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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Presidente Lula: onde estão as lamparinas do seu juízo?


A Revista Veja desta semana aborda a foto ao lado com a manchete: "OS NOVOS E BONS COMPANHEIROS" e relata: "Há alguns anos, seria quase impossível juntar Lula, Collor e Sarney em uma mesma frase. Nada tinham em comum. Agora, por um punhado de votos, estão no mesmo projeto político. E a publicação ainda pergunta: "Adivinha quem perdeu?"
OPINIÃO DO EDITOR:
Quem acompanhou o acirrado confronto eleitoral entre os dois em 1989 e a decisiva participação do PT na campanha pelo impeachment do ex-presidente em 1992 tem dificuldade para entender esta "aliança", eu diria, uma grande safadeza, entre passados tão divergentes.


Para tristeza do eleitor, isso simboliza os grandes conchavos na política nacional, que o PT sempre condenou. Incoerência a toda prova, Lula prestigia Collor, pré-candidato ao governo de Alagoas, elogia Renan Calheiros, seu antigo opositor, e APOIA os desmandos do presidente do Senado José Sarney.


O presidente Lula elogiou os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor por darem sustentação ao seu governo. Os interesses são claros: Lula quer o apoio do PMDB e do PTB à candidatura da ministra Dilma Roussef, e Collor conta com o respaldo de Lula para reconquistar o governo de Alagoas.É difícil de entender. Pobre povo brasileiro, que troca votos pelo famigerada bolsa- família.



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Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados e a Navigant Consulting promovem 1º Encontro sobre Gestão de Contratos na cidade de Rio Grande


O escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados e a Navigant Consulting promoverão o 1º Encontro sobre “Gerenciamento de Contratos em obras de Infraestrutura - Prevenções e Soluções para Conflitos”, no dia 7 de agosto, na Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande (RS).

Os palestrantes serão Fernando Henrique da Cunha, responsável pela área de Infraestrutura do escritório e Sandro Cunha, da Navigant Consulting, Inc, consultoria que atua na Amércia do Norte, Europa e Ásia em soluções de crise nas empresas, planejamento empresarial e análise de riscos em negócios de diversas áreas.

“O objetivo do encontro é discutir os contratos de infraestrutura em função da grande demanda atual na região de Rio Grande”, diz Fernando Henrique Cunha. “A região sul do país é um importante pólo de negócios que está atraindo cada vez mais investimentos e consequentemente novos contratos serão negociados”, acrescenta Sandro Cunha.


Informações sobre o evento:

Data: 07 de agosto de 2009
Hora: 12h
Local: Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande
Praça Xavier Ferreira, 430 – Rio Grande – RS
Telefone para confirmar presença: (53) 3035-4004. (Inscrições gratuitas)
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Repercussão nos tablóides europeus


A denúncia feita há três semanas pela Revista Conexão Marítima ( lixo enviado pelos europeus ao Brasil) ganhou dimensão internacional. Os tablóides da Europa deram grande destaque. O TIMES, estampou como manchete no domingo que a Grã-Bretanha se prepara para buscar a carga de lixo enviada irregularmente. A agência ambiental do governo britânico afirma na reportagem que poderia pagar pela volta dos contêineres que chegaram ao Brasil.


O INDEPENDENT,registrou que o envio do lixo, do qual estaria por trás um imigrante brasileiro que desembarcou na Inglaterra para atuar como operário há seis anos, causou indignação no Brasil.


No Brasil, o caso está sob investigação da Polícia Federal. Para a instituição, o caso configura fraude e crime ambiente. Nos registros, os contêineres deveriam ter polímeros de etileno (aparas de plástico) para reciclagem.

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Lixo do Velho Mundo: tem jeitinho brasileiro no envio

A reportagem exibida no Jornal Nacional desta segunda-feira (20), produzida pelo meu amigo e ex colega de RBS TV Marcos Losekan, mostra que a Policia Federal e a Receita Federal terão muito trabalho pela frente. Está claro e evidente, que a história não está bem contada. É um jogo de empurra que vem da Europa e do Brasil. Ninguém assume responsabilidades como mostra a reportagem do gaúcho de Independência, Marcos Losekan.


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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Infraestrutura será tema de reunião almoço


No dia 7 de agosto no restaurante da Câmara do Comércio do Rio Grande,será realizado o 1º Encontro de Gerenciamento de Contratos em Obras de InfraEstrutura, Prevenções e Soluções para Conflitos, uma promoção da Navigant Consulting, Inc., e a Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados.

Os executivos das duas entidades vão apresentar propostas para a comunidade empresarial local que atua na área de projetos de infraestrutura.A Navigant Consulting possui mais de 1900 consultores globais e fornece serviços personalizados e de apoio para resolver questões empresariais.

A empresa de consultoria atua em mais de 40 cidades na América do Norte, Europa e Ásia. Os palestrantes serão Fernando Henrique Cunha da Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados (http://www.emerenciano.com.br/) e Sandro Cunha da Navigant Consulting, Inc. ( http://www.navigantconsulting.com/). Na foto, obras do Dique seco de Rio Grande.Mais informações pelo telefone 53 3035 40 04.
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Apenados limpam dunas do Cassino


Saiu no Jornal Zero Hora (RS), reportagem assinada pelo jornalista Fernando Hallal, na qual transcrevo abaixo:

Um grupo de detentos da Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg) trocou, nos últimos dias, o ambiente repressivo da prisão pelo céu azul e a brisa marítima.Os apenados auxiliam a Secretaria Especial do Cassino (SEC) em um mutirão para limpar as dunas costeiras do balneário.


Os trabalhos se iniciaram na semana passada e foram encerrados ontem.Para a operação, foram empregados 12 homens, além de uma caçamba e uma retroescavadeira. A limpeza está sendo feita ao longo de 10 quilômetros, entre o bairro Stella Maris e os Molhes da Barra, um dos principais pontos turísticos de Rio Grande.

A manutenção do local é realizada de forma permanente. A parceria entre a prefeitura e a Perg já dura anos e, segundo os envolvidos, só traz benefícios.– Além de se socializarem, os detentos prestam um belo serviço em favor da comunidade – aponta o secretário do Cassino, Irajá Pellegrini.


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O lixo do Velho Mundo vai continuar lotando os portos no Brasil

A história do lixo europeu é intrigante e ao mesmo tempo, engraçada. Explico: a Europa, depois de destruir suas florestas e matas, acordou para o meio ambiente. Ainda não acordou para o respeito com outros povos, o Brasil inclusive.

A prova disso foi o desembarque em portos brasileiros de contêineres contendo grande quantidade de lixo vindos da Europa. Ou seja, já não basta afastarem os esgotos de suas casas, é necessário sujar ainda mais a casa alheia e, pelo visto, com lixo verdadeiro e não mais apenas com lixo tecnológico e lixo virtual.

E o que mais deixa todos indignados, é que as autoridades brasileiras fazem um alarde, manchetes na TV, capa de jornal, e escanbal, que vão tomar providências, e pelo andar dos contêineres, sabemos que isso tão cedo não vai acontecer. Mais lixo do Velho Mundo chegará nos portos brasileiros.
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Lixo e consumismo

Transcrevo abaixo, o artigo do historiador Sérgio da Costa Franco, publicado no jornal Zero Hora do dia 17 de julho, sobre a questão do lixo enviado ao Brasil pelos europeus.



O estranho caso dos carregamentos de lixo que têm chegado aos portos brasileiros, procedentes da Europa, e que estão desafiando a argúcia das aduanas e da própria Polícia Federal desperta surpresa a princípio, mas não parece envolver maiores mistérios. É o Primeiro Mundo livrando-se da carga insuportável de seus rejeitos e desperdícios, e empurrando-os, com dissimulação, para os mercados abertos do subdesenvolvimento.


Agentes da Receita informam que a Máfia italiana já cultivava essa prática, despejando na África os seus descartes. Nós, brasileiros, já tivemos a experiência, disfarçada sob o manto da solidariedade humana: depois de uma das guerras do último século (não me lembro se a da Coreia ou a do Vietnã), o exército americano destinava aos pobres do Brasil os fardamentos danificados de seus combatentes.O consumismo desenfreado que os economistas keynesianos descobriram como remédio para as crises de subemprego e de recessão trouxe como consequência indireta um espantoso crescimento do lixo urbano. Especialmente as embalagens de papel, de cartolina ou de plástico, que enfeitam e tornam atraente toda espécie de mercadorias, locupletam diariamente nossos recipientes de lixo doméstico.Minha geração pôde testemunhar, de corpo presente, todas essas transformações geradas pela paixão do consumo e pela revolução tecnológica.


O leite, que o fornecedor despejava direto em nossa panela, vem-nos agora em caixas de papelão descartáveis. A carne, que saía do açougue para a sacola de compras, embrulhada quando muito numa folha de papel, está agora envolta em resistentes embalagens plásticas. Esse material domina tudo, enrola os legumes e as frutas na feira e no mercado, resguarda até os cortes de frangos, que outrora recebíamos vivos, da capoeira do vendedor para o nosso pátio. Mesmo o vidro das garrafas e dos frascos, que a própria indústria do vidro readquiria e reciclava, está sendo substituído por um invencível plástico, que, entupindo os esgotos e os rios, promete resistir até o fim dos tempos.


Já nem falo da multidão de utensílios de utilidade discutível, aos quais, afinal, nem sabemos dar um destino, quando se tornam inservíveis. Nem refiro a massa de roupas supérfluas que abarrota os armários, e que periodicamente precisa ser descartada, ou por contingências da moda ou pela ação destrutiva dos insetos.Isso fez com que o lixo doméstico, em todos os países ditos civilizados, tenha aumentado além das previsões, a ponto de ser hoje um dos mais sérios problemas da administração urbana.



Que fazer com o lixo, afora a receita básica de incinerá-lo e transformá-lo em adubo ou em aterro? Tais soluções podem ser praticadas quando em pequena escala. Mas quando as sobras e descartes de uma cidade alcançam milhares de toneladas-dia, aí entram em cena as soluções malucas, como essa de despejar a carga no território dos desprevenidos ou subdesenvolvidos.Trata-se agora do mais estranho dos contrabandos. Articula-se um negócio de exportação. Preenche-se uma fatura com mercadorias viáveis e negociáveis, mas enchem-se os contêineres com lixo industrial ou doméstico.



Em outros tempos (não sei se a norma prevalece), as faturas de exportação deviam ser visadas pelos cônsules do país importador. Teoricamente estes verificavam a correspondência entre a fatura e a mercadoria expedida. Imagino que o volume das cargas e dos negócios tenha levado ao desuso essa prática de boa cautela. Mas, diante da velhacaria desses exportadores de lixo, seria necessário reativá-la. Pelo menos para que não entupam nossos portos com lixo hospitalar e outras oferendas menos dignas...
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Revista Conexão Marítima participa de evento da OEA

A Revista Conexão Marítima participará em Foz do Iguaçu (PR), a convite da Organização dos Estados Americanos e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa),da 1ª Convenção Hemisférica de Proteção Ambiental Portuária da OEA.


O evento vai acontecer entre os dias 21 e 24 de julho de 2009,Participarão do encontro representantes de 34 países membros da Comissão Interamericana de Portos (CIP), que é um órgão da OEA. Para dar a dimensão de integração entre as Américas, a cidade de Foz do Iguaçu foi escolhida para receber o evento, por estar na cidade o Marco das Três Fronteiras, ponto em que o Brasil, Argentina e Paraguai se encontram.


O editor da Revista, Diniz Júnior, participará do evento, onde produzirá reportagens online para o site.Jean-Michel Cousteau, filho do memorável oceanógrafo e mergulhador francês Jacques Cousteau, será uma das grandes personalidades presentes. Jean-Michel irá falar sobre o trabalho desenvolvido pela Ocean Futures Society e a preocupação com o futuro dos mares e de toda a biodiversidade marinha.
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"Recebi ameaças de morte"

Na mesma edição da Tribuna de Santos, uma entrevista que me chamou muito a atenção. Leiam abaixo:


Élio Lopes dos Santos
Químico e engenheiro industrial, professor universitário e secretário de meio ambiente da Prefeitura de Guarujá


Como teve início a importação de lixo industrial?

Até a década de 80 importavam-se principalmente zinco e manganês para fabricar micronutrientes. Para aumentar os lucros, passaram a usar lixo industrial tóxico, nacional e importado. O exportador se livrava do custo da disposição e o importador ainda pagava pelo lixo. É crime ambiental e de saúde pública, além de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.


Como vê essa nova situação?


Como não existe lógica em exportar só lixo doméstico, surgiram três dúvidas. A existência de drogas, de lixo radioativo, de resíduos hospitalares ou de experimentos biológicos. A presença de lixo radioativo foi descartada. As outras serão averiguadas.

Como foi sua participação na investigação da carga encontrada em Santos em 2003?

Assessorei o Ministério Público Estadual, Federal e o Ministério da Saúde, quando recebi ameaças de morte. Fui parar na ABIN e no gabinete da Marina Silva, para quem foram entregues os documentos. Passei dois anos sob proteção da Polícia Federal.

Como mudar essa situação?


Com ações repressivas mais duras. Isso destrói a saúde e a economia do País, numa demonstração da hipocrisia do discurso dos países ricos frente à sustentabilidade ambiental dos emergentes.
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Um escândalo ambiental

O Ibama fez o seu papel e aplicou multa as empresas envolvidas. Mas isso não basta.Precisamos ir além dos fatos,até agora cercados de mistério. Fato como este não pode se repetir. O jornal Tribuna de Santos, faz uma grave denúncia em sua ediçao de segunda-feira ( 13). Trancrevo abaixo:

Sorrateiramente, por caminhos que ainda carecem de um melhor esclarecimento, toneladas de suposto lixo doméstico da Europa chegaram aos portos de Santos e do Rio Grande há cerca de um mês. O que, em princípio, pareceu algo curioso, representa, na verdade, a um escândalo ambiental, a ponta de um imenso iceberg com implicações diretas para a saúde de toda a população.

Informações obtidas junto à Receita Federal, Polícia Federal e Ibama apontam para um esquema de exportação fraudulento que, aparentemente, acontece há mais de 20 anos. Um dos indícios mais graves desse negócio ocorreu em 2003, aqui mesmo no porto de Santos.

Casos similares já foram flagrados em outros portossul-americanos. Na África e sudeste asiático, a importação de lixo tóxico já foi motivo de protestos diplomáticos, a partir de denúncias feitas por organizações ambientais e humanitárias.
MÁFIA


Segundo Zeina Al Hajj, do Greenpeace, existe uma máfia, principalmente na Europa, que se aproveita dos altos custos para o depósito correto desse tipo de material. A alternativa é contrabandear os resíduos, principalmente para os países do chamado Terceiro Mundo.

No caso de lixo eletroeletrônicos (carcaças de celulares, computadores, aparelhos de tevê etc), a estratégia é exportá-los sob o argumento de que se trata de produtos para "diminuir a exclusão digital' dos menos favorecidos. Para driblar a fiscalização, os contêineres são classificados como contendo produtos eletrônicos para doação.

No sudeste asiático, outro destino desse tipo de resíduo, as placas e circuitos acabam sendo reciclados para retirada de prata, ouro e outros metais nobres. O problema é que isso é feito em galpões improvisados, sem qualquer controle, simplesmente derretendo o material e lançando nuvens tóxicas na atmosfera.

"Imagine um porto como o de Roterdã (Holanda), onde, a cada dia, milhões de novos contêineres chegam e saem. É impossível abrir e fechar todos eles. Existe uma máfia que opera por trás desses esquemas", diz Hajj.

SEM FISCALIZAÇÃO

A situação já é do conhecimento, inclu- sive, da ONU, por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE). Nos relatórios de 2005 e 2006, há casos documentados de exportação de lixo tóxico para a Somália, Zaire, Moçambique, Eritréia e Argélia. Estima-se que
em 2001 mais de 600 mil toneladas de lixo nuclear tenham sido desembarcadas clandestinamente na África.

Para frear essas exportações, a ONU criou em 1989 um acordo assinado hoje por mais de 160 nações, tendo por meta banir a exportação de equipamentos tóxicos de países ricos para pobres. Porém, menos de 60 países já ratificaram a chamada Convenção de Basel. Continuam de fora, entre outros, Estados Unidos e Canadá.

A União Europeia, por sua vez, aprovou em 2003 a Diretiva para Lixo Elétrico e Equipamentos Eletrônicos (Waste Electrical and Electronic Equipment Directive - WEEE), que se tornou lei em fevereiro de 2003. Ela determina metas de coleta e reciclagem aos fabricantes de eletrônicos.

Para muitos especialistas, a falta de fiscalização proporciona o crescimento das máfias que atuam na exportação do lixo tóxico. Estas, por sua vez, contam com as precárias barreiras alfandegárias existentes na maioria dos países pobres ou em desenvolvimento. "Quando se descobre um caso, percebemos que é apenas a ponta de um imenso iceberg", afirma Hajj.

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Como no caso do lixo, com o Bahamas muitas dúvidas ainda persistem

Muitas perguntas no caso do Bahamas ficaram sem respostas. Por que as autoridades portuárias não procederam a vistoria antes das descargas nos piers da Petrobras e da Trevo? Fui o primeiro jornalista a denunciar o acidente com o navio Bahamas. Foi em um domingo a noite. Assistia ao Fantástico, quando uma fonte da guarda portuáriau, ligou para o meu celular. Queriam abafar o caso.
Nesta época trabalhava na RBS TV local. Olhando recentemente meus arquivos, vejo que na época, e até hoje, muitas perguntas ficaram sem respostas.
O navio efetuou descarga e navegou em frente à cidade de Rio Grande entre 25 e 30 de Agosto, já com o defeito verificado e, portanto, sob grave risco de explosão!
Perguntas:
a) Por que navegou livremente o navio pelo porto, se havia risco de explosão?
b) Por que o navio não foi deslocado para alto mar, pois neste caso a possibilidade de diluição seria mais adequada?
c) Se ele estava em condições de navegabilidade, porque o navio foi, deliberadamente, levado a encalhar no Porto Novo?
Segundo a imprensa, o comandante do navio informou ao Superintendente do Porto, a respeito dos problemas do navio, no dia 30 de Agosto. Ainda segundo a imprensa, ocorreu uma reunião no dia 2 de Setembro entre os responsáveis pelo navio e os órgãos públicos competentes, onde foi firmado Acordo autorizando derramamento do ácido, em função do risco de explosão.
Perguntas:
a) Por que a reunião entre as autoridades responsáveis ocorreu 3 dias após a comunicação do acidente ?
b) Por que para esta reunião do dia 2 de Setembro, o Sr. Superintendente do Porto, não solicitou o relatório de bordo?
c) Quem assinou o documento de autorização e por que ele não foi tornado público?
d) Onde estão e quem elaborou os laudos técnicos que justificaram essa decisão?
e) Foram estudadas outras alternativas, como descarga para os tanques de terra ou para caminhões-tanque ? Se foram, quais os estudos técnicos que levaram a descartá-las ?
f) Todos os tanques apresentaram defeitos ao mesmo tempo ?
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Lixo europeu, lembra caso do navio Bahamas

O episódio do lixo europeu, faz eu lembrar do caso do navio Bahamas, estão lembrados? A omissão de uma prévia vistoria especial no navio, prevista em lei, aliada à permissividade de deslocamento do navio entre vários piers do mesmo porto, levou a decisão inédita e questionável de despejo de milhares de toneladas de Ácido Súlfurico na água, em um ambiente de extrema complexidade e vulnerabilidade, que é o ponto de encontro da Laguna dos Patos com o Oceano.
Foi em 1998. Conforme informação divulgada na imprensa, o navio atracou no dia 24 de Agosto, no pier da Petrobrás, dele tendo saído no dia 28 de Agosto para o pier da Trevo, havendo descarregado, nestes dois portos 10.000 t de ácido sulfúrico. No dia 30 de Agosto, atracou no pier da Fertisul com 12.000 t remanescentes.
Segundo relatório do capitão do navio, apreendido no dia 4 de Setembro, por determinação da Procuradoria Geral da República, teria ocorrido em 25 de Agosto falha humana que provocou aumento da pressão interna em um dos tanques de carga e rompimento da gaxeta da bomba, provocando inundação da Sala de Bombas e do duto de carga. Após longa reação do ácido com a água, as válvulas do tanque de carga foram avariadas e a carga começou a escapar dos tanques para todos os outros espaços do navio.
A história foi longa e o navio foi ficando e ficando no porto, reuniões intermináveis, empurra daqui e dali as responsabilidades. Será se a história " isso não é comigo",vai se repetir?
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Afinal, quem enviou o lixo para o Brasil?


Esse negócio do lixo que mandaram para o Brasil da Europa, desculpem a expressão, é uma tremenda de uma sacanagem. Imaginem se fosse ao contrário: o Brasil mandando lixo doméstico para países da Europa. Meu Deus, a repercussão seria internacional. Jornal Zero Hora estampa bem em manchete: Um verdadeiro enigma no Cais. O repórter Nilson Mariano, que acompanha o caso pelo jornal, faz uns questionamentos interessantes que estão intrigando os policiais:


1- É a primeira vez que uma exportadora britânica manda lixo em contêineres, como se fosse uma mercadoria legal, devidamente documentada?


2- Qual o interesse em pagar o alto custo do frete (cerca de R$ 3,6 mil por contêiner) para descartar lixo no outro lado do planeta?

3- As companhias de navegação que fizeram os transportes, entre fevereiro e maio, sabiam do golpe?


4- A empresa gaúcha que importou a carga da Inglaterra, a Alfatech, de Bento Gonçalves, está envolvida na fraude ou foi uma das vítimas?



A advogada da Alfatech, Silvana Werner, garante que a empresa também foi surpreendida. A advogada sustenta que a empresa pagou R$ 200 mil, adiantados, para importar as 1.098 toneladas que seriam de aparas plásticas. Silvana diz que importam polímeros de etileno (tiras e blocos de plástico) da Inglaterra por não encontrar mercadoria semelhante no Brasil apta à reciclagem.

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quarta-feira, 8 de julho de 2009

A HOLANDA QUE VI E AS SURPRESAS


ARTIGO PUBLICADO NO DIA 27 de fevereiro de 2009

Visitei a Holanda, durante seis dias, juntamente com o meu colega de trabalho Leandro Ramis. Fomos para a Holanda a convite do governo do país para conhecermos os sistemas de infra-estrutura e logística hidroportuária, que são modelos para o mundo, em eficiência modernidade, e descrevê-los para o Brasil, um mercado com imenso potencial a ser, ainda mais, explorado pelos empresários locais.


E para os brasileiros conhecerem o que é a Holanda, principalmente os gaúchos. Logo percebi que nossa viagem seria cheia de surpresas.A Holanda é o país das águas. Os holandeses construíram diques para controlar a água. Os velhos moinhos ainda existem e são preservados como monumentos do passado holandês. Aliás, o passado desse maravilhoso país, está exposto ao ar livre. História cultural sobre a água e na costa do lago Amstel. Em um país rodeado pela água, o comércio marítimo é muito forte. A água esculpiu a paisagem de Amsterdã, nossa base durante a visita. Ainda visitaríamos Roterdã, e Haia, sede do governo.Os mercadores do século 17 já naquele tempo, desfrutavam da vida para os canais. Eles eram ricos e construíram suas casas na chamada idade do ouro, quando a Holanda era uma das nações líderes da navegação e Amsterdã, o seu centro de operações.A costa da Holanda tem 530 quilômetros de extensão, banhada pelo mar do Norte, cujas correntes árticas fazem a temperatura da água nunca superar os 5º graus.Os Países Baixos vêm ocupando, nos últimos anos, as primeiras posições no ranking de investidores externos no Brasil. Lideraram a lista em 2002, 2004 e no ano passado, segundo o Itamaraty.


Em 2007, empresas holandesas investiram US$ 8,1 bilhões no Brasil, o equivalente a 23,6% dos US$ 34,3 bilhões de investimentos externos diretos no país, de acordo com dados oficiais.Igualmente importante, a corrente de comércio entre os dois países indica o quanto o Brasil está na mesa dos holandeses. No ano passado, o Brasil vendeu o equivalente a US$ 8,84 bilhões para os Países Baixos, grande parte em produtos agrícolas: soja, óleo de soja, carnes de boi e de frango, café, suco de laranja, uvas frescas.Cabem sete Holandas dentro do Rio Grande do Sul. Espantoso. A extensão territorial equivale ao estado de Sergipe, que a coloca em 134º lugar em tamanho, dentre o total de 209 países. Tem 130 mil quilômetros de rodovias, que transportam cerca de 100 mil toneladas de cargas por ano. Pelos 3,5 mil km de ferrovias são escoadas 1 milhão de toneladas/ano.


É um país surpreendente.Percorrendo as auto estradas da Holanda, fico pensando como esse país, que foi destruído na segunda guerra, reconstruiu tudo a partir do pouco que sobrou e o fez de forma tão organizada e admirável.
A caminho do porto de Roterdã, descubro que para que o barulho dos carros não incomode, em alguns pontos da auto-estrada,há, junto aos guard rails, placas plásticas com cerca de cinco metros de altura, que formam uma espécie de muro. A redução do ruído chega a 80%, permitindo um sono tranqüilo até para quem mora próximo a uma rodovia. Fico imaginado essas placas em nossas rodovias, quanto tempo durariam.
Outra surpresa: no porto de Roterdã, o maior da Europa,visitamos o Ghost Terminal, ou Terminal Fantasma. Ele é assim chamado porque não há motoristas dirigindo caminhões nem operadores manobrando empilhadeiras, tudo é informatizado e controlado por uma torre.O Brasil e em especial, o Rio Grande do Sul, tem muito que aprender com os holandeses. Nesta semana, desembarca no Brasil, uma missão do governo da Holanda com 60 empresários. Visitam inclusive o porto do Rio Grande.


O governo gaúcho inicia este ano projeto ambicioso para elevar a participação do modal hidroviário na movimentação de cargas para 15% até 2017. Hoje, ele não passa de 4% de um total de 90 milhões de toneladas anualmente. O Estado possui 750 quilômetros de vias navegáveis e deseja adequá-los nos moldes dos corredores existentes na Holanda, e para isso colocará em prática o acordo de cooperação técnica firmado o ano passado com autoridades holandesas, que administram o porto de Amsterdã. O objetivo é usar o modal para transporte de contêiner. Há um ditado corrente no país: com medidas e planejamento, se emprega mais tempo que com a execução. Quem sabe, não chegou a hora dos gaúchos colocarem isso em pratica? Oxalá, seja outra surpresa agradável.
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O exemplo de Roterdã


A Holanda pode servir de modelo para o Rio Grande do Sul, porque é um país sete vezes menor que o nosso estado,mas que tem uma boa logística de distribuição de cargas.
Pelos 130 mil km de rodovias, transporta 100 mil toneladas anualmente. Em 5 mil km de rios e canais, 400 milhões de toneladas/ano. E nos 3,5 mil km de ferrovias, 1 milhão de ton/ano.Tudo funciona graças à perfeita integração entre o Poder Público e a iniciativa privada. Aos governos, cabe dotar, manter e gerenciar a infra-estrutura dos portos. Às empresas, a operacionalização e o aparelhamento dos terminais.
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Cargas pelos rios


Estive na Holanda em fevereiro deste ano a convite do governo daquele país. A caminho do porto de Roterdã (um dos maiores do mundo) é comum ver dezenas de barcaças carregadas com caminhões, e carga geral. Os rios da Hoalnda tem em média 2 metros, 2,5 metros de calado.Calado no Rio Grande do Sul não é problema, pois até o porto de Rio Grande temos 4 metros de profundidade.
Os operadores fluviais querem carga. E o governo gaúcho planeja montar pequenos e médios hub ports (portos concentradores) exatamente para suprir as carências
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Rio Grande do Sul quer aumentar fatia da hidrovia para 15% em dez anos


O Rio Grande do Sul quer aumentar fatia da hidrovia para 15% em dez anos. Desde o dia seis, o Estado está debatendo alternativas objetivando aumentar a participação da hidrovia na movimentação de cargas. Para tanto, consultores holandeses estão na capital do Estado estudando propostas de soluções relativos ao modal hidroviário. A perspectiva do Estado é aumentar a fatia do modal de 4% para 15% no período de 10 anos.


No país europeu, a hidrovia é largamente usada, uma vez que recebe incentivos fiscais que visam a transferência de carga. Segundo os consultores holandeses Win Ruijgh, presidente da Associação dos Portos de Amsterdã (Amport), e Harrie de Lajier, diretor de projetos do NEA Transport (instituto holandês de pesquisas na área de transportes), para tornar atrativa a transferência de carga para a hidrovia, é fundamental desenvolver sistemas logísticos e fluxo de mercadoria.


Na Holanda, é possível subsidiar entre 15% a 30% do custo de investimentos em embarcações, equipamentos, terminais, melhorias hidroviárias e intermodalidade. "Com a malha rodoviária gaúcha congestionada, o projeto de utilização da hidrovia garante redução de custos e aumento de competitividade para o setor produtivo do Rio Grande do Sul", ressaltou o secretário-adjunto de Infraestrutura e Logística, Adalberto Silveira Netto.
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A Máfia italiana


O inspetor das Receita Federal de Rio Grande, Marco Medeiros, que aliás conduz as investigações brilhantemente, sem fazer alarde e sensacionalismo (como deve ser), insiste na participação da máfia italiana, o que já denunciamos no site da Revista Conexão Marítima e neste blog. Aliás, a capa da Revista que já está circulando, é o lixo enviado pelos europeus ao Brasil. Imagine se fosse o inverso, o que estariam falando do Brasil neste momento.


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A TV GLOBO briga com a notícia


Um grande diretor de Jornalismo, Roberto Appel, hoje na TV GLOBO BAHIA, sempre dizia: o bom jornaista nao deve brigar com a notícia. Pois a TV GLOBO cometeu esse pecado. Refiro-me a matéria do lixo da Europa que chegou aos portos brasileiros em contêineres, denunciada pela Revista Conexão Marítima há duas semanas.


Essa história começou em Hamburgo, na Alemanha, há duas semanas quando estavamos realizando um especial sobre o porto de Hamburgo, um dos maiores da Europa. ONGS ligadas ao meio ambiente na Europa, já nos alertavam sobre esse problema e que o Brasil estava no roteiro da Máfia do lixo.



A afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul, RBS TV, publicou a matéria, denunciou a nível Estado, como deve ser feito no bom jornalismo. Nesta quarta feira a matéria que abre o JN, Jornal de maior audiência da TV Brasileira, é a história levantada pela Revista há duas semanas. Aliás uma matéria muito bem feita pela colega Patrícia Cavalheiro e produzida por Maurício Gasparetto.Uma briga ferrenha com a notícia. Só foi manchete do JN, porque a TV Globo foi "furada" nesta semana pela TV Record que deslocou uma equipe de São Paulo para a cidade de Rio Grande. A Globo foi segurando, segurando a matéria porque outro assunto ganhava diariamente grandes espaços em seus telejornais: a morte de Michael Jackson.



O assunto foi manchete na terça-feira no Jornal da Record. Lamentável. A Globo deu mais importância para a morte do Pop Star Michael Jackson, exatamente na mesma época que a denúncia do lixo foi feita, do que essa barbaridade, estupidez: toneladas e toneladas de lixo enviadas para o Brasil. Menos mal que a maior Rede de TV do Brasil deu a devida importância

para um assunto gravíssimo. Uma pena que brigou com a notícia.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Nem a serra gaúcha escapou do lixo europeu

Toneladas de lixo doméstico estão depositadas ao ar livre no porto seco de Caxias do Sul desde meados de abril. O material, que estava dentro de oito contêineres, teria sido importado irregularmente por cinco empresas brasileiras, incluindo uma de Bento Gonçalves, e faria parte do mesmo lote que chegou ao porto de Rio Grande entre fevereiro e o final de maio, vindo do porto de Felixtowe, na Inglaterra.As autoridades não divulgaram o nome das importadoras envolvidas e também não sabem o motivo do lixo ter sido enviado ao Brasil.Denuncia foi feita há uma semana com exclusividade pela Revista Conexão Marítima, através do jornalista Diniz Júnior.


A Receita Federal acredita que o produto tenha sido importado de forma fraudulenta da Europa, por meio de notas fiscais que o identificavam como polímeros de etileno para reciclagem.O delegado da Receita em Caxias, Wesley Gonçalves, afirma que o órgão está fazendo investigações internas para decidir as medidas a tomar. Em Rio Grande, a Receita, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público Federal e a Agência Nacional de Vigilância Ambiental (Anvisa) trabalham para solucionar o caso e obrigar os importadores a devolver o produto à Inglaterra. Além disso, as investigações devem apontar qual o motivo da vinda do lixo ao país e se as importadoras recebiam algum benefício na transação.
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