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domingo, 30 de outubro de 2011

A 1ª Edição da Feira do Polo Naval RS é apresentada no Rio de Janeiro


A 1ª Edição da Feira do Polo Naval do Rio Grande do Sul, que acontecerá em Rio Grande, entre os dias 20 e 23 de março de 2012, na sede da FURG, foi apresentada no Rio de Janeiro no fim da tarde de quinta-feira, dia 27 de outubro. A solenidade aconteceu na sede do Museu Naval  da Marinha  no centro do Rio de Janeiro e contou com a presença de autoridades cariocas, gaúchas e oficiais da Marinha. “A cidade do Rio Grande além de estratégica para a Marinha do Brasil passará a ser também para a indústria naval brasileira”, destacou o Almirante Saboya, principal oficial presente ao evento. O prefeito do Rio Grande, Fábio Branco, destacou a necessidade de incentivar a captação de novos investidores e sistemistas para o polo naval, justificando que a edição de uma feira vai proporcionar inúmeros negócios e apresentar toda a estrutura regional disponível aos empresários do setor naval brasileiro. Branco também destacou a iniciativa dos empreendedores Jayme Ramis da Revista Conexão Marítima e Fernando Estima, da Ei Log, que, com coragem, estão proporcionando uma bela parceria entre o setor público e o privado.


O deputado Federal Fernando Marroni, presente ao evento no Rio de Janeiro, destacou o papel da Petrobras na retomada do setor naval brasileiro.  Marroni disse ainda que é importante que os empresários de todo o Brasil conheçam as potencialidades do polo naval gaúcho, e a feira será uma excelente ferramenta para isso, sem falar nas potencialidades que já existem e que estão fazendo as coisas acontecerem no sul do Brasil. “O desafio de realizar uma feira naval nasceu a partir da descoberta do pré-sal, das demandas crescentes da Petrobras em navios, plataformas e petroleiros e da retomada da construção naval”, destacou Marroni.


O evento surge com o objetivo de discutir e de promover os desafios, as inovações e as oportunidades da indústria oceânica, por meio de palestras, workshops, conferências, rodadas de negócios e ampla área de exposição. Paralelo a 1ª Feira do Pólo Naval do RS vão acontecer, também, como parte integrante do calendário oficial do evento, o 9º Congresso Internacional Navegar 2012, a NAVITEC  2012 ( Conferência Internacional em Tecnologia Naval e Off-Shore), a  5ª  Rodada de Negócios do SEBRAE e o II Seminário de Direito, Desenvolvimento Portuário e Construção Naval do Rio Grande.


Estiveram presentes no lançamento no Rio de Janeiro, o vereador Miltinho do PT,os deputados Fernando Marroni (PT-RS), Alexandre Lyndemeyer (PT-RS), Adilson Troca (PSDB-RS), o Cônsul da Noruega Antony Rover Baptista, o Superintendente do Porto do Rio Grande Dirceu Lopes e Clênio Nunes, do Sindicato dos Portuários.


A 1ª Edição da Feira do Polo Naval RS conta com o patrocínio âncora da Petrobras, com os patrocínios da Prefeitura Municipal do RG, Superintendência do Porto do Rio Grande-SUPRG, Banco do Brasil e com o apoio de Abrão Despachos Internacionais Ltda. Conta, ainda, com os apoios institucionais de diversas Câmaras e de Associações do Setor como ABENAV, SINAVAL, IBP, SYNDARMA e MARINHA do Brasil.


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ENTREVISTA Secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi


Mainardi: :“Há um esquema que saqueia a Cesa”


Secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi também preside o conselho de administração da Cesa. Neste outubro que concentra leilões de gado em todo o Estado, Mainardi tem dividido a agenda entre feiras gaúchas e gabinetes do Planalto, em busca de uma solução para a empresa que tem 99% de participação do Estado, com a Conab como sócia minoritária. Veja a seguir os principais trechos da entrevista.

ZH – Qual é o projeto do governo gaúcho para a Cesa?


Mainardi – É fazê-la superavitária, para que iniciemos o conjunto de melhoramentos, de obras e de compra de equipamentos de modernização das instalações e da gestão.

ZH – Há intenção de fechar a Cesa?


Mainardi – Não. Mas se fechássemos, não haveria impacto na regulação de grãos do Estado. No Rio Grande do Sul, há uma capacidade instalada de armazenamento de 24,5 milhões de toneladas, e a Cesa tem 600 mil toneladas. Isso dá pouco mais de 2%, não interfere em nada. O que a Cesa tem feito é dar um prejuízo inaceitável.

ZH – Nos R$ 33 milhões retirados do Tesouro não está incluído o pagamento de ex-autárquicos, que seria de competência do Estado?


Mainardi – Estamos buscando a forma legal de transferir a folha de ex-autárquicos para a folha geral do Estado. Mas, se descontarmos esse gasto, ainda teremos um déficit de R$ 21 milhões, também inaceitável.

ZH – Como tornar a Cesa superavitária?


Mainardi – Vamos terminar com o jogo de apropriação do patrimônio da Cesa por alguns. Há um esquema montado que saqueia a Cesa, uma quadrilha que se instalou há alguns anos e gera enormes prejuízos. Parece que as gestões da Cesa sempre foram as piores sob o ponto de vista da relação trabalhista, e não foram. Criou-se uma fábrica de ações trabalhistas. É um escândalo, uma vergonha. Queremos evitar esse saque à Cesa. Em segundo lugar, queremos uma gestão responsável, para que possa fechar os exercícios seguintes com superávit, que se reverta em melhorias na Cesa.

ZH – A contratação para a Cesa via Irga pode gerar novas ações trabalhistas no futuro, como aponta o sindicato?


Mainardi – Desistimos de fazer contratações pelo Irga. Vamos comprar horas do pessoal da Emater. O sindicato não quer que ninguém trabalhe na Cesa. Eles denunciaram o advogado que contratamos, e que faz um belíssimo trabalho em defesa da Cesa. Eles gostariam que lá estivesse um advogado que fizesse acordos com eles. Não temos pessoal para administrar a Cesa. As pessoas foram se aposentando, alguns ficaram com altíssimos salários, ganhando aposentadoria e da empresa, com salários médios de R$ 10 mil, sem trabalhar. Todas as iniciativas que tomarmos para recuperar a Cesa terão a oposição desse sindicato.

ZH – O sindicato diz que três demitidos são dirigentes sindicais, o que é proibido pela legislação.


Mainardi – Não é verdade. Eles têm 14 nesse sindicato, e todos são da Cesa, sete titulares e sete suplentes. Eles representam os trabalhadores dos armazéns e silos de todo o Estado, só que todos são da Cesa para garantir estabilidade. Se fosse para demitir sindicalistas, teríamos demitido os 14 que fazem parte do sindicato, não trabalham e só criam condições para que a Cesa continue sendo saqueada.

ZH – Qual o papel da Conab na recuperação da Cesa?


Mainardi – É fundamental, estratégico. A Conab é uma das acionistas da Cesa. É decisiva, porque hoje, das cerca de 1,9 milhão de toneladas de grãos que a Conab mantém no Estado, cerca de 130 mil estão armazenados na Cesa. É muito pouco. Elevando para no mínimo 400 mil toneladas, torna a Cesa superavitária.

ZH – O senhor diz que não haveria impacto se a Cesa fechasse, mas líderes rurais a consideram formadora de preço e reguladora de mercado. Por que há essa diferença?


Mainardi – Não consigo compreender como a Cesa forma preço e regula mercado se armazena 2% de toda a capacidade do Rio Grande do Sul. Será que 2% é tão importante assim? Claro que a Cesa tem importância, como no caso do pequeno produtor de arroz. Se deixar o produto na Cesa, e não na indústria, ele pode escolher melhor quando e para quem vender, mas isso não interfere no preço do arroz, não é decisivo.
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O custo de um prédio fantasma

O imponente prédio de sete andares na área central de Passo Fundo é um exemplo concreto da agonia que vive a Cesa. Decadente, com cada vez menos clientes e incapaz de cobrir os próprios gastos, a filial tem um dos piores resultados entre as 22 unidades da Cesa no Estado. A contabilidade é toda em vermelho.

Em setembro, a ocupação atingiu apenas 16,9% da capacidade. Só com energia elétrica e manutenção, a estrutura consumiu mais do que arrecadou. O gasto total no mês foi de R$ 35,8 mil, quase cinco vezes maior do que a receita. E o balanço de 2009 (último ano com dados conhecidos) fechou com R$ 466,5 mil de prejuízo, bancados pelo Tesouro.

Em capacidade de estocagem, a filial de Passo Fundo está entre as menores da Cesa e é uma das seis que o governo pretende vender para tentar revitalizar a companhia. As razões para a decadência da filial começam na localização, dentro da cidade. O prédio foi erguido nos anos 1950, em 2,5 hectares de campo com conexão com a linha férrea.

Aos poucos, o pavilhão está cada vez mais perto do centro urbano, cercado de moradias e estabelecimentos comerciais. O intenso movimento de veículos na Avenida Brasil Leste atrapalha a entrada e saída de caminhões no pátio da companhia. Congestionamentos afugentam produtores que optam por guardar os grãos em depósitos com mais facilidade de acesso, fora da cidade. O preço alto para estocagem – 39,8% acima do mercado por causa dos custos operacionais embutidos na tarifa Cesa – também espanta clientes.

A falta de investimentos é mais um quesito. Se obtivesse clientela para ocupar toda sua estrutura, mesmo assim a Cesa não poderia fazê-lo. Anos atrás, um dos 16 silos teve a parede rachada, e para evitar danos maiores, a capacidade de armazenagem foi reduzida de 9,5 mil para 7 mil toneladas.

Além disso, a secagem de grãos é inviável por falta de reparos. Se o secador fosse ligado, lançaria uma nuvem de poeira que poderia cobrir pátios e piscinas dos vizinhos. Os filtros de pó estão com as telas de proteção rasgadas desde o ano passado.

Estudo levou a direção da Cesa a descartar a hipótese de reformular a planta de Passo Fundo. Além de resultados operacionais negativos, um dos motivos para fechar a filial é a convicção de que a companhia não obteria licença ambiental para as obras.

No dia 13, dois dos quatro funcionários foram demitidos e um terceiro, transferido. Restou apenas o operador de pesagem Valdevino Nepomuceno, 56 anos, responsável por zelar pelo prédio fantasma que não recebe mais produtos, e ainda guarda 1,1 mil toneladas de trigo e aveia, até os donos retirarem as cargas. Depois, Valdevino vai trancar as portas, apagar a luz, e a unidade será vendida.

– São 29 anos trabalhando neste lugar e não sei o que farei daqui para frente – resigna-se o funcionário.

A Cesa pretende transferi-lo para outra unidade ainda não definida.

Processos trabalhistas geram guerra


Para quitar o que deve hoje em ações trabalhistas perdidas na Justiça, a Cesa teria de usar quase todo o valor de sua receita anual, de R$ 20 milhões. Desde 2008, a empresa acumulou uma dívida de R$ 31,7 milhões em 124 processos. Do total, falta pagar R$ 17,7 milhões.

E a avalanche de cobranças não para. Há outras 522 tramitando. Apenas uma, de autoria do Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais (Sagers), pode resultar num rombo de R$ 60 milhões.

Presidente da estatal, Jeronimo Oliveira Junior diz que a Cesa foi prejudicada por não ter tido defesa nos processos e por articulações que permitiriam que direitos fossem definidos por influência de funcionários para depois serem cobrados na Justiça por eles próprios:

– A defesa da empresa era pífia. Valores cobrados em ações nem eram periciados.

– É impossível defender o indefensável. Eles rasgam a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), descumprem acordos. O fato de dizerem que existe uma quadrilha pode gerar várias ações – contra-atacam advogados dos servidores.

Mas quais seriam as causas para tantas pendências judiciais? Só este ano, com a Cesa sob nova gestão, ao menos 130 novos processos surgiram. Para comparar, a Serra Morena, empresa privada que atua em armazenagem e tem trabalhadores ligados ao mesmo sindicato da estatal, responde a apenas quatro ações trabalhistas com um quadro de 200 empregados e uma receita de R$ 200 milhões – 10 vezes maior que a da Cesa.

– As ações são por causa de falta de pagamento de salário, de atrasos, de falta de pagamento do fundo de garantia e de contratações equivocadas – diz Paulo Roberto da Rosa, diretor de assuntos funcionais do Sagers.

O clima beligerante ameaça intensificar as disputas. O sindicato ingressou com ações por causa da demissão de três dirigentes da entidade.

– Estão tratando funcionários aos gritos, fazendo acusações. Se dizem que tem uma quadrilha, estão incluindo o Judiciário, que é quem decide as ações – afirma Rosa.
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Armazenadora de dívidas


Criada nos anos 50 para guardar os grãos colhidos pelos produtores rurais gaúchos, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) hoje tem outra especialidade: armazena dívidas e ações judiciais. Só em 2010, o governo do Estado precisou repassar R$ 33 milhões para fechar as contas da empresa. Em três páginas, ZH apresenta como a estatal se tornou um exemplo de péssima gestão pública.
Todos os prédios e os carros que pertencem à Cesa estão penhorados, as contas bancárias enfrentam sequestros diários de recursos pela Justiça, o número de ações trabalhistas é cinco vezes maior do que o de funcionários e dívidas acumuladas em reais equivalem a quase nove anos de receita.– O que encontrei foi uma empresa que está, no mínimo, há 20 anos abandonada pelo poder público – desabafa Jeronimo Oliveira Junior, presidente desde janeiro. Até tentativas de sanear a empresa geraram, em vez de soluções, novos problemas.

No ano passado, foi feito um acordo para repassar à Superintendência do Porto de Rio Grande a unidade local da Cesa. O porto pagou R$ 6,3 milhões de um total de R$ 77 milhões. Não houve tempo de completar o negócio no governo anterior, e o atual mudou de ideia. Mais uma conta foi espetada na extensa lista de pendências, já que a Cesa usou o dinheiro e agora precisa devolvê-lo.– A cada quatro anos, empresas públicas deixam de existir e começam de novo. A Cesa tem dificuldades em cumprir objetivos, não consegue remunerar bons funcionários, que ficam no mesmo barco dos que não querem ou não podem prestar melhores serviços – avalia Mario Lopes, um dos sócios da Serra Morena, empresa privada que atua na mesma área da Cesa e prepara expansão dos negócios.

Para frear o prejuízo, até o cafezinho foi cortado nos dois andares da administração, em Porto Alegre. Quando a ordem de compra de 20 quilos de café e 80 quilos de açúcar chegou ao presidente, foi barrada.– A Cesa é mal administrada. Os governos nomeiam políticos, não gestores. Não tem ninguém lá que possa fazer um estudo de viabilidade econômica – reclama Lourival Pereira, funcionário aposentado da companhia e presidente do Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais no Estado (Sagers). Um dos raros consensos entre administração e sindicato é a falta de pessoal. Faltam profissionais como um contador para fazer o balanço da companhia. No departamento jurídico, que enfrenta mais de 500 ações e um passivo potencial superior a R$ 30 milhões, trabalham um advogado contratado em regime emergencial e dois estagiários. – Havia uma terceirizada cuidando da contabilidade, mas foi embora em 2007. Ex-diretor da Cesa em duas gestões, José Carlos Celaro hoje é dono de uma empresa de armazenagem, a Qualitas. Saiu na década de 90, durante um Programa de Demissão Voluntária, e não tem ações contra a companhia.

– Há 15, 20 anos, começaram a faltar recursos, e foi dada prioridade à folha. À medida que perdeu estoques, faltaram recursos. Na minha empresa, o volume de ações trabalhistas é muito menor. O Estado é visto como uma fonte inesgotável, todo mundo quer tirar um pouco.

Presidente da Cesa de 2009 a 2010, Juvir Mattuella avalia que os problemas da empresa são antigos, mas admite que a situação se agravou no período que a dirigiu: – Houve uma violenta queda de receita, até hoje não sei por quê. A Cesa está falida há anos. Se fosse uma empresa privada, já teria fechado. Como técnico, eu me desfaria da Cesa.Ele garante ter feito o possível para salvar a Cesa. O relato dá a medida da precariedade:– Havia um débito grande com o governo federal. Chegou um momento em que a Receita ia colocar em leilão três unidades da companhia. Consegui sustar por amizade com o procurador-geral da Fazenda, que era filho de um colega da universidade. Exasperado com a falta de recursos, o atual presidente afirma que quer permitir aos gaúchos “enxergar a caixa preta” da Cesa: – Não basta um discurso de defesa, com esse caos à frente. Precisamos ter coragem para perguntar se o Estado cumpre sua função armazenando 1% do total disponível e mantendo um prejuízo de R$ 33 milhões, que poderiam ser usados em escolas, hospitais, estradas. Esse é o debate, o resto é poesia. Como está hoje, a Cesa não tem nenhuma função.
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Como sangra uma estatal

Silos da Cesa no Porto do Rio Grande/RS

Uma reportagem especial assinada pelos repórteres do Jornal Zero Hora, Adriana Irion, José Luis Costa e Marta Sfredo denunciam um grande escândalo na Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa). No governo passado, segundo informações da colunista de ZH, Rosane de Oliveira, secretários comprometidos com a qualidade da gestão já apontavam a necessidade de extinguir a Cesa, mas a governadora Yeda Crusius não conseguiu construir as condições políticas para livrar o Estado desse elefante branco. A seguir o comentário da colunista:

" Agora, o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, está empenhado em expor as entranhas da Cesa e mostrar que ela está condenada à morte pela ação ou omissão de seus gestores. Os funcionários ajudaram a matar a galinha dos ovos de ouro com uma enxurrada de ações trabalhistas que a estatal perdeu por ter praticado atos indefensáveis ou por não ter apresentado defesa convincente.

Se a decisão política é de acabar com a Cesa, o governo do PT não enfrentará maiores dificuldades, porque não tem o PT na oposição. Historicamente, o partido do governador Tarso Genro sempre fez a defesa apaixonada das estatais, sem se preocupar com os resultados. Até hoje, é possível encontrar viúvas da CRT, uma empresa que funcionou como cabide de empregos e que era usada politicamente por seus dirigentes naqueles tempos em que se ficava anos na fila para comprar um telefone – a menos que a pessoa tivesse um bom “pistolão”.

Se hoje a Corsan precisa lutar a duras penas para manter a concessão dos serviços de água nos municípios, é porque, durante muitos anos, seus gestores acharam que tinham clientes cativos e não precisariam se preocupar com a qualidade do serviço. Se durante muitos anos a estatal gastou mais com o pagamento de ações trabalhistas do que com investimentos em esgotamento sanitário, como poderia atender à demanda dos municípios por saneamento? A direção atual já entendeu que as prefeituras têm autonomia para conceder os serviços de água e esgoto a quem fizer a melhor proposta e que isso a obriga a ser competitiva".




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sábado, 29 de outubro de 2011

Intervenção II

O
 secretário de Infraestrutura, Beto Albuquerque (foto) contra-ataca. Ele  discorda das declarações de Wilen Manteli.Conforme Albuquerque, não há nenhum perspectiva de a União assumir o controle de portos no Estado. O secretário reconhece que “há muitas tarefas para fazer”. Em Rio Grande, por exemplo, obra do PAC2, serão construídos 1.125 m de cais público. As obras devem começar no primeiro semestre de 2012. Também será a feita a dragagem, a primeira depois da ampliação dos molhes, um investimento de R$ 50 milhões com recursos do Estado. E no porto da Capital a secretaria trabalha em um projeto para a navegação noturna.
A primeira medida para aumentar o controle sobre os portos nacionais surgiu em 3 de agosto de 2010 com a Portaria n.º 200, do Ministério dos Transportes. O documento autoriza a constituição de uma comissão para definir parâmetros técnicos e metodologia para a União retomar os portos de Manaus, Tabatinga, Coari, Itacoatiara e Parintins, no Norte do País.
O principal é o Porto de Manaus, responsável pela metade da carga - boa parte para atender a Zona Franca - que entra na capital por meio de navios. O segundo é Itacoatiara, que tem ganhado destaque no agronegócio como nova alternativa para escoar a produção de grãos do norte de Mato Grosso. Mas, como a capacidade do porto é pequena, quem tem feito o transporte são os terminais privados de grupos como o Amaggi. Os outros portos são regionais e atendem mais a população local.
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Intervenção nos portos?




Não é de hoje que o governo federal anuncia intervenção em alguns portos brasileiros, por descumpriram regras previstas em contrato ou cuja operação tem afetado a competitividade do país. Pura falácia. O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários, Wilen Manteli, disse ao Jornal Zero Hora que o Rio Grande do Sul corre o risco de perder para a União o controle do porto de Rio Grande e dos portos interiores – Porto Alegre, Pelotas e Cachoeira do Sul.

A medida, segundo Manteli, seria reflexo da intenção do governo federal de cassar a delegação concedida ao Estado para a exploração dos seus portos. A ação, que também pode ocorrer em outras regiões do país, decorre da “flagrante omissão dos Estados que não contam com políticas efetivas de desenvolvimento dos portos e hidrovias”. Para que a ameaça não se concretize, o dirigente defende mobilização do setor produtivo gaúcho que depende de uma logística de transportes competitiva, junto com o Executivo estadual e municipal e o Legislativo.
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País tem 219 pontos críticos, aponta Pesquisa CNT de Rodovias 2011

Rodovia PA-150, no Pará /Arquivo CNT


Segundo a 15ª Pesquisa CNT de Rodovias 2011, divulgada no dia 26/10 na sede da Confederação Nacional do Transporte, em Brasília (DF), 12,6% da malha estão em ótimo estado; 30% são consideradas boas; 30,5%, regulares; 18,1%, ruins; e 8,8% estão em péssimas condições.

Nesta edição do levantamento foram avaliados 92.747 km, o que representa 100% da malha federal pavimentada, as principais rodovias estaduais pavimentadas e as concessionadas. São 1.802 km a mais do que o analisado na pesquisa anterior. Detalhes da pesquisa.

O objetivo do estudo, realizado pela CNT e pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), é avaliar as condições das rodovias brasileiras pavimentadas segundo aspectos perceptíveis aos usuários, identificando as condições das vias – em relação ao pavimento, à sinalização e à geometria da via – que afetam o conforto e a segurança.
Álbum de fotos
No Flickr da Agência CNT de Notíciasvocê encontra um álbum com 100 imagens selecionadas​. São fotos produzidas durante a fase de coleta de dados da pesquisa. Todas as imagens lá disponíveis podem ser reproduzidas. Basta citar o crédito "Arquivo CNT".​

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESCLARECIMENTO DO CONAPRA


O jornalista Sérgio Brandão, da assessoria de imprensa do Conselho Nacional de Praticagem (CONAPRA), envia um esclarecimento a respeito da notícia publicada  aqui com o título FALTAM PRÁTICOS NO NORTE. A notícia enviada está na íntegra:

 
Sobre nota intitulada “Faltam práticos no Norte”, publicada neste portal no último dia 23, o Conselho Nacional de Praticagem gostaria de esclarecer:

A Zona de Praticagem 01 (ZP-01), na região norte, que cobre uma área que vai da foz do Rio Amazonas, em Fazendinha, no Amapá, até Itacoatiara, no próprio estado do Amazonas, terá o seu efetivo de práticos acrescido em cinquenta porcento, após a conclusão de todas as etapas do processo seletivo de 2011 à categoria de praticante de prático, promovido pela Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil (DPC).

Com este aumento do número de profissionais em atividade, as associações locais de praticagem esperam acabar com os eventuais atrasos ocorridos na ZP-01, ainda muito pequenos se levado em conta o movimento existente na região.

A navegação amazônica possui uma série de peculiaridades, em que devem ser consideradas as distâncias envolvidas, a completa dependência da malha aérea comercial, sensivelmente afetada pela alta estação e as adversas condições meteorológicas reinantes, além dos grandes trechos de deslocamentos terrestres. Nesta área, a praticagem usualmente necessita alugar pequenas aeronaves para atender ao armador, o que, por vezes, devido às restrições de aeronaves locais disponíveis, não atende às necessidades de deslocamento dos práticos.

Vale ressaltar que embarcar e desembarcar um prático de um navio nessa região requer aprimorado conhecimento de logística amazônica, haja vista que apenas no trecho supracitado, Fazendinha/AP – Itacoatiara/AM, a distância de navegação ultrapassa os 1.100 km.

Daí a importância de se compreender o que é manter um serviço de praticagem na região amazônica, com todas as suas dificuldades de infraestrutura e, mesmo assim, considerado um serviço de excelência mundial.
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domingo, 23 de outubro de 2011

FGV abre inscrições para os MBAs 2012

 

Há 10 anos em Pelotas, a instituição é referência na formação de gestores empresariais


Possuir um curso da Fundação Getulio Vargas no currículo é um diferencial na busca de grandes oportunidades profissionais. A FGV é considerada a melhor Escola de Economia, Administração e Finanças do Brasil e possui convênios com as melhores escolas de negócios do mundo. No Brasil, a instituição está presente em mais de 90 cidades, em todos os estados do país. Conta com um corpo docente do mais elevado nível profissional, titulado pelas melhores escolas nacionais e internacionais e com larga experiência de mercado.
O Centro de Ensino Empresarial é considerado uma das melhores instituições vinculadas à FGV, sendo referência para escolas conveniadas em todo o país. Preocupado em preparar os profissionais para enfrentar os constantes desafios do mercado é que o CEEM/FGV atua há 10 anos em Pelotas. Com as inscrições abertas para as especializações com início em 2012, o CEEM/FGV oferece além do MBA em Gestão Empresarial, o MBA em Gerenciamento de Projetos.

O MBA em Gestão Empresarial visa desenvolver uma visão estratégica, oferecendo instrumentos que permitam ao participante uma maior eficiência no processo decisório. O curso objetiva o desenvolvimento da capacidade de analisar, estruturar e sintetizar as informações relacionadas à área de gestão, além de desenvolver habilidades pessoais em comunicação, planejamento e liderança, capacitando seus participantes a utilizarem os conceitos e práticas específicas na área de gestão empresarial.

Novidade na unidade de Pelotas, o MBA em Gerenciamento de Projetos foi projetado para proporcionar aos participantes um aprofundamento na área de Gerenciamento de Projetos, em todos os seus principais aspectos, de acordo com o padrão mundialmente aceito, consagrado e reconhecido do PMI (Project Management Institute) – difundido pela publicação PM-BoK (Guide to Project Management Body of Knowledge), o Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. Além disso, também fornece subsídios para que o aluno possa se submeter à certificação mundialmente reconhecida e aceita como Profissional de Gerenciamento de Projetos - PMP (Project Management Professional) do PMI.

Os profissionais interessados nos MBAs devem ficar atentos ao período de matrículas, que apresenta condições especiais até 03/12. Mais informações sobre os cursos estão disponíveis no site www.ceem.com.br.

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TV Globo cobra de Veja as provas contra Orlando Slva

O Blog do Esmael publicou neste final de semana a seguinte notícia a respeito da denuncia feita pela Revista Veja na  edição 2240, de 26 de Outubro, " DEZ MOTIVOS PARA SE INDIGNAR COM A CORRUPÇÃO". Abaixo o comentário:

O estranhamento de Veja e Globo tem a ver com a artilharia pesada do semanário contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o PCdoB.

A produção do Jornal Nacional pediu ontem o áudio que Veja recebeu do ex-policial João Dias Ferreira, no qual dialoga com dois assessores do Ministério do Esporte, mas a revista se recusou a fornecer a matéria-prima ao parceiro de PIG (Partido da Imprensa Golpista).
O blog foi atrás e descobriu que Veja não possui diálogos que comprometem o ministro ou os assessores acusados por ela. Pelo contrário. É o policial Dias quem se complica ainda mais. O “herói” da revista já esteve preso por desvio de recursos da pasta e é suspeito de assassinato.

Na fita que está em poder de Veja, o acusador ameaça com um revólver os assessores do Ministério. Por isso a revista não publicou diálogos na reporcagem desta semana.
Como norma padrão, o Jornal Nacional sempre dava destaque às estripulias de Veja com a condição de exclusividade nas “provas” materiais adquiridas. Pela primeira vez a revista não cumpriu o acordo e isso deixou a Globo com muito mau humor.

A direção TV Globo, segundo a mesma fonte, teme que a emissora tenha sido arrastada numa guerra que poderá custar-lhe o pouco de credibilidade (e os pontinhos no Ibope) que tem.
Se a Globo quer saber do áudio secretos de Veja, imagine os comunistas…
O ministro Orlando Silva está rindo à toa da trapalhada. Ele fez a sua parte ao pedir para ser investigado, abrir sigilos bancários e telefônicos, enfim, depor no Congresso Nacional.

O diabo é que a revista Veja se recusa a fazer a parte dela que é bem mais simples: mostrar o áudio coletado clandestinamente pelo policial João Dias.
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Faltam Práticos no Norte

No Sudeste, há uma discussão entre armadores e práticos pelo valor do serviço prestado. No Norte, a polêmica é outra. Armadores se queixam da falta de profissionais. Diz um executivo: " No Rio Amazonas, o navio fica parado quase dois dias aguardando prático para prosseguir a navegação, comprometendo sua estadia em Manaus devido aos compromissos assumidos em outros portos de escala que trabalham em outra dinâmica, com janelas de atracação, tendo dia e hora para chegar, atracar operar e sair num serviço de hora certa". Se perder uma data de chegada (janela) a probabilidade de atracação é remota, o que obriga o cancelamento da escala com altos custos para todos.

Sabe-se que diversos práticos da região Norte fizeram novos concursos e foram aprovados para o Sul/Sudeste, atraídos, supõe-se, pela proximidade de suas famílias.
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Praticagem e Cenep trabalham juntos no Porto de Santos




O Centro de Excelência Portuária (Cenep) e a Praticagem do Estado de São Paulo firmaram parceria no sentido de aprimorar a  qualificação profissional dos trabalhadores no porto. Pelo convênio assinado, a Praticagem fornecerá recursos para a contratação da coordenação pedagógica dos cursos a serem ministrados pelo órgão. “É um passo importante no desenvolvimento de nossa atividade e que, certamente, irá possibilitar a melhor qualificação de nosso trabalhador”, disse o presidente do Cenep, Esmeraldo Tarquinio Neto.


Para o presidente da Praticagem, Fábio Mello fontes, a luta pela qualificação dos trabalhadores no porto deve ser de todos aqueles ligados e esse setor da economia. “Essa qualificação é um dos problemas que precisam ser enfrentados pensando no futuro do porto”, disse ele, para quem o porto santista é uma espécie de condomínio. “Todos que atuam nessa atividade devem trabalhar para cumprir da melhor forma o objetivo maior, que é atender bem o dono da carga”, completou, lembrando que “todos os setores portuários dependem do dono da carga, pois sem carga, não há porto”.


Preocupada com isso, a Praticagem de Santos saiu na frente ao fazer a parceria que viabilizou os cursos de logística portuária do Settaport e agora dá sua colaboração para que o Cenep desenvolva o importante trabalho para o qual foi criado. “Todos queremos e precisamos de um porto eficiente e que acompanhe a evolução e modernidade. Por isso, todos temos que participar das políticas positivas que engrandeçam o nosso porto”, conclui Fontes.
O Cenep


O Centro de Excelência Portuária foi criado para proporcionar a formação profissional dos trabalhadores do porto, dentro do processo de modernização dos portos, de 1983. Dentro desse processo, a incorporação de novas tecnologias e a substituição dos velhos equipamentos por outros de última geração para garantir o forte aumento da produtividade ocorrido nos últimos anos criou a necessidade de melhor qualificação dos profissionais da área.



O Cenep é uma fundação que reúne a Prefeitura de Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo e outras entidades ligadas ao porto santista. 


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A vingança contra os corruptos




Revista Veja desta semana, Edição 2240, 26 de outubro de 2011, aborda na reportagem de capa" DEZ MOTIVOS PARA SE INDIGNAR COM A CORRUPÇÃO". A matéria assinada pelos repórteres Otávio Cabral e Laura Diniz, levanta dados interessantes. Abaixo algus trechos da matéria:


Brasileiros começam a se indignar com a corrupção, mal que consome por ano o dinheiro que seria suficiente para acabar com a miséria no país
Otavio Cabral e Laura Diniz
A máscara branca com bigode e cavanhaque negros de Guy Fawkes, usada pelo justiceiro solitário do filme V de Vingança, tornou-se o símbolo dos manifestantes que ocupam as praças das principais cidades do mundo em protestos contra a crise econômica. No Brasil, onde a situação da economia ainda não guarda semelhança com a turbulência dos países ricos, a mesma máscara passou a decorar as manifestações contra a corrupção. Em sua indignação contra o regime totalitário que domina a Inglaterra em 2020, o mascarado V manda pelos ares·o Parlamento. Por aqui, em um regime democrático, ninguém com juízo pode defender a explosão das instituições. Mas motivos para se indignar e sair às ruas a exigir a reforma da política e dos políticos não faltam. Os brasileiros são expostos quase todos os dias pela imprensa - e, em especial, por esta revista - a reportagens que revelam vergonhosas práticas de corrupção em todos os níveis de governo. Como se diz no interior do Brasil, em matéria de encontrar malfeitorias no universo oficial, é "cada enxadada, uma minhoca". Cada um desses casos escandalosos provoca um surto de indignação nos homens de bem - mas, como logo aparecem novas denúncias, as pessoas honestas são levadas a redirecionar a indignação para outro alvo e, ao fim e ao cabo, todos se sentem perdidos e desamparados. VEJA se propõe, nesta reportagem, a examinar o fenômeno da corrupção em sua completude, analisando especialmente os malefícios que o roubo constante do nosso dinheiro provoca em cada um de nós.
A conclusão a que se chega é de uma amarga simplicidade: a cada ano, a corrupção rouba dos cofres públicos brasileiros a exorbitante quantia de 85 bilhões de reais. Esse montante seria suficiente para resolver os principais problemas do país e acelerar seu desenvolvimento. Mas o que se vê como uma triste rotina são políticos desonestos embolsando esse dinheiro para o enriquecimento pessoal e o financiamento de campanhas de seus partidos.
A indignação com a corrupção ganhou força nos últimos meses, com a demissão pela presidente Dilma Rousseff de quatro ministros envolvidos em irregularidades. O último pilhado foi Orlando Silva, do Esporte. A atitude firme da presidente ajudou a despertar a população para o descalabro do desvio em massa do dinheiro do povo. Agora é preciso dar urgentemente o passