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domingo, 20 de novembro de 2011

Um visitante indesejável

Mexilhões dourados encrustrados em um motor. itaipu.gov.br




Revista Conexão Marítima prepara uma reportagem sobre o Mexilhão Dourado, assunto de grande interesse mas pouco divulgado pela mídia. O bichinho é pequeno - não tem mais do que 4cm - e vem de longe, mas é capaz de fazer um estrago considerável. É o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), um pequeno molusco de água doce, originário do sul da Ásia, que chegou ao Brasil em 1998 e já infestou rios, lagos e reservatórios da Região Sul e do Pantanal e começa a ser detectado em São Paulo.

Além de desequilibrar os nichos ecológicos aos quais chegou, pondo em risco de extinção espécies nativas, o invasor ameaça o setor elétrico brasileiro, a agricultura irrigada, a pesca e o abastecimento de água.

A história do mexilhão dourado na América do Sul começou em 1991, quando ele foi detectado pela primeira vez no Rio da Prata, próximo de Buenos Aires. O molusco bivalve (com duas conchas, que se fecham) chegou até ali na água de lastro de navios vindos do Oriente.

No Brasil, sua presença foi registrada pela primeira vez em 98, no Delta do Rio Jacuí, próximo a Porto Alegre. Em 99, foi detectado no Rio Guaíba, no qual o Jacuí desagua, e na hidrelétrica paraguaio-argentina de Yacyretá, no Rio Paraná. Em abril de 2001, foi encontrado numa das tomadas de água (compartimentos anteriores às turbinas) da barragem de Itaipu, 400 quilômetros acima de Yacyretá. Assista a reportagem.







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Lei Seca no mar

Com o rompimento do casco do navio, cerca de 41 milhões de litros de óleo foram derramados no mar


Há cinco anos a  Marinha  estudava a possibilidade de implantar a Lei Seca na área marítima. O tema foi encaminhado para a  Diretoria de Portos e Costas, sediada em Brasília. Na época,o maior problema era obter o devido respaldo jurídico para sustentar a incorporação da nova lei, feita especificamente para o trânsito, às Normas da Autoridade Marítima.

Ainda segundo a Marinha teria que ser observado "as necessidades de treinamento de seu pessoal para aplicação dos procedimentos decorrentes, caso venha a ser comprovada a possibilidade jurídica de aplicação da lei ao condutores de embarcações, nas áreas marítimas, fluviais e lacustres".

Lembro do acidente com o petroleiro Exxon Valdez em 1989.Depois de alguns drinques nos bares da cidade de Valdez, o comandante do navio Joseph Hazelwood, juntamente com alguns oficiais, retornavam para o terminal marítimo onde estava o navio. Foram informados que a partida havia sido adiantada em uma hora. Dois rebocadores auxiliam o navio na saída.

O comandante é avisado pelo rádio, que haviam desprendido blocos de gelo que penetraram nas faixas do trafego marítimo. O navio desvia do gelo flutuante fazendo duas mudanças de curso, mas ao invés de buscar o rumo Sul, toma a direção Leste-Oeste. O Exxon Valdez vai ao encontro do seu trágico destino. O piloto não tinha licença para navegar com o navio no estreito de Prince Willian. O navio acaba batendo nos blocos de gelo. Não havia mais nada a fazer. Começava a se desenhar, um dos maiores desastres ecológicos do mundo.

A Lei Seca da Marinha seria implantada em Clubes Náuticos, em marinas. Assista a reportagem 



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Orion cria sistema de Gerenciamento de Escalas de Navios



O novo sistema incorpora todo o processo do agenciamento, desde a nomeação do navio até a conclusão financeira da escala, em uma plataforma de conteúdo dinâmico
A Agência Marítima Orion Ltda acaba de inaugurar um exclusivo sistema multimídia de gerenciamento operacional, administrativo e financeiro dos navios consignados à agência.  Trata-se de uma ferramenta inovadora que disponibiliza conteúdo dinâmico, em tempo real, a todos os departamentos da empresa. O sistema possibilita aos operadores dos navios uma visão completa de todas as fases do processo de agenciamento, servindo como facilitador no gerenciamento das escalas dos navios, por meio de diversos módulos de informação e sistemas de alerta sobre tarefas a realizar e prazos a cumprir.
Desenvolvido a partir da tradicional ‘pedra’ ou ‘quadro’ de navios que durante décadas fizeram parte do dia-a-dia dos agentes, o novo sistema incorpora todo o processo do agenciamento, desde a nomeação do navio até a conclusão financeira da escala, em uma plataforma de conteúdo dinâmico, gerada através de uma interface web, protegida por senha, e disponibilizada em monitores LCD 55” instalados nos escritórios da agência.

A ideia de desenvolver esse projeto inédito surgiu da necessidade constante de aprimorar a qualidade dos serviços prestados aos clientes da agência, minimizando as dificuldades relacionadas com a complexidade inerente às escalas e a burocracia dos procedimentos que envolvem as operações dos navios. Os novos desafios que estão sendo apresentados aos agentes marítimos, como a recente implementação do “Porto Sem Papel” e as atribuições das agências frente aos sistemas da Receita Federal, criaram a necessidade de integrar os departamentos dos escritórios da empresa a fim de facilitar a troca de informações e garantir segurança em todas as etapas do processo de agenciamento dos navios, através de um sistema especialmente desenvolvido para atender essas necessidades e dar mais agilidade e qualidade nos serviços prestados pela empresa. A Orion atua em agenciamento marítimo e operação portuária desde 1973, e conta com uma rede de 10 escritórios cobrindo a costa brasileira de Rio Grande-RS à São Luís-MA.



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Polo Naval




Capa da edição 79 da Revista Conexão Marítima destaca mais uma vez o Polo Naval do Rio Grande. A capa (Guga VW), estampa uma bela foto da chegada da P-58  no porto gaúcho. João Paulo Tavares Papa, presidente da Associação Brasileira dos Municípios Portuários é  o entrevistado da edição. Também é destacado os alpinistas que também ganham o seu espaço na indústria naval.

Na entrevista, João Paulo Papa defende a renovação da frota de caminhões, que segundo ele  é uma questão de interesse nacional.Segundo os últimos dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a frota brasileira de caminhões conta com mais de 1,5 milhão de unidades. As vendas não param de crescer e os veículos mais antigos, responsáveis pelos maiores índices de poluição e de acidentes nas estradas, continuam em circulação no país

Abaixo um trecho da entrevista concedida ao repórter Aerton Guimarães da Agência de Notícias da CNT.



Como as cidades portuárias pretendem implantar o plano?Nós tomamos algumas decisões e a primeira delas foi solicitar uma reunião com o ministro Fernando Pimentel (ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Ele decidiu que o primeiro encontro deveria ser com sua equipe, o que ocorreu no último dia 13. Participaram da reunião os principais membros da equipe do Ministério, assessores, o Sindicato dos Transportadores Autônomos da Baixada Santista, a CNT e, também, a Secretaria Especial de Portos, que reafirmou a posição da ABMP, declarando que um dos maiores problemas da atividade portuária está relacionado exatamente à idade da frota dos caminhões.

Além de altamente poluidores e muito inseguros, são totalmente ineficientes, ou seja, o trabalho está se aviltando cada vez mais porque esse caminhoneiro praticamente trabalha para conseguir comer. Isso tudo por conta das quebras constantes e do alto custo pra manter esse veículo.

O levantamento que a CNT fez foi a base para a nossa articulação. Mas nós estamos nos dispondo a trazer ainda mais elementos para esse relatório, que está muito bem feito, por sinal, mas buscamos elementos específicos para a atividade portuária. E o que se nota é que, de fato, a concentração de equipamentos muito antigos – com mais de 20 anos –, alguns com mais de 40 anos, nos portos, está muito acima da média nacional.

Está claro para todos que o fim do ciclo de vida desses caminhões é a atividade portuária por várias razões, inclusive por natureza de fiscalização e por conta do trajeto, pois são viagens curtas e que não dependem de estradas. No Porto de Santos, há cinco mil caminhões autônomos, dos quais 90% tem mais de 30 anos. É um dado estarrecedor.

O que será feito a partir de então?

Na reunião, a CNT declarou que a realidade nos portos merece um tratamento especial pelo ministério. E com essa posição da CNT e da Secretaria de Portos, conseguimos com a equipe do ministério a possibilidade de desenvolver um projeto piloto para a frota portuária. Para isso, criaremos um grupo de trabalho para diagnosticar a realidade das cidades portuárias e já está prevista uma reunião para a próxima semana, aqui em Santos. A equipe do ministério virá conhecer a realidade local. Estou mobilizando os principais prefeitos portuários para que venham ou mandem seus representantes, pois sabemos que a realidade é muito parecida.

A reciclagem seria viável nessas cidades?
Acredito que sim, pois nós seríamos parâmetros a partir da implantação em uma escala menor para testar o modelo. Com isso, ele poderia crescer e dar maior amplitude ao programa. Nós temos aqui em Santos condições que podem favorecer o projeto piloto. Temos uma siderúrgica no pólo de Cubatão e fábrica de vidro próxima, isso já pensando na reciclagem desse material. Sem falar de aço, bateria, pneus...

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Emissões de C02 II




O novo regulamento sugere que cada navio tenha um plano de gerenciamento de eficiência energética. Pelas regras da OMI, as medidas para economizar combustível serão aplicadas a todos os navios com mais de 400 toneladas. O regulamento entra em vigor em 1º de janeiro de 2013. A Unesco anunciou, em Paris, o lançamento de um atlas com imagens satélites de patrimônios mundiais sob risco. Batizado de From Space to Place, do Espaço ao Espaço, numa tradução livre, o atlas mapeia locais afetados por desastres naturais, poluição, conflitos armados e turismo em massa.


De acordo com a Unesco, nos últimos anos, as imagens satélites estão se tornando, cada vez mais, importantes para a administração de patrimônios mundiais. Um dos maiores problemas são os danos causados pela mudança climática. Através do atlas, os especialistas também podem acompanhar a evolução de habitats de vida selvagem e atividades agrícolas. Para viabilizar o mapa, a Unesco fez parcerias com a Nasa e com a Agência Espacial Europeia, além de organizações na França e na Alemanha. O atlas foi produzido pela Pesquisa Geológica dos Estados Unidos.


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Emissões de CO2




A Organização Marítima Internacional revela em um  estudo, que  até 2020, estima-se uma redução de mais de 150 milhões de toneladas anuais nas emissões de C02 geradas pelos navios, o que pode mais que dobrar até 2030.

Segundo o relatório as medidas de eficiência energética, aplicadas pela indústria naval, podem levar a uma grande redução dos níveis de emissões de CO2, o gás que causa o efeito estufa. As medidas de combate são mandatórias para os que operam navios em todo o mundo. 

De acordo com a OMI, mais de 90% do transporte comercial é feito através deste tipo de embarcação. A pesquisa Avaliação de Medidas de Eficiência Energética para o Transporte Internacional de Navios foi lançada, nesta segunda-feira, poucos dias antes da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, em Durban, na África do Sul.
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Oceanos em Apuros





Em 2008 PORTOS& MERCADOS lançou uma série de reportagens denominada OCEANOS EM APUROS, que abordou a poluição dos oceanos por derramamentos de óleo de plataformas e navios. A série  fez um alerta para esse grave problema e que no Brasil em função do pré-sal deve se agravar. Sempre que ocorrem esses acidentes lembro do diretor do Museu Oceanográfico do Rio Grande, Lauro Barcellos, um incansável  lutador pela defesa dos oceanos. Em 2008 na série de reportagens ele concedeu uma entrevista abordando essa questão. Leia aqui a reportagem.
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Vídeo: Chevron diz que vazamento de óleo está controlado. Será?

Imagem  da fissura no Campo de Frade, na Bacia de Campos (Foto: Divulgação/ANP)
A Polícia Federal vai investigar as denúncias do Secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, que acusa a empresa petroleira americana Chevron de empregar a técnica de jateamento de areia, para limpar a área onde houve vazamento de óleo, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Em nota  a empresa disse que os barcos da companhia “não usam areia e nem dispersantes para controlar a mancha”.

A petroleira americana Chevron assumiu a responsabilidade pelo acidente e declarou que o vazamento foi provocado por um erro de cálculo. O presidente da Chevron, George Buck, afirmou na sexta-feira que o óleo que sai neste momento é "residual" . Segundo o executivo, a pressão do óleo no reservatório foi "subestimada".
As estimativas a ANP indicam que a vazão média de óleo derramado estaria entre 200 e 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro.Assista a reportagem exibida sábado, dia 19 no Jornal Nacional/TV GLOBO.













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sábado, 19 de novembro de 2011

A Lei Seca


A lei que foi criada para apertar o cerco em torno de quem dirige bêbado, conseguiu de certa forma frear os motoristas irresponsáveis, mas ao mesmo tempo tornou mais difícil a punição dos infratores.Esse crime é só punido quando  resulta em tragédia. Segundo reportagem publicada na Revista Veja, a cada 13 minutos, uma família brasieira chora a perda de um parente morto em um acidente nas ruas e nas estradas. Estudos recentes feitos em São Paulo e no Distrito Federal reveleram que em 40% dos episódios, a pessoa que morreu, o motorista, o passageiro ou o pedestre, havia consumido uma dose elevada de álcool. Dose elevada é bebedeira mesmo. Há três anos, a Lei Seca foi promulgada para evitar tragédias,mas uma série de equívocos fez com que ela gerasse um efeito ao contrário.

Antes da lei, para que um motorista fosse considerado embriagado, bastava que um policial detectasse nele sinais de bebedeira. A Lei Seca estabeleceu regras. O motorista abordado pelo policial é legalmente bêbado com 0,6 gramas de álcool por litro de sangue ( três latas de cerveja). Ocorre que, se o motorista não quiser fazer o teste do bafômetro ninguém pode obrigá-lo, já que no Brasil, não se pode forçar alguém a produzir provas contra si mesmo. É só pagar uma multa de 957 reais, e a suspensão da carteira, em geral por cinco dias. São falhas da legislação. Porque estou abordando esses dados? O ser humano vai continuar infringindo as leis, ludibriar o Fisco, a Polícia e etc e etc.


De 2009 até hoje, mais de 40 000 motoristas abordados em blitze da Lei Seca no Rio de Janeiro se recusaram a fazer o teste do bafômetro

A boa notícia é que a maioria das pessoas bebe e não é alcoolista, não rouba, não mata, não estupra, só querem viver na Santa Paz de Deus.Temos que acreditar nas pessoas,se mentiu tem que ser punido. Embarque em um ônibus ou metrô em qualquer país da Europa e entenderão o que estou querendo dizer.

Os ônibus, assim como os metrôs não  têm cobrador. O passageiro pega o tíquete em uma máquina e deu.Mas se um fiscal o aborda e ele não tem o tíquete é multado. Ninguém deixa de pagar a passagem e as empresas  economizam na contratação de cobradores. É o Estado confiando  no cidadão. No Brasil se criam leis e todos desconfiam de todos ( sempre da autoridade legal). A Lei Seca é fraca porque permite que o motorista se recuse a soprar o bafômetro, e ao mesmo tempo não permite que o Policial use de bom senso quando ele achar que o velho e bom senso basta. Se foi constatado que o motorista bebeu, que sua carteira seja cassada por um ano ou mais. Causou acidente, que seja preso. Se o policial constatou que o motorista bebeu, mas está sóbrio, que o mande para casa. No Brasil desconfia-se de tudo e de todos antes e ninguém, absolutamente ninguém, é punido. É necessário punir os infratores, antes que as tragédias se consumem.
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domingo, 13 de novembro de 2011

Mais uma vez as hidrovias em pauta






Um sistema inteligente que vai permitir o acesso integrado dos órgãos do governo a informações sobre as hidrovias está em processo de construção e deverá ser concluído até meados do ano que vem. Definido como instrumento necessário ao planejamento do setor, o Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH) foi apresentado na CNT- Confeeração Nacional dos Transportes em agosto.

Segundo a ANTAQ o PNIH prevê a montagem de um banco de informações georreferenciadas sobre hidrovias, com um sistema que vai facilitar a análise e possibilitar a indicação de áreas onde poderão ser instalados novos portos públicos ou terminais interiores de uso privativo.



















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Entrevista João José Forni ,Especialista em gestão de crises e comunicação estratégica




Aeroportos lotados, voos e ônibus atrasados, passageiros insatisfeitos, recall de veículos e acidentes graves, que envolvem carros, aeronaves e embarcações. A lista de itens capazes de gerar crise à credibilidade das empresas de transporte é extensa. Por este motivo, elas devem se preparar para evitar ou, pelo menos, minimizar os efeitos de um problema cuja repercussão pode arranhar uma imagem construída ao longo de anos de trabalho.

