Páginas

domingo, 4 de julho de 2010

Entrevista Dann Schalck, diretor do Porto de Ghent/Bélgica

O entrevistado da edição 64 da Revista Conexão Marítima é o Diretor do Porto de Ghent/Bélgica, Daan Schalck. O executivo fala dos desafios de Ghent para os próximos anos.

Abaixo alguns trechos da entrevista que podem ser conferidos na edição impressa da Revista Conexão Marítima (http://www.conexaomaritima.com.br/)



" O principal desafio é crescimento. Hoje temos só uma eclusa e negociamos com a Holanda para construir uma eclusa nova para crescer no futuro."


"No transporte marítimo temos 25 milhões de toneladas e com uma nova eclusa podemos crescer mais de 6 milhões por ano. Há congestionamento para acesso por ter só uma eclusa. Precisamos entre 800 mi e 1 bilhão de euros para construir a nova eclusa, dos quais 15% seria da autoridade portuária."


" Estamos negociando com a Holanda. São negociações difíceis. As vantagens para Gent serão enormes. Antuerpia e ZeeBruges também têm ambição de ter novas eclusas. No prazo mais otimista poderia ter a nova eclusa em 2018. Mas pode ser depois, até 2020."


"Devemos ter um acordo sobre o financiamento da nova eclusa em julho deste ano. Em termos de crescimento com a nova eclusa podemos ter 50 milhões de toneladas no transporte marítimo e 40 milhoes no fluvial, ou seja, 90 milhões em 2050. Somos o 5º porto fluvial da Europa."
Leia Mais

Os grãos, o porto e os gargalos


Em sua edição 64, a Revista Conexão Marítima trás em sua capa a reportagem especial intitulada SAFRA RECORDE: QUE VENHAM OS GRÃOS e aborda ampliação de 40 para 42 pés do porto do Rio Grande que vai beneficiar a exportação de soja e dos grãos.


Mas aponta também que no caminho da produção existem gargalos que precisam ser eliminados como estradas não duplicadas e hidrovia subutilizada, apesar dos investimentos do setor privado.Para mais informações acesse o site http://www.conexaomaritima.com.br/


Leia Mais

"O aumento do nível do mar obrigará a desocupação das regiões costeiras no mundo inteiro"


Em entrevista exclusiva a Revista Conexão Marítima, o ambientalista salientou a importância da educação ambiental como uma das formas de salvar o planeta.“" Nós temos as ferramentas para por em prática medidas que possam corrigir todos os erros cometidos no passado", afirmou Jean-Michel referindo-se ao processo de degradação ocorrido nas últimas décadas. “"Se pararmos de cometer os erros que estamos cometendo, as mudanças no meio ambiente diminuirão seu ritmo e correrão em seu ritmo normal"”Jean-Michel estima que, dentro de duas ou três décadas, o aumento do nível do mar obrigará a desocupação das regiões costeiras no mundo inteiro. “"Quantas milhões de pessoas que terão que se mudar das cidades litorâneas e quantos bilhões em recursos serão necessários para mudar toda a infraestrutura (o que inclui os portos) hoje existente"?”, pontuou.


Para o pesquisador, que já percorreu vários países com o trabalho da Ocean Futures Society (organização não-governamental ambientalista), todos os oceanos e rios do Planeta devem ser tratados como um sistema hídrico único, já que qualquer dano ambiental em um determinado ecossistema terá efeito sobre os demais. “


O derretimento do gelo da Cordilheira dos Andes contribui com a formação do Rio Amazonas, que responde por 20% de toda água doce do mundo”, exemplificou Jean-Michel.Ele enfatizou que os mares precisam de um cuidado especial. “"Estamos usando o oceano como uma lata de lixo. Não é um problema apenas do Brasil. É um problema mundial. E isso tem que mudar. Para isso, é preciso educação. Precisamos educar as nossas crianças, mas também formadores de opinião, políticos e os responsáveis por tomar decisões".”



A palestra


- Ingresso: mediante apresentação de passaporte (vendas esgotadas)

- Quando: segunda-feira, às 19h30min, no Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

- Informações: (51) 3019-2326 begin_of_the_skype_highlighting (51) 3019-2326 ou pelo e-mail relacionamento@fronteirasdopensamento.com.br
Leia Mais

Um homem do mar desembarca em solo gaúcho


Tive a felicidade de conhecer o oceanógrafo e ambientalista francês Jean-Michel. Foi em agosto de 2009 em Foz do Iguaçú quando participei pela Revista Conexão Marítima da 1ª Conferência Hemisférica de Proteção Ambiental Portuária, promovida pels Organização dos Estados Ameicanos (OEA). Na oportunidade Jean-Michel Cousteau defendeu medidas urgentes para desacelerar os processos decorrentes do aquecimento global, entre os quais, o aumento da temperatura dos oceanos e seu consequente avanço sobre o continente.


