fundamental o desenvolvimento de um planejamento e controle dos projetos observando as especificidades de cada um.Não há mais possibilidade de negociar a execução de um projeto sem visualizar claramente quais serão os riscos envolvidos no Projeto e quais serão as medidas mitigatórias que devem ser contempladas antes do início de qualquer projeto. “Nossa missão é ajudar às partes contratantes a mitigar riscos e exposições desnecessárias que sempre ocasionam dificuldades em todas as fases que envolva o projeto seja antes, durante e após a execução dos contratos” destacou Cunha.
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Minc: Máfia pode estar enviando lixo


Antes do Ministro do Meio Ambiente embarcar no avião de volta ao Rio de Janeiro, fiz uma rápida entrevista (foto) onde ele revelou que o governo investiga também a possibilidade da máfia italiana estar enviando lixo doméstico para o Brasil, conforme já foi denunciado por essa coluna e pela Revista Conexão Marítima.Carlos Minc revelou que as investigações também vão para essa linha.

A Itália produz 80 milhões de toneladas de resíduos ao ano, entre lixo urbano e dejetos perigosos, das quais 35 milhões estão nas mãos de organizações criminosas, como a “cosa nostra” da Sicília, “La ‘ndreghetta reggina” da Calábria, a “sacra corona” de Puglia, ou a “camorra” napolitana, encarregadas da coleta, armazenamento e reciclagem.


Segundo o escritor Roberto Saviano ( que escreveu o livro Gomorra, que denuncia a ação da máfia), os traficantes falsificam certificados de modo que a carga perigosa se transforme em lixo domiciliar e alteram permissões de transporte para trasladá-los de uma região a outra e descarregá-los em canteiros de construção, parques naturais protegidos, rios, cavernas, escavações em montanhas, terrenos agrícolas e no mar, além de enviar para países do terceiro mundo.
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O Rio-grandino Jim Porto é a sensação do bairro mais boêmio de Roma

O mais ilustre representante da música popular brasileira, em Roma, vive no lado boêmio da cidade: Trastevere, que está além do Tevere, o rio Tibre dos antigos romanos.

Foi no bairro tão valorizado por cronistas e poetas que Jim Porto chegou há 30 anos para o seu primeiro show no país. Ele foi destaque de uma reportagem exibida sábado no Telejornal Hoje.

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E o lixo foi embora

Finalmente parte do lixo enviado pela Inglaterra para o Brasil foi embora. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, chegou no sábado ao Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, para acompanhar o embarque de 40 contêineres de lixo doméstico para o Reino Unido. A carga de resíduos de origem inglesa será levada para o porto de Felixstowe, na Inglaterra, no navio MSC Oriane. Toda a operação vai custar cerca de R$ 600 mil (300 mil dólares) para as cinco empresas que foram identificadas como responsáveis pela importação e transporte ilegal do lixo. O Jornal Nacional deu destaque em sua edição de sábado em reportagem feita pela jornalista Patrícia Cavalheiro.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Presidente Lula: onde estão as lamparinas do seu juízo?


A Revista Veja desta semana aborda a foto ao lado com a manchete: "OS NOVOS E BONS COMPANHEIROS" e relata: "Há alguns anos, seria quase impossível juntar Lula, Collor e Sarney em uma mesma frase. Nada tinham em comum. Agora, por um punhado de votos, estão no mesmo projeto político. E a publicação ainda pergunta: "Adivinha quem perdeu?"
OPINIÃO DO EDITOR:
Quem acompanhou o acirrado confronto eleitoral entre os dois em 1989 e a decisiva participação do PT na campanha pelo impeachment do ex-presidente em 1992 tem dificuldade para entender esta "aliança", eu diria, uma grande safadeza, entre passados tão divergentes.


Para tristeza do eleitor, isso simboliza os grandes conchavos na política nacional, que o PT sempre condenou. Incoerência a toda prova, Lula prestigia Collor, pré-candidato ao governo de Alagoas, elogia Renan Calheiros, seu antigo opositor, e APOIA os desmandos do presidente do Senado José Sarney.


O presidente Lula elogiou os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor por darem sustentação ao seu governo. Os interesses são claros: Lula quer o apoio do PMDB e do PTB à candidatura da ministra Dilma Roussef, e Collor conta com o respaldo de Lula para reconquistar o governo de Alagoas.É difícil de entender. Pobre povo brasileiro, que troca votos pelo famigerada bolsa- família.



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Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados e a Navigant Consulting promovem 1º Encontro sobre Gestão de Contratos na cidade de Rio Grande


O escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados e a Navigant Consulting promoverão o 1º Encontro sobre “Gerenciamento de Contratos em obras de Infraestrutura - Prevenções e Soluções para Conflitos”, no dia 7 de agosto, na Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande (RS).

Os palestrantes serão Fernando Henrique da Cunha, responsável pela área de Infraestrutura do escritório e Sandro Cunha, da Navigant Consulting, Inc, consultoria que atua na Amércia do Norte, Europa e Ásia em soluções de crise nas empresas, planejamento empresarial e análise de riscos em negócios de diversas áreas.

“O objetivo do encontro é discutir os contratos de infraestrutura em função da grande demanda atual na região de Rio Grande”, diz Fernando Henrique Cunha. “A região sul do país é um importante pólo de negócios que está atraindo cada vez mais investimentos e consequentemente novos contratos serão negociados”, acrescenta Sandro Cunha.


Informações sobre o evento:

Data: 07 de agosto de 2009
Hora: 12h
Local: Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande
Praça Xavier Ferreira, 430 – Rio Grande – RS
Telefone para confirmar presença: (53) 3035-4004. (Inscrições gratuitas)
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Repercussão nos tablóides europeus


A denúncia feita há três semanas pela Revista Conexão Marítima ( lixo enviado pelos europeus ao Brasil) ganhou dimensão internacional. Os tablóides da Europa deram grande destaque. O TIMES, estampou como manchete no domingo que a Grã-Bretanha se prepara para buscar a carga de lixo enviada irregularmente. A agência ambiental do governo britânico afirma na reportagem que poderia pagar pela volta dos contêineres que chegaram ao Brasil.


O INDEPENDENT,registrou que o envio do lixo, do qual estaria por trás um imigrante brasileiro que desembarcou na Inglaterra para atuar como operário há seis anos, causou indignação no Brasil.


No Brasil, o caso está sob investigação da Polícia Federal. Para a instituição, o caso configura fraude e crime ambiente. Nos registros, os contêineres deveriam ter polímeros de etileno (aparas de plástico) para reciclagem.

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Lixo do Velho Mundo: tem jeitinho brasileiro no envio

A reportagem exibida no Jornal Nacional desta segunda-feira (20), produzida pelo meu amigo e ex colega de RBS TV Marcos Losekan, mostra que a Policia Federal e a Receita Federal terão muito trabalho pela frente. Está claro e evidente, que a história não está bem contada. É um jogo de empurra que vem da Europa e do Brasil. Ninguém assume responsabilidades como mostra a reportagem do gaúcho de Independência, Marcos Losekan.


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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Infraestrutura será tema de reunião almoço


No dia 7 de agosto no restaurante da Câmara do Comércio do Rio Grande,será realizado o 1º Encontro de Gerenciamento de Contratos em Obras de InfraEstrutura, Prevenções e Soluções para Conflitos, uma promoção da Navigant Consulting, Inc., e a Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados.

Os executivos das duas entidades vão apresentar propostas para a comunidade empresarial local que atua na área de projetos de infraestrutura.A Navigant Consulting possui mais de 1900 consultores globais e fornece serviços personalizados e de apoio para resolver questões empresariais.

A empresa de consultoria atua em mais de 40 cidades na América do Norte, Europa e Ásia. Os palestrantes serão Fernando Henrique Cunha da Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados (http://www.emerenciano.com.br/) e Sandro Cunha da Navigant Consulting, Inc. ( http://www.navigantconsulting.com/). Na foto, obras do Dique seco de Rio Grande.Mais informações pelo telefone 53 3035 40 04.
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Apenados limpam dunas do Cassino


Saiu no Jornal Zero Hora (RS), reportagem assinada pelo jornalista Fernando Hallal, na qual transcrevo abaixo:

Um grupo de detentos da Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg) trocou, nos últimos dias, o ambiente repressivo da prisão pelo céu azul e a brisa marítima.Os apenados auxiliam a Secretaria Especial do Cassino (SEC) em um mutirão para limpar as dunas costeiras do balneário.


Os trabalhos se iniciaram na semana passada e foram encerrados ontem.Para a operação, foram empregados 12 homens, além de uma caçamba e uma retroescavadeira. A limpeza está sendo feita ao longo de 10 quilômetros, entre o bairro Stella Maris e os Molhes da Barra, um dos principais pontos turísticos de Rio Grande.

A manutenção do local é realizada de forma permanente. A parceria entre a prefeitura e a Perg já dura anos e, segundo os envolvidos, só traz benefícios.– Além de se socializarem, os detentos prestam um belo serviço em favor da comunidade – aponta o secretário do Cassino, Irajá Pellegrini.


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O lixo do Velho Mundo vai continuar lotando os portos no Brasil

A história do lixo europeu é intrigante e ao mesmo tempo, engraçada. Explico: a Europa, depois de destruir suas florestas e matas, acordou para o meio ambiente. Ainda não acordou para o respeito com outros povos, o Brasil inclusive.

A prova disso foi o desembarque em portos brasileiros de contêineres contendo grande quantidade de lixo vindos da Europa. Ou seja, já não basta afastarem os esgotos de suas casas, é necessário sujar ainda mais a casa alheia e, pelo visto, com lixo verdadeiro e não mais apenas com lixo tecnológico e lixo virtual.

E o que mais deixa todos indignados, é que as autoridades brasileiras fazem um alarde, manchetes na TV, capa de jornal, e escanbal, que vão tomar providências, e pelo andar dos contêineres, sabemos que isso tão cedo não vai acontecer. Mais lixo do Velho Mundo chegará nos portos brasileiros.
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Lixo e consumismo

Transcrevo abaixo, o artigo do historiador Sérgio da Costa Franco, publicado no jornal Zero Hora do dia 17 de julho, sobre a questão do lixo enviado ao Brasil pelos europeus.