Especialista em gestão de crises e comunicação estratégica, João José Forni tem dezenas de artigos e capítulos de livros publicados sobre o relacionamento da mídia com as empresas, com foco na administração de crises de imagem. Ele concedeu entrevista à Agência CNT de Notícias e falou sobre a atual conjuntura das empresas de transporte nessa área, além de dar alguns conselhos às organizações. Confira:


Por
Rosalvo Júnior

Agência CNT de Notícias




Porque as empresas de transporte são bastante vulneráveis à ocorrência de crises?

O produto das empresas de transporte é um serviço que envolve risco e lida com pessoas. Com esses dois componentes, há grande probabilidade de crises. Isso vai desde a segurança dos equipamentos utilizados, até a segurança física das pessoas. As máquinas sofrem com desgastes naturais e isso se soma ao fato de o serviço envolver um grande número de pessoas, o que acaba tornando essas empresas bastante propícias a crises. Esse risco potencial precisa ser bem administrado.

Há uma forma de evitar – ou, pelo menos, minimizar – os efeitos de uma crise de reputação?Sim, as crises de reputação que afetam as empresas ocorrem, em sua maior parte, porque a prevenção e o risco não foram bem avaliados. Existem empresas que fazem manutenção correta, utilizam equipamentos novos, tomam cuidado ao lidar com as pessoas. Elas estão certamente minimizando o risco de ter uma ameaça séria à reputação. Empresas sérias, que não querem se envolver em crises, cuidam e fazem prevenção permanente.

Em geral, as empresas de transporte, no Brasil, têm uma visão de crise? Como está a situação atual? Elas têm melhorado?

Houve um avanço na qualidade das empresas de transporte. Há uma grande credibilidade da população nas empresas, tanto de transporte terrestre, quanto aéreo. Ainda existem restrições ao transporte fluvial, pela quantidade de acidentes, muitos em decorrência da falta de fiscalização e de punição.

Mas ainda ocorrem problemas com o atendimento, que continua precário. As companhias aéreas, por exemplo, devido ao aumento da demanda nos últimos anos, não se prepararam para a pressão decorrente de outro perfil de passageiro e até mesmo do crescimento no número de usuários. Com isso, existem muitas queixas. Existem falhas que precisam ser sanadas. Essa é a forma de evitar crises.



"Empresas de transporte estão propícias a crises e esse risco precisa ser bem administrado"


As empresas de transporte devem possuir um comitê de crises? Como estruturá-lo? Ou ele deve ser instalado apenas em situações extremas?

O comitê, principalmente para empresas que têm risco elevado, como a área de transporte, deve existir antes da crise. Ele deve ser estruturado com poucas pessoas e ser acionado sempre que um problema grave se instalar. Deve ter um coordenador, alguém que tenha muita força na organização e a confiança absoluta da diretoria. A escolha dos membros do comitê depende do tipo de crise, mas não podem faltar as áreas jurídica, de recursos humanos e, certamente, a comunicação.
Diante das crises que envolvem pessoas, qual a primeira atitude a ser tomada? Como priorizar as vítimas e familiares? Como agir de forma rápida e eficaz?Há um princípio fundamental de gestão de crises que diz: primeiro as pessoas. Depois, o meio ambiente. E só então, equipamentos, instalações e dinheiro. A primeira preocupação, sempre, são as vítimas e os familiares. Toda a assistência, sem economia de recursos, deve ser prestada. No caso de acidentes graves, as empresas que “cuidaram” das pessoas, lidaram melhor com a crise, durante e após.

As pessoas sabem que os acidentes acontecem. Mas as empresas, muitas vezes, pioram a situação com o mau atendimento, falta de assistência, desrespeito, omissão. Muitas fogem da responsabilidade e tratam mal as pessoas. Além da rapidez, que é um mandamento básico, deve haver o sentimento de que a empresa é responsável pelo bem-estar e pelo transporte das pessoas. Não importa quem seja o culpado. É nesse item que as grandes empresas muitas vezes pecam e acabam piorando a situação.

Como as empresas de transporte podem recuperar a credibilidade perdida?

Tudo depende das primeiras horas, da forma como a empresa se comporta e trata os stakeholders (grupos que têm interesse no sucesso da empresa: funcionários, acionistas, clientes, fornecedores, governo e outros). Existe um erro das empresas que tentam solucionar o problema a partir da própria ótica, como se ele fosse apenas da organização. E não do interesse dos públicos envolvidos. Uma crise grave, como um acidente aéreo, é um problema também da comunidade, da sociedade atingida pela tragédia. É a partir dessa visão que a crise deve ser administrada.

Muitas empresas respeitam os direitos das pessoas envolvidas; são proativas em buscar soluções; vão atrás das causas para dar, pelo menos, uma satisfação aos parentes. Mas nenhuma empresa sai incólume de uma crise dessas. A credibilidade se conquista com a verdade, ainda que difícil, e com o respeito e a honestidade. Apesar de o acidente ser um fato extremamente negativo, a forma de agir pode minimizar o arranhão e preservar, ainda que com algum desgaste, uma boa reputação.

O governo tem responsabilidade em crises no setor de transporte? O apagão aéreo, em 2006 e 2007, por exemplo, também é resultado da falta de fiscalização, além do despreparo das companhias?

Sim, o governo tem que fiscalizar as empresas de transporte, por meio das agências e organismos existentes. No caso do apagão aéreo, não há dúvida de que o governo Lula, pela inércia, também contribuiu para que o caos se instalasse. A greve dos controladores foi apenas um pretexto, mas não a causa do apagão. O governo, além de não fiscalizar, contribuiu para piorar um cenário que estava caótico.

Quando as autoridades se omitem, as empresas fazem o que querem: overbooking, atrasos, extravio de malas, cancelamento de voos, redução do espaço entre os bancos e outros transtornos. Se de um lado existe a culpa das empresas que, por viverem abarrotadas de clientes não se preocupam com a qualidade dos passageiros, na outra ponta está o governo. Ele deve fazer a sua parte e não faz, principalmente no rigor da fiscalização.

Em casos de recall nas montadoras de veículos, por exemplo, a melhor saída é reconhecer o erro imediatamente? Há companhias que enfrentam crises porque não ouvem os apelos dos clientes...

No caso de recall, como nas montadoras, o que funciona é a proatividade: antecipar-se à crise e avisar os clientes. É importante ter um bom serviço de assistência, para evitar problemas que não foram detectados nas revisões ou na fabricação e que aparecem depois. Alguns carros apresentam problemas e a empresa se nega, de início, a reconhecê-los. Resultado: o desgaste recai sobre a empresa. Esse descuido pode levar uma grande multinacional à condenação pública. Negar o problema pode ser o agravamento da crise. O recall, portanto, é uma demonstração de respeito ao consumidor. Não um favor.
Como se deve agir frente às empresas que “prometem o céu’’, mas desrespeitam os clientes, almejam apenas lucros e pouco se preocupam com uma crise iminente?As empresas que “prometem o céu” e não cumprem terão uma crise mais cedo ou mais tarde. A pergunta é oportuna porque, hoje, grande parte das crises das empresas de serviços é por causa de desrespeito ao consumidor. Mas a relação com os clientes melhorou muito nos últimos anos. Hoje o consumidor está mais consciente e busca seus direitos, até mesmo na Justiça. É isso que vai melhorar a relação comercial e aprimorar o respeito ao cliente. Nós ainda não temos essa cultura, muito comum no exterior.

Em resumo, as crises, ao contrário do que muita gente pensa, não são construídas pelos nossos inimigos, pela concorrência, pela fiscalização ou pelo azar. As crises, em sua quase totalidade, têm origem em erros de gestão, pecados que a organização comete e não leva a sério.

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Vai faltar água no Planeta




A água  que bebemos é a mesma que os dinossauros bebiam. O Planeta não produz água nova. Ela apenas se recicla aravés dos milênios. Mas ai vem uma perguntinha básica:

SE TODA A ÁGUA DO PLANETA SE RECICLA, POR QUE OS ALERTAS DE QUE ELA PODE  FALTAR?


Especialistas respondem: porque a atividade humana vem poluindo a água em níveis alarmantes. A cada ano o mundo ganha 80 milhões de novos habitantes para consumi-la. Se chegarmos a 10 bilhões de habitantes no fim do século, manytendo o ritmo anual de consumo dos recursos naturais, o colapso será inevitável. A solução será reduzir esse consumo em 33% nos próximos vinte anos. Nesse cenário o planeta poderia repor tudo o que consumimos.






Na foto acima, dois Sudaneses bebem água dos pântanos, com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes, responsáveis pela enfermidade da lombriga da Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.







As imagens da falta de água nos países pobres são chocantes. Essa foto mostra uma favela em Mumbai, na Índia onde se pode observar um cano que serve de trilha entre o lixo e seus vazamentos que são aproveitados como fonte de água potável. E existem pessoas que insistem em lavar seus carros, nas calçadas por esse Brasil ou nos pátios, ou nas garagens de suas casas com água potável. Um enorme desperdício. Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e a preservação dos recursos, a natureza vai mandar e sempre, suas mensagens de socorro. O Planeta Terra é generoso, mas tem seus limites.

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Pedofilia nas estradas

As rodovias federais brasileiras têm 1.820 pontos de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes


Apoiado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Sest Senat, o movimento já visitou quatro municípios mineiros. A campanha surgiu após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Pedofilia do Senado Federal ter verificado a gravidade e extensão da violência sexual contra crianças e adolescentes, em todas as regiões e camadas sociais. Entre as recomendações da CPI estava a se fazer campanha permanente de conscientização sobre o problema, o que foi assumido pelo então presidente da CPI, senador Magno Malta, que passou a liderar as caravanas por todo o país.

As rodovias federais brasileiras têm 1.820 pontos de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes. Os pontos estão espalhados em 66 mil quilômetros de estradas, sendo 67,5% deles em áreas urbanas.O levantamento apontou que os cinco Estados com um número mais elevado de locais vulneráveis são os que detêm as maiores malhas viárias.


Juntos, possuem 45,7% dos pontos de risco. Ao contrário das edições anteriores, os locais identificados pelos agentes da PRF não serão divulgados, a fim de impedir que ocorra a migração dos criminosos e preservar futuras ações repressivas. O mapeamento foi realizado pela PRF em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho e a organização internacional Childhood Brasil.




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Nova denúncia contra Lupi

Charge de nanihumor.com



O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), usou um avião alugado por um empresário dono de ONG que tem contratos milionários com o seu ministério. A denúncia foi revelada pela revista Veja, na edição deste fim de semana. De acordo com a reportagem, Lupi fez uma viagem oficial ao Maranhão, em dezembro de 2009, a bordo de um avião turbo-hélice King Air providenciado pelo empresário Adair Meira, de Goiânia (GO), comandante de uma rede de ONGs que mantém convênios com o ministério no valor de R$ 10,4 milhões.


Segundo a Veja, as ONGs de Meira foram alvo de investigações na Controladoria Geral da União e já teria havido até pedido de devolução de recursos ao governo. A viagem de 2009 se destinou ao lançamento de um programa de requalificação profissional no Maranhão. Além de Lupi e do empresário, estavam no voo o então secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério, Ezequiel Sousa do Nascimento, o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (morto em abril passado), e o deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA). A revista afirmou que Nascimento confirmou que quem providenciou o avião foi Adair Meira.


O deputado Rocha afirmou que o avião foi alugado pelo governador Lago, num valor estimado em R$ 70 mil. O objetivo seria atender compromissos da agenda oficial do ministro Lupi. O King Air pertence a uma empresa de Goiânia (GO) – mesma cidade da sede da ONG comandada por Meira – a Fundação Pró-Cerrado. Em audiência na Câmara dos Deputados, na semana passada, Lupi disse que nunca andou em aeronaves pessoais, incluindo as de Meira. Ele admitiu que pode e deve ter se encontrado com Meira, por ocasião de assinaturas de convênios, mas que não mantinha nenhuma relação com o empresário.


Em nota divulgada hoje em resposta à revista, o Ministério do Trabalho afirma que Lupi cumpriu agendas oficiais e partidárias durante a viagem, Diz que ele Lupi viajou em voo regular de Brasília a São Luís e que o deslocamentos dentro do Maranhão – parte em veículos de filiados e parte em aviões de pequeno porte, tipo Sêneca – foram de responsabilidade do diretório regional do PDT maranhense, do ex-governador Lago e do deputado Rocha. A medida, segundo a nota, foi tomada para evitar que dinheiro público fosse utilizado nesta agenda. Lupi afirma ainda que desconhecia que seu ex-assessor Ezequiel Nascimento tenha solicitado avião particular. Ezequiel, porém, confirmou à Veja o empréstimo de avião do empresário. A nota não informa se Meira acompanhou o ministro nas atividades.
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Artigo David Coimbra: "Eu te amo"



Você sabe: o futuro ex-ministro do trabalho, o tal Carlos Lupi, disse “eu te amo” para a presidente da República. Não disse olhando nos olhos dela, pelo menos que se saiba. Disse de público, em entrevista, para jornal, rádio, TV, internet.

Bem. Antes de ir em frente, quero deixar claro que sou um homem que acredita no amor. Logo, não descarto a possibilidade de Lupi ter se enamorado de Dilma. O Cupido pode tê-lo flechado em meio a uma reunião ministerial em que seus olhares se cruzaram, uma cerimônia qualquer no Palácio do Planalto em que ele admirou o vestido vermelho dela, sei lá, são tão enviesados os caminhos da paixão...

Porém, ah, porém, os atilados repórteres de Brasília jamais identificaram indícios de algum sentimento mais profundo entre os dois. Há quem diga que eles não são nem amigos.

Se é assim, talvez, e digo apenas talvez, não quero que seja certo, pois, repito, acredito no amor, mas talvez a declaração de Lupi não seja de apreço aos encantos feminis da presidenta, e sim ao seu bem remunerado emprego.

Quer dizer: Lupi jura amar Dilma para tentar despertar-lhe o amor. Ele anseia ser amado, mesmo que não ame. E, sendo tão simplório, acabou sendo profundo. Porque o quase demitido ministro revelou a essência das relações entre os sexos. Lupi olha para a presidenta e, ainda que ela seja sisuda, ainda que fale grosso, ainda que volta e meia ela descomponha um auxiliar, ainda assim ele vê uma mulher. E, ao ver uma mulher, em vez de ver a chefe, Lupi tenta seduzi-la balbuciando o que uma mulher mais gosta de ouvir:

– Eu te amo.

Suponho que Lupi deve ter dito eu te amo para várias mulheres, em sua vida. Suponho que algumas acreditaram. Se não tivessem acreditado, ele não tentaria repetir o truque agora, sobretudo desta forma tão... franca.

Sim, Lupi já seduziu mulheres...

Olhe para ele. Não se pode dizer que seja um belo exemplar do gênero masculino. No entanto, mulheres se entregaram a ele. Mulheres o amaram. Por quê? Porque ele disse:

– Eu te amo.

Se Lupi fosse mulher, não diria eu te amo. Uma mulher experiente nas lides do amor sabe que o que um homem mais gosta de ouvir não é uma declaração sentimental. É uma declaração carnal. Então, se Lupi fosse Lupa, ela não sairia por aí dizendo eu te amo para os homens que pretendesse seduzir. Diria:

– Você é uma máquina de fazer sexo. Você é um potro fogoso que leva qualquer mulher ao êxtase. Preciso de você para sentir prazer.

É isso que um homem quer ouvir. Ele quer ser um campeão das atividades interlençóis, ele quer ser um semideus da luxúria. Ele quer que ela seja escrava dele, sim, mas não por amor; por desejo.

Quem planeja despertar o amor do próximo, portanto, vale-se dessa arma: diz o que o próximo quer ouvir. O homem deseja, mas diz que ama; a mulher ama, mas diz que deseja; o jogador de futebol beija a camisa, mostra o escudo na comemoração do gol, jura que virou torcedor do clube no qual joga.

É assim que é.

Não devemos acreditar em tudo que ouvimos.

Torcedor: eles jogam por dinheiro. Dilma: esse ministro não te ama. Pode demiti-lo sem remorsos.

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Petrobras vai contratar 25 barcos de apoio





Operam no Brasil em torno de 400 barcos de apoio - dos quais 230 estrangeiros. A Petrobras tem planos de elevar acentuadamente essa frota, de modo que a presença de unidades feitas em estaleiros brasileiros e tripuladas por marítimos locais cresça, mas é difícil reduzir, de uma hora para outra a participação estrangeira.

A estatal acaba de lançar licitação para mais 25 barcos no mercado interno e a decisão final deverá sair no início de 2012. Em vez de contratar diretamente aos estaleiros, a estatal usa, há décadas, um sistema em que o setor privado é estimulado.

A gigante do petróleo faz, por concorrência, contratos de aluguel de longo prazo, o que viabiliza a construção dos barcos em estaleiros nacionais. Com isso, a estatal gasta apenas a parcela do aluguel, em vez de se responsabilizar diretamente pela construção. Ao contrário do que ocorre na aviação - onde estrangeiros não podem ser majoritários nas empresas - na navegação, empresa com capital 100% estrangeiro que se instalar no Brasil e encomendar navios no mercado interno concorre em condições similares às de empresários brasileiros. Essa legislação é mais branda do que a americana, onde o John's Act determina que operação desse tipo é exclusiva de companhias yankees.
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Nos portos




Dados da Antaq, sobre mercadorias mais movimentadas nos portos indicam que 15 produtos foram responsáveis por 91% do total, em 2010. Em primeiro lugar está o minério de ferro, com 311 milhões de toneladas e, em seguida, combustíveis, com 186 milhões. Em terceiro, aparecem os containeres - com mercadorias de todos os tipos - somando 74,6 milhões de toneladas e depois surge a soja, com 38,6 milhões. Em seguida estão: bauxita, açúcar, fertilizantes, carvão, aço, milho, farelo de soja, celulose, coque de petróleo e trigo.

O Porto do Rio terá em breve sua segunda fase de dragagem, bem como Itaguaí. Além disso, o terminal de passageiros será modernizado.
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Novos estaleiros ganharão crédito


As notícias se espalham com rapidez na "beira da praia". Fontes do setor revelam que o Governo da presidente Dilma pretende correr atrás do tempo perdido em construção naval e navegação. Este ano, em função da faxina no Ministério dos Transportes - que incluiu mudanças no Departamento de Marinha Mercante - o Fundo de Marinha Mercante (FMM) andou em marcha lenta. Realizou uma reunião em maio e outra em outubro.


No entanto, há grandes planos para o encontro do Conselho Diretor do FMM no próximo dia 24 - encerrando o ano, pois não haverá pauta para dezembro. Dados extra-oficiais indicam que os projetos de navios, navios-sonda, plataformas e estaleiros superam R$ 20 bilhões. Como a receita anual do FMM - cobrada sobre o frete de importações - mais a devolução dos créditos anteriores não será suficiente para cobrir esses investimentos, deverá ser necessário um aporte, do Tesouro Nacional, em valor não inferior a R$ 10 bilhões.
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A vida venceu a fome

 





A foto ao lado, no detalhe, do bebê Minhaj Gedi Farah, chocou o mundo há três meses e se tornou símbolo da fome que devasta a Somália. Esquelético, o menino tinha sete meses e pesava 3,2 quilos. Hoje, graças à atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) e de ONGs de ajuda humanitária, Minhaj sobreviveu e se tornou um bebê de 10 meses, bochechudo e capaz de engatinhar.

A história de Minhaj foi contada na quarta-feira pela ONG International Rescue Committe, em evento para arrecadar fundos em Nova York, nos EUA, acompanhado pela agência de notícias Associated Press. O sucesso do bebê surpreendeu a todos. Com graves problemas de desnutrição, nem seus pais acreditavam que o menino poderia sobreviver.

– Sua mãe nunca acreditou que ele iria se recuperar. Todos os membros de sua família estão muito felizes – disse Sirat Amin, enfermeira da ONG, que está monitorando o progressos de Minhaj.


No colo de um médico, Minhaj hoje


Hoje, o bebê pode ficar sentado sem apoio, comer o suplemento nutricional Plumpynut sozinho e está até engatinhando.Infelizmente, o caso de Minhaj é exceção. A fome já matou dezenas de milhares de pessoas na Somália.A ONU e agências humanitárias independentes têm conseguido prestar serviços mais eficientes nos últimos meses, mas a ajuda chega a apenas 2,2 milhões dos 4 milhões somalis desnutridos em território da Somália e nos campos de refugiados do vizinho Quênia.

Em julho, a ONU decretou estado de fome em cinco zonas da Somália. Minhaj era um dos bebês internados em estado grave no campo de Dadaab, no Quênia, para onde muitos somalis fogem da crise humanitária.
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Por que os preços diferem tanto

O levantamento comparou o preço dos 15 medicamentos mais vendidos no mercado brasileiro
 
 
 
O cloridato de tansulosina, remédio para tratamento de próstata e comercializado com o nome de Secotex, não é um caso isolado.

Situação semelhante ocorre mesmo com medicamentos mais populares como a sinvastatina, usada para baixar o nível de colesterol, cuja caixa com 30 comprimidos de 40 miligramas custa até R$ 70 em farmácias do Estado. Em Rivera, cidade uruguaia separada por uma rua de Santana do Livramento, o mesmo produto custa o equivalente a R$ 25, conforme constata a porto-alegrense Sandra Corrêa, 59 anos, que costuma viajar ao Uruguai apenas para se abastecer de remédios.

A levotiroxina sódica, destinada ao tratamento de hipotireoidismo, pode ser adquirida pelo equivalente a R$ 8,70 na França, mas nas farmácias brasileiras as mesmas 30 cápsulas saem por cerca de R$ 15 – quase o dobro. As razões para isso envolvem uma fórmula complexa. Confira três motivos:

1 - Impostos abusivos: um dos principais componentes do amargo composto financeiro dos remédios é a pesada carga tributária que incide sobre medicamentos. Levantamento feito em 23 países mostra que o Brasil é o que injeta mais imposto no custo dos remédios: o equivalente a um terço do preço cobrado do consumidor, devido à sobreposição de alíquotas como o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o PIS/Cofins. Isso é mais de cinco vezes acima da média mundial.

2 - Alta margem de lucro: o valor dos produtos vendidos no Brasil é limitado por uma lista de preços máximos ao consumidor definida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Essa listagem tolera um acréscimo de até 38% entre o preço de fábrica e o de varejo – margem destinada ao lucro das farmácias. No Uruguai, por exemplo, esse índice fica em torno de 7%. Além disso, conforme o Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum), em vez de forçar uma redução nos preços, o tabelamento acaba mantendo os lucros da indústria farmacêutica em patamar elevado.

3 - Preço ditado pelo fabricante: a maior parte dos medicamentos entrou no mercado brasileiro antes de 2004, quando o controle de preços por parte do governo era menos rígido. Isso faz com que os laboratórios possam manter os valores altos daquela época. Essa herança infla o custo principalmente de remédios cujas fórmulas ainda estão protegidas por patentes, livres da concorrência dos genéricos. A partir de 2004, medicamentos novos devem limitar seu preço ao valor mais baixo praticado em uma lista comparativa de nove países – mas os antigos não precisam seguir essa regra.

Intermediários encarecem valores

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil (Interfarma) argumenta que o preço médio de todos os medicamentos vendidos em farmácia, incluindo os genéricos, é de R$ 17,50 – o que seria mais barato do que em outros países. Não é bem assim, mostra um estudo de 2006. O levantamento comparou o preço dos 15 medicamentos mais vendidos no mercado brasileiro com os de outros 11 países. Cinco tinham preços de varejo mais baratos que o Brasil – embora o custo de produção nacional, na fábrica, seja o menor da lista.

A contradição ocorre porque, da fabricação ao consumo, muitos intermediários lucram, aí incluídos governo e distribuidores. Quem paga a conta são os pacientes que vivem em um país em desenvolvimento, mas são submetidos a custos de tratamento muitas vezes superiores aos de Primeiro Mundo.
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País do remédio caro

Doente brasileiro paga mais por medicamento

Jornal Zero Hora (GRUPO RBS) na sua edição de domingo aborda a questão dos preços dos remédios no Brasil. Muito bem fundamentada pelos repórter Humberto Trezzi e Marcelo Gonzatto, a reportagem compara os preços dos remédios com sete países. Abaixo algumas observações da reportagem:


Custa muito mais viver na Europa do que no Brasil, certo? Depende. Se você for um doente brasileiro, são grandes as chances de que seu tratamento saia bem mais caro do que o de um europeu, usando os mesmos medicamentos.

Quem circula pelo centro de Paris e precisa comprar cloridato de tansulosina, remédio para tratamento de próstata e comercializado com o nome de Secotex, pode adquirir o medicamento por módicos 14,20 euros – cerca de R$ 34. Se a viagem continuar até Lisboa, o custo é ainda menor: 10,78 euros (quase R$ 26). Se atravessar o Atlântico e percorrer 9,7 mil quilômetros até Montevidéu, o baque na carteira será maior, equivalente a R$ 57,80. Diferença substancial, mas nada que se compare ao custo deste remédio nas farmácias do Brasil: R$ 189,86. Ou seja, sete vezes mais caro do que em Portugal.

Zero Hora pesquisou o preço da tansulosina em oito capitais do planeta e constatou que o doente brasileiro precisa sobreviver à doença e, ao mesmo tempo, resistir aos preços de medicamentos, bem maiores do que os praticados em países nos quais o custo de vida é mais alto.

HUMBERTO TREZZI E MARCELO GONZATTO
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

OPERAÇÃO- FAB chega ao Chile para a missão de ressuprimento na Antártica

Os pilotos da Missão Antártica são formados no Esquadrão Gordo


A aeronave Hércules do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT), o Esquadrão Gordo, já está no Chile para a missão de ressuprimento da Estação Antártica Comandante Ferraz . O avião partiu no domingo (6/11) do Rio de Janeiro. Há 28 anos, os Hércules do Esquadrão Gordo transportam cargas, víveres, equipamentos, roupas e cartas para a estação, em até dez viagens por ano, que duram aproximadamente cinco dias a partir de Punta Arenas, no Chile. Os alimentos perecíveis são comprados também no Chile, e, de lá, partem com a aeronave para o continente gelado. Sem este auxílio, torna-se difícil viver em um local isolado, em que as temperaturas podem chegar a – 65ºC.

“A pista fica em uma Base Chilena que é próxima da Estação Brasileira. O Hércules pousa no verão e no inverno, mas dois navios da Marinha fazem o transporte das cargas até a estação somente no verão. No inverno, o mar fica congelado e lançamos as cargas na Estação Cmte Ferraz. A missão é toda planejada antes, mas podem surgir imprevistos, como a variação constante da meteorologia no continente Antártico”, conta o Chefe de Operações do 1º/1º GT e instrutor antártico, Major Aviador Leonardo Guedes, que há cinco anos faz esta viagem.

Os pilotos da Missão Antártica são formados no Esquadrão Gordo. Os alunos fazem o Curso de Tripulantes Antárticos, composto de uma parte teórica, uma parte de instrução aérea e do curso de sobrevivência no gelo. Os oficiais passam de quatro a cinco dias na Cordilheira dos Andes com instrutores da Forças Especiais da Força Aérea Chilena. Entre outras atividades, os alunos antárticos constroem abrigos com a própria neve e os utilizam durante a sobrevivência.


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