Filho do explorador Jacques Cousteau (1910-1997), Jean-Michel embarcou pela primeira vez nas aventuras do pai, a bordo do Calypso, aos sete anos. Hoje, aos 72 anos, acumula largo conhecimento a respeito dos oceanos e procura disseminá-lo por meio de documentários e programas de educação.

Jean-Michel Cousteau é o conferencista do ciclo Fronteiras do Pensamento, nesta segunda-feira a noite em Porto Alegre noite, na UFRGS.
Leia Mais

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vazamento no Golfo do México desperta dúvidas sobre o futuro da exploração de petróleo

POR DINIZ JÚNIOR

Depois de quase dois meses de tentativas falidas de conter o vazamento de óleo no Golfo do México, o mundo se pergunta: o que é preciso mudar para evitar acidentes em poços profundos? O que muda no Brasil com este acidente?

media-26649-92940 Redemoinho de petróleo nas correntes do Golfo do México

O laboratório da COOPE no Rio de Janeiro estuda falhas em equipamentos submarinos na exploração e produção de petróleo.Este centro é um dos que levaram o Brasil a liderança mundial na tecnologia de poços em águas profundas.

O acidente veio em uma péssima hora para o Brasil. A Petrobras está as vésperas de uma oferta de ações ao mercado para aumentar o dinheiro em caixa , para manter seus investimentos, onde o pré-sal ocupa lugar de destaque.

media-26648-92936

Os investidores ficaram mais arredios em vista dos prejuízos financeiros que um acidente de grande porte pode causar a uma empresa. E a operação pré-sal é bem mais difícil do que a do Golfo do México.O poço acidentado está há 1 500 metros de profundidade. No pré-sal a profundidade e de 5 mil a 7 mil metros. A Petrobras tem bons critérios de segurança, mas acidentes acontecem. A prova foi o afundamento da plataforma P-36 em 2001, na Bacia de Campos. Não foi uma catástrofe ambiental, mas onze pessoas morreram e a plataforma de 350 milhões de dólares foi para o fundo do mar.

ENTREVISTA AO PROGRAMA SEM FRONTEIRAS DA GLOBO NEWS

SEGEN ESTEFEN, PROFESSOR DE ENGENHARIA OCEÂNICA DO COOPPE/UFRJ

Esse acidente assusta o Brasil?

Certamente nos assustou e muito, porque é uma tecnologia madura. E não se tinha uma expectativa de uma falha desse porte. Não se consegue cointer o vazamento porque a indústria do petróleo não tem tecnologia para essa emergência e para essa profundidade,de 1 500 metros.

Com tantos riscos, o que é preciso mudar nos padrões de segurança nos poços profundos no Brasil e no mundo?

Esse acidente ocorreu com uma empresa que atua em vários países. Não seria a hora de fazer uma regulação global pára os países que exploram petróleo? Isso é o ideal, mas eu diria que antes de isso ocorrer, os órgãos reguladores nacionais devem atuar. Eles não devem ficar a espera de um regulamento internacional. No nosso caso, a Agência Nacional do Petróleo deve analisar essa questão e tomar medidas

media-26655-92964 E que medidas seriam essas?

Eles devem garantir procedimentos unificados e padronização dos equipamentos de segurança.

No caso da exploração do pré sal aqui no Brasil, nós corremos o risco de alguma acidente com consequências semelhantes, lembrando que a Petrobras já teve um grande acidente na sua história que foi o afundamento da plataforma P-36.

A Petrobras tem padrões muito altos de segurança. Mas em função desse acidente, muita coisa vai ter que ser repensada, analisada e aprofundada. Ela tem as ferramentas para fazer isso. O pessoal técnico qualificado e tem uma imensa rede que inclui as universidades para dar o apoio científico e tecnológico.

No caso do Brasil, o que deve ser feito para que acidentes como esse não aconteçam, quais seriam as medidas do governo Brasileiro.

Primeira ação seria reforçar tecnicamente a Agência Nacional do Petróleo.A ANP deve ser um órgão com forte corpo técnico para poder de forma crítica analisar as questões de segurança no mar brasileiro.

E de forma independente?

Com certeza.

Leia Mais