O estranho caso dos carregamentos de lixo que têm chegado aos portos brasileiros, procedentes da Europa, e que estão desafiando a argúcia das aduanas e da própria Polícia Federal desperta surpresa a princípio, mas não parece envolver maiores mistérios. É o Primeiro Mundo livrando-se da carga insuportável de seus rejeitos e desperdícios, e empurrando-os, com dissimulação, para os mercados abertos do subdesenvolvimento.


Agentes da Receita informam que a Máfia italiana já cultivava essa prática, despejando na África os seus descartes. Nós, brasileiros, já tivemos a experiência, disfarçada sob o manto da solidariedade humana: depois de uma das guerras do último século (não me lembro se a da Coreia ou a do Vietnã), o exército americano destinava aos pobres do Brasil os fardamentos danificados de seus combatentes.O consumismo desenfreado que os economistas keynesianos descobriram como remédio para as crises de subemprego e de recessão trouxe como consequência indireta um espantoso crescimento do lixo urbano. Especialmente as embalagens de papel, de cartolina ou de plástico, que enfeitam e tornam atraente toda espécie de mercadorias, locupletam diariamente nossos recipientes de lixo doméstico.Minha geração pôde testemunhar, de corpo presente, todas essas transformações geradas pela paixão do consumo e pela revolução tecnológica.


O leite, que o fornecedor despejava direto em nossa panela, vem-nos agora em caixas de papelão descartáveis. A carne, que saía do açougue para a sacola de compras, embrulhada quando muito numa folha de papel, está agora envolta em resistentes embalagens plásticas. Esse material domina tudo, enrola os legumes e as frutas na feira e no mercado, resguarda até os cortes de frangos, que outrora recebíamos vivos, da capoeira do vendedor para o nosso pátio. Mesmo o vidro das garrafas e dos frascos, que a própria indústria do vidro readquiria e reciclava, está sendo substituído por um invencível plástico, que, entupindo os esgotos e os rios, promete resistir até o fim dos tempos.


Já nem falo da multidão de utensílios de utilidade discutível, aos quais, afinal, nem sabemos dar um destino, quando se tornam inservíveis. Nem refiro a massa de roupas supérfluas que abarrota os armários, e que periodicamente precisa ser descartada, ou por contingências da moda ou pela ação destrutiva dos insetos.Isso fez com que o lixo doméstico, em todos os países ditos civilizados, tenha aumentado além das previsões, a ponto de ser hoje um dos mais sérios problemas da administração urbana.



Que fazer com o lixo, afora a receita básica de incinerá-lo e transformá-lo em adubo ou em aterro? Tais soluções podem ser praticadas quando em pequena escala. Mas quando as sobras e descartes de uma cidade alcançam milhares de toneladas-dia, aí entram em cena as soluções malucas, como essa de despejar a carga no território dos desprevenidos ou subdesenvolvidos.Trata-se agora do mais estranho dos contrabandos. Articula-se um negócio de exportação. Preenche-se uma fatura com mercadorias viáveis e negociáveis, mas enchem-se os contêineres com lixo industrial ou doméstico.



Em outros tempos (não sei se a norma prevalece), as faturas de exportação deviam ser visadas pelos cônsules do país importador. Teoricamente estes verificavam a correspondência entre a fatura e a mercadoria expedida. Imagino que o volume das cargas e dos negócios tenha levado ao desuso essa prática de boa cautela. Mas, diante da velhacaria desses exportadores de lixo, seria necessário reativá-la. Pelo menos para que não entupam nossos portos com lixo hospitalar e outras oferendas menos dignas...
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Revista Conexão Marítima participa de evento da OEA

A Revista Conexão Marítima participará em Foz do Iguaçu (PR), a convite da Organização dos Estados Americanos e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa),da 1ª Convenção Hemisférica de Proteção Ambiental Portuária da OEA.


O evento vai acontecer entre os dias 21 e 24 de julho de 2009,Participarão do encontro representantes de 34 países membros da Comissão Interamericana de Portos (CIP), que é um órgão da OEA. Para dar a dimensão de integração entre as Américas, a cidade de Foz do Iguaçu foi escolhida para receber o evento, por estar na cidade o Marco das Três Fronteiras, ponto em que o Brasil, Argentina e Paraguai se encontram.


O editor da Revista, Diniz Júnior, participará do evento, onde produzirá reportagens online para o site.Jean-Michel Cousteau, filho do memorável oceanógrafo e mergulhador francês Jacques Cousteau, será uma das grandes personalidades presentes. Jean-Michel irá falar sobre o trabalho desenvolvido pela Ocean Futures Society e a preocupação com o futuro dos mares e de toda a biodiversidade marinha.
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"Recebi ameaças de morte"

Na mesma edição da Tribuna de Santos, uma entrevista que me chamou muito a atenção. Leiam abaixo:


Élio Lopes dos Santos
Químico e engenheiro industrial, professor universitário e secretário de meio ambiente da Prefeitura de Guarujá


Como teve início a importação de lixo industrial?

Até a década de 80 importavam-se principalmente zinco e manganês para fabricar micronutrientes. Para aumentar os lucros, passaram a usar lixo industrial tóxico, nacional e importado. O exportador se livrava do custo da disposição e o importador ainda pagava pelo lixo. É crime ambiental e de saúde pública, além de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.


Como vê essa nova situação?


Como não existe lógica em exportar só lixo doméstico, surgiram três dúvidas. A existência de drogas, de lixo radioativo, de resíduos hospitalares ou de experimentos biológicos. A presença de lixo radioativo foi descartada. As outras serão averiguadas.

Como foi sua participação na investigação da carga encontrada em Santos em 2003?

Assessorei o Ministério Público Estadual, Federal e o Ministério da Saúde, quando recebi ameaças de morte. Fui parar na ABIN e no gabinete da Marina Silva, para quem foram entregues os documentos. Passei dois anos sob proteção da Polícia Federal.

Como mudar essa situação?


Com ações repressivas mais duras. Isso destrói a saúde e a economia do País, numa demonstração da hipocrisia do discurso dos países ricos frente à sustentabilidade ambiental dos emergentes.
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Um escândalo ambiental

O Ibama fez o seu papel e aplicou multa as empresas envolvidas. Mas isso não basta.Precisamos ir além dos fatos,até agora cercados de mistério. Fato como este não pode se repetir. O jornal Tribuna de Santos, faz uma grave denúncia em sua ediçao de segunda-feira ( 13). Trancrevo abaixo:

Sorrateiramente, por caminhos que ainda carecem de um melhor esclarecimento, toneladas de suposto lixo doméstico da Europa chegaram aos portos de Santos e do Rio Grande há cerca de um mês. O que, em princípio, pareceu algo curioso, representa, na verdade, a um escândalo ambiental, a ponta de um imenso iceberg com implicações diretas para a saúde de toda a população.

Informações obtidas junto à Receita Federal, Polícia Federal e Ibama apontam para um esquema de exportação fraudulento que, aparentemente, acontece há mais de 20 anos. Um dos indícios mais graves desse negócio ocorreu em 2003, aqui mesmo no porto de Santos.

Casos similares já foram flagrados em outros portossul-americanos. Na África e sudeste asiático, a importação de lixo tóxico já foi motivo de protestos diplomáticos, a partir de denúncias feitas por organizações ambientais e humanitárias.
MÁFIA


Segundo Zeina Al Hajj, do Greenpeace, existe uma máfia, principalmente na Europa, que se aproveita dos altos custos para o depósito correto desse tipo de material. A alternativa é contrabandear os resíduos, principalmente para os países do chamado Terceiro Mundo.

No caso de lixo eletroeletrônicos (carcaças de celulares, computadores, aparelhos de tevê etc), a estratégia é exportá-los sob o argumento de que se trata de produtos para "diminuir a exclusão digital' dos menos favorecidos. Para driblar a fiscalização, os contêineres são classificados como contendo produtos eletrônicos para doação.

No sudeste asiático, outro destino desse tipo de resíduo, as placas e circuitos acabam sendo reciclados para retirada de prata, ouro e outros metais nobres. O problema é que isso é feito em galpões improvisados, sem qualquer controle, simplesmente derretendo o material e lançando nuvens tóxicas na atmosfera.

"Imagine um porto como o de Roterdã (Holanda), onde, a cada dia, milhões de novos contêineres chegam e saem. É impossível abrir e fechar todos eles. Existe uma máfia que opera por trás desses esquemas", diz Hajj.

SEM FISCALIZAÇÃO

A situação já é do conhecimento, inclu- sive, da ONU, por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE). Nos relatórios de 2005 e 2006, há casos documentados de exportação de lixo tóxico para a Somália, Zaire, Moçambique, Eritréia e Argélia. Estima-se que
em 2001 mais de 600 mil toneladas de lixo nuclear tenham sido desembarcadas clandestinamente na África.

Para frear essas exportações, a ONU criou em 1989 um acordo assinado hoje por mais de 160 nações, tendo por meta banir a exportação de equipamentos tóxicos de países ricos para pobres. Porém, menos de 60 países já ratificaram a chamada Convenção de Basel. Continuam de fora, entre outros, Estados Unidos e Canadá.

A União Europeia, por sua vez, aprovou em 2003 a Diretiva para Lixo Elétrico e Equipamentos Eletrônicos (Waste Electrical and Electronic Equipment Directive - WEEE), que se tornou lei em fevereiro de 2003. Ela determina metas de coleta e reciclagem aos fabricantes de eletrônicos.

Para muitos especialistas, a falta de fiscalização proporciona o crescimento das máfias que atuam na exportação do lixo tóxico. Estas, por sua vez, contam com as precárias barreiras alfandegárias existentes na maioria dos países pobres ou em desenvolvimento. "Quando se descobre um caso, percebemos que é apenas a ponta de um imenso iceberg", afirma Hajj.

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Como no caso do lixo, com o Bahamas muitas dúvidas ainda persistem

Muitas perguntas no caso do Bahamas ficaram sem respostas. Por que as autoridades portuárias não procederam a vistoria antes das descargas nos piers da Petrobras e da Trevo? Fui o primeiro jornalista a denunciar o acidente com o navio Bahamas. Foi em um domingo a noite. Assistia ao Fantástico, quando uma fonte da guarda portuáriau, ligou para o meu celular. Queriam abafar o caso.
Nesta época trabalhava na RBS TV local. Olhando recentemente meus arquivos, vejo que na época, e até hoje, muitas perguntas ficaram sem respostas.
O navio efetuou descarga e navegou em frente à cidade de Rio Grande entre 25 e 30 de Agosto, já com o defeito verificado e, portanto, sob grave risco de explosão!
Perguntas:
a) Por que navegou livremente o navio pelo porto, se havia risco de explosão?
b) Por que o navio não foi deslocado para alto mar, pois neste caso a possibilidade de diluição seria mais adequada?
c) Se ele estava em condições de navegabilidade, porque o navio foi, deliberadamente, levado a encalhar no Porto Novo?
Segundo a imprensa, o comandante do navio informou ao Superintendente do Porto, a respeito dos problemas do navio, no dia 30 de Agosto. Ainda segundo a imprensa, ocorreu uma reunião no dia 2 de Setembro entre os responsáveis pelo navio e os órgãos públicos competentes, onde foi firmado Acordo autorizando derramamento do ácido, em função do risco de explosão.
Perguntas:
a) Por que a reunião entre as autoridades responsáveis ocorreu 3 dias após a comunicação do acidente ?
b) Por que para esta reunião do dia 2 de Setembro, o Sr. Superintendente do Porto, não solicitou o relatório de bordo?
c) Quem assinou o documento de autorização e por que ele não foi tornado público?
d) Onde estão e quem elaborou os laudos técnicos que justificaram essa decisão?
e) Foram estudadas outras alternativas, como descarga para os tanques de terra ou para caminhões-tanque ? Se foram, quais os estudos técnicos que levaram a descartá-las ?
f) Todos os tanques apresentaram defeitos ao mesmo tempo ?
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Lixo europeu, lembra caso do navio Bahamas

O episódio do lixo europeu, faz eu lembrar do caso do navio Bahamas, estão lembrados? A omissão de uma prévia vistoria especial no navio, prevista em lei, aliada à permissividade de deslocamento do navio entre vários piers do mesmo porto, levou a decisão inédita e questionável de despejo de milhares de toneladas de Ácido Súlfurico na água, em um ambiente de extrema complexidade e vulnerabilidade, que é o ponto de encontro da Laguna dos Patos com o Oceano.
Foi em 1998. Conforme informação divulgada na imprensa, o navio atracou no dia 24 de Agosto, no pier da Petrobrás, dele tendo saído no dia 28 de Agosto para o pier da Trevo, havendo descarregado, nestes dois portos 10.000 t de ácido sulfúrico. No dia 30 de Agosto, atracou no pier da Fertisul com 12.000 t remanescentes.
Segundo relatório do capitão do navio, apreendido no dia 4 de Setembro, por determinação da Procuradoria Geral da República, teria ocorrido em 25 de Agosto falha humana que provocou aumento da pressão interna em um dos tanques de carga e rompimento da gaxeta da bomba, provocando inundação da Sala de Bombas e do duto de carga. Após longa reação do ácido com a água, as válvulas do tanque de carga foram avariadas e a carga começou a escapar dos tanques para todos os outros espaços do navio.
A história foi longa e o navio foi ficando e ficando no porto, reuniões intermináveis, empurra daqui e dali as responsabilidades. Será se a história " isso não é comigo",vai se repetir?
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Afinal, quem enviou o lixo para o Brasil?


Esse negócio do lixo que mandaram para o Brasil da Europa, desculpem a expressão, é uma tremenda de uma sacanagem. Imaginem se fosse ao contrário: o Brasil mandando lixo doméstico para países da Europa. Meu Deus, a repercussão seria internacional. Jornal Zero Hora estampa bem em manchete: Um verdadeiro enigma no Cais. O repórter Nilson Mariano, que acompanha o caso pelo jornal, faz uns questionamentos interessantes que estão intrigando os policiais:


1- É a primeira vez que uma exportadora britânica manda lixo em contêineres, como se fosse uma mercadoria legal, devidamente documentada?


2- Qual o interesse em pagar o alto custo do frete (cerca de R$ 3,6 mil por contêiner) para descartar lixo no outro lado do planeta?

3- As companhias de navegação que fizeram os transportes, entre fevereiro e maio, sabiam do golpe?


4- A empresa gaúcha que importou a carga da Inglaterra, a Alfatech, de Bento Gonçalves, está envolvida na fraude ou foi uma das vítimas?



A advogada da Alfatech, Silvana Werner, garante que a empresa também foi surpreendida. A advogada sustenta que a empresa pagou R$ 200 mil, adiantados, para importar as 1.098 toneladas que seriam de aparas plásticas. Silvana diz que importam polímeros de etileno (tiras e blocos de plástico) da Inglaterra por não encontrar mercadoria semelhante no Brasil apta à reciclagem.

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quarta-feira, 8 de julho de 2009

A HOLANDA QUE VI E AS SURPRESAS


ARTIGO PUBLICADO NO DIA 27 de fevereiro de 2009

Visitei a Holanda, durante seis dias, juntamente com o meu colega de trabalho Leandro Ramis. Fomos para a Holanda a convite do governo do país para conhecermos os sistemas de infra-estrutura e logística hidroportuária, que são modelos para o mundo, em eficiência modernidade, e descrevê-los para o Brasil, um mercado com imenso potencial a ser, ainda mais, explorado pelos empresários locais.


E para os brasileiros conhecerem o que é a Holanda, principalmente os gaúchos. Logo percebi que nossa viagem seria cheia de surpresas.A Holanda é o país das águas. Os holandeses construíram diques para controlar a água. Os velhos moinhos ainda existem e são preservados como monumentos do passado holandês. Aliás, o passado desse maravilhoso país, está exposto ao ar livre. História cultural sobre a água e na costa do lago Amstel. Em um país rodeado pela água, o comércio marítimo é muito forte. A água esculpiu a paisagem de Amsterdã, nossa base durante a visita. Ainda visitaríamos Roterdã, e Haia, sede do governo.Os mercadores do século 17 já naquele tempo, desfrutavam da vida para os canais. Eles eram ricos e construíram suas casas na chamada idade do ouro, quando a Holanda era uma das nações líderes da navegação e Amsterdã, o seu centro de operações.A costa da Holanda tem 530 quilômetros de extensão, banhada pelo mar do Norte, cujas correntes árticas fazem a temperatura da água nunca superar os 5º graus.Os Países Baixos vêm ocupando, nos últimos anos, as primeiras posições no ranking de investidores externos no Brasil. Lideraram a lista em 2002, 2004 e no ano passado, segundo o Itamaraty.


Em 2007, empresas holandesas investiram US$ 8,1 bilhões no Brasil, o equivalente a 23,6% dos US$ 34,3 bilhões de investimentos externos diretos no país, de acordo com dados oficiais.Igualmente importante, a corrente de comércio entre os dois países indica o quanto o Brasil está na mesa dos holandeses. No ano passado, o Brasil vendeu o equivalente a US$ 8,84 bilhões para os Países Baixos, grande parte em produtos agrícolas: soja, óleo de soja, carnes de boi e de frango, café, suco de laranja, uvas frescas.Cabem sete Holandas dentro do Rio Grande do Sul. Espantoso. A extensão territorial equivale ao estado de Sergipe, que a coloca em 134º lugar em tamanho, dentre o total de 209 países. Tem 130 mil quilômetros de rodovias, que transportam cerca de 100 mil toneladas de cargas por ano. Pelos 3,5 mil km de ferrovias são escoadas 1 milhão de toneladas/ano.


É um país surpreendente.Percorrendo as auto estradas da Holanda, fico pensando como esse país, que foi destruído na segunda guerra, reconstruiu tudo a partir do pouco que sobrou e o fez de forma tão organizada e admirável.
A caminho do porto de Roterdã, descubro que para que o barulho dos carros não incomode, em alguns pontos da auto-estrada,há, junto aos guard rails, placas plásticas com cerca de cinco metros de altura, que formam uma espécie de muro. A redução do ruído chega a 80%, permitindo um sono tranqüilo até para quem mora próximo a uma rodovia. Fico imaginado essas placas em nossas rodovias, quanto tempo durariam.
Outra surpresa: no porto de Roterdã, o maior da Europa,visitamos o Ghost Terminal, ou Terminal Fantasma. Ele é assim chamado porque não há motoristas dirigindo caminhões nem operadores manobrando empilhadeiras, tudo é informatizado e controlado por uma torre.O Brasil e em especial, o Rio Grande do Sul, tem muito que aprender com os holandeses. Nesta semana, desembarca no Brasil, uma missão do governo da Holanda com 60 empresários. Visitam inclusive o porto do Rio Grande.


O governo gaúcho inicia este ano projeto ambicioso para elevar a participação do modal hidroviário na movimentação de cargas para 15% até 2017. Hoje, ele não passa de 4% de um total de 90 milhões de toneladas anualmente. O Estado possui 750 quilômetros de vias navegáveis e deseja adequá-los nos moldes dos corredores existentes na Holanda, e para isso colocará em prática o acordo de cooperação técnica firmado o ano passado com autoridades holandesas, que administram o porto de Amsterdã. O objetivo é usar o modal para transporte de contêiner. Há um ditado corrente no país: com medidas e planejamento, se emprega mais tempo que com a execução. Quem sabe, não chegou a hora dos gaúchos colocarem isso em pratica? Oxalá, seja outra surpresa agradável.
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O exemplo de Roterdã


A Holanda pode servir de modelo para o Rio Grande do Sul, porque é um país sete vezes menor que o nosso estado,mas que tem uma boa logística de distribuição de cargas.
Pelos 130 mil km de rodovias, transporta 100 mil toneladas anualmente. Em 5 mil km de rios e canais, 400 milhões de toneladas/ano. E nos 3,5 mil km de ferrovias, 1 milhão de ton/ano.Tudo funciona graças à perfeita integração entre o Poder Público e a iniciativa privada. Aos governos, cabe dotar, manter e gerenciar a infra-estrutura dos portos. Às empresas, a operacionalização e o aparelhamento dos terminais.
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Cargas pelos rios


Estive na Holanda em fevereiro deste ano a convite do governo daquele país. A caminho do porto de Roterdã (um dos maiores do mundo) é comum ver dezenas de barcaças carregadas com caminhões, e carga geral. Os rios da Hoalnda tem em média 2 metros, 2,5 metros de calado.Calado no Rio Grande do Sul não é problema, pois até o porto de Rio Grande temos 4 metros de profundidade.
Os operadores fluviais querem carga. E o governo gaúcho planeja montar pequenos e médios hub ports (portos concentradores) exatamente para suprir as carências
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Rio Grande do Sul quer aumentar fatia da hidrovia para 15% em dez anos


O Rio Grande do Sul quer aumentar fatia da hidrovia para 15% em dez anos. Desde o dia seis, o Estado está debatendo alternativas objetivando aumentar a participação da hidrovia na movimentação de cargas. Para tanto, consultores holandeses estão na capital do Estado estudando propostas de soluções relativos ao modal hidroviário. A perspectiva do Estado é aumentar a fatia do modal de 4% para 15% no período de 10 anos.


No país europeu, a hidrovia é largamente usada, uma vez que recebe incentivos fiscais que visam a transferência de carga. Segundo os consultores holandeses Win Ruijgh, presidente da Associação dos Portos de Amsterdã (Amport), e Harrie de Lajier, diretor de projetos do NEA Transport (instituto holandês de pesquisas na área de transportes), para tornar atrativa a transferência de carga para a hidrovia, é fundamental desenvolver sistemas logísticos e fluxo de mercadoria.


Na Holanda, é possível subsidiar entre 15% a 30% do custo de investimentos em embarcações, equipamentos, terminais, melhorias hidroviárias e intermodalidade. "Com a malha rodoviária gaúcha congestionada, o projeto de utilização da hidrovia garante redução de custos e aumento de competitividade para o setor produtivo do Rio Grande do Sul", ressaltou o secretário-adjunto de Infraestrutura e Logística, Adalberto Silveira Netto.
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A Máfia italiana


O inspetor das Receita Federal de Rio Grande, Marco Medeiros, que aliás conduz as investigações brilhantemente, sem fazer alarde e sensacionalismo (como deve ser), insiste na participação da máfia italiana, o que já denunciamos no site da Revista Conexão Marítima e neste blog. Aliás, a capa da Revista que já está circulando, é o lixo enviado pelos europeus ao Brasil. Imagine se fosse o inverso, o que estariam falando do Brasil neste momento.


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A TV GLOBO briga com a notícia


Um grande diretor de Jornalismo, Roberto Appel, hoje na TV GLOBO BAHIA, sempre dizia: o bom jornaista nao deve brigar com a notícia. Pois a TV GLOBO cometeu esse pecado. Refiro-me a matéria do lixo da Europa que chegou aos portos brasileiros em contêineres, denunciada pela Revista Conexão Marítima há duas semanas.


Essa história começou em Hamburgo, na Alemanha, há duas semanas quando estavamos realizando um especial sobre o porto de Hamburgo, um dos maiores da Europa. ONGS ligadas ao meio ambiente na Europa, já nos alertavam sobre esse problema e que o Brasil estava no roteiro da Máfia do lixo.



A afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul, RBS TV, publicou a matéria, denunciou a nível Estado, como deve ser feito no bom jornalismo. Nesta quarta feira a matéria que abre o JN, Jornal de maior audiência da TV Brasileira, é a história levantada pela Revista há duas semanas. Aliás uma matéria muito bem feita pela colega Patrícia Cavalheiro e produzida por Maurício Gasparetto.Uma briga ferrenha com a notícia. Só foi manchete do JN, porque a TV Globo foi "furada" nesta semana pela TV Record que deslocou uma equipe de São Paulo para a cidade de Rio Grande. A Globo foi segurando, segurando a matéria porque outro assunto ganhava diariamente grandes espaços em seus telejornais: a morte de Michael Jackson.



O assunto foi manchete na terça-feira no Jornal da Record. Lamentável. A Globo deu mais importância para a morte do Pop Star Michael Jackson, exatamente na mesma época que a denúncia do lixo foi feita, do que essa barbaridade, estupidez: toneladas e toneladas de lixo enviadas para o Brasil. Menos mal que a maior Rede de TV do Brasil deu a devida importância

para um assunto gravíssimo. Uma pena que brigou com a notícia.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Nem a serra gaúcha escapou do lixo europeu

Toneladas de lixo doméstico estão depositadas ao ar livre no porto seco de Caxias do Sul desde meados de abril. O material, que estava dentro de oito contêineres, teria sido importado irregularmente por cinco empresas brasileiras, incluindo uma de Bento Gonçalves, e faria parte do mesmo lote que chegou ao porto de Rio Grande entre fevereiro e o final de maio, vindo do porto de Felixtowe, na Inglaterra.As autoridades não divulgaram o nome das importadoras envolvidas e também não sabem o motivo do lixo ter sido enviado ao Brasil.Denuncia foi feita há uma semana com exclusividade pela Revista Conexão Marítima, através do jornalista Diniz Júnior.


A Receita Federal acredita que o produto tenha sido importado de forma fraudulenta da Europa, por meio de notas fiscais que o identificavam como polímeros de etileno para reciclagem.O delegado da Receita em Caxias, Wesley Gonçalves, afirma que o órgão está fazendo investigações internas para decidir as medidas a tomar. Em Rio Grande, a Receita, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público Federal e a Agência Nacional de Vigilância Ambiental (Anvisa) trabalham para solucionar o caso e obrigar os importadores a devolver o produto à Inglaterra. Além disso, as investigações devem apontar qual o motivo da vinda do lixo ao país e se as importadoras recebiam algum benefício na transação.
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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Anvisa não quer se manifestar a respeito das 750 toneladas de lixo retidas em Rio Grande

A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de Rio Grande, Ana Gonçalves não quis se manifestar a respeito da denúncia publicada pela Revista Conexão Marítima, sobre o lixo doméstico que está retido no porto gaúcho do Rio Grande. As reportagens foram publicadas no site http://www.conexaomaritima.com.br/. Muita gente do meio portuário no Brasil diz, em off, que a Anvisa é quem tem o menor interesse de que o lixo do navio venha para a terra. O lixo de navio é classificado pela Anvisa na mesma categoria do lixo hospitalar.
Não é bem o caso, mas imaginem a situação em que um navio proveniente da Ásia, de um país que tem um surto de gripe asiática, entrega o lixo no porto e este não tem o devido destino, indo parar num aterro (lixão), onde dezenas de pessoas estão trabalhando diretamente em contato com o lixo e sem nenhuma proteção, e em poucos dias uma epidemia está instalada na cidade.
Qual é o órgão responsável? A Anvisa. Por isso, muita gente diz que para a Anvisa é mais seguro o lixo ficar no mar. Agora essas 750 toneladas de lixo que estão no porto, é uma questão de saúde pública, e é muito estranho que um orgão federal responsável pela vigilância sanitária não queira se manifestar. Afinal, para que serve a Anvisa?
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Convenção de Basiléia

O Superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco (foto) entende que o lixo deva ser devolvido para a Inglaterra e não ficar em Rio Grande. Neste sentido, na próxima semana deve ocorrer uma reunião que foi convocada pelo Ministério Público Federal, na qual devem participar o Ibama, Anvisa, Fepam, Receita Federal e a própria Superintendência do Porto.
Janir Branco está baseado na Convenção de Basiléia firmada por 170 países em 1989. A Convenção visa controlar a exportação de lixo tóxico e sua eliminação, regulando a movimentação e a organização dos resíduos sólidos e líquidos perigosos, prevê a concessão prévia de importação e exportação de resíduos autorizados a fim de evitar a existência de tráfico ilícito destas substâncias e os danos à saúde humana e ao meio ambiente, causados pela geração e eliminação destes resíduos perigosos.”A Convenção não permite que os países signatários enviem lixo sem autorização, e a Inglaterra, assim como o Brasil, são países signatários da Convenção.

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Autor de 'Gomorra', Roberto Saviano, lamenta ser acusado de ter 'difamado Nápoles'


O escritor italiano Roberto Saviano, autor do best-seller "Gomorra", que retrata a máfia napolitana e que inspirou um filme homônimo, declarou que a coisa mais dolorosa de sua experiência de escrever o livro foi "ouvir dizerem que difamou a cidade de Nápoles".Em entrevista exclusiva concedida para a revista semanal italiana La Costa Vesuviana, Saviano explicou os motivos que o levaram a escrever o livro-reportagem em que denuncia o "sistema" da máfia napolitana, conhecida como Camorra."Na realidade, o livro tende a olhar o mundo através de Nápoles", indicou o autor, que explicou que, para ele, "contar é uma forma de resistência, de testemunho de quem sabe que é possível combater a criminalidade".Segundo o italiano, "é necessário que se chegue a um ponto em que a lei seja respeitada porque convém, e não apenas porque é correto". Assista ao triller do filme Gomorra acessando o link abaixo:

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Presentes para as crianças do Brasil


A imprensa de todo o Brasil deu destaque para a denúncia publicada nesta quinta-feira no site da Revista Conexão Marítima. Em um dos contêineres, havia brinquedos para crianças e com bilhetes escritos a mão em português. Um deles dizia: “Por favor entregue esses brinquedos para as crianças pobres do Brasil. Lavar antes de usar”. O segundo bilhete, também em português alertava: “Atenção. Colocamos um tonel cheio de brinquedos e um saco com diversas bolas para serem distribuídas às crianças carentes. Por favor encaminhe!Lavar antes de usar.”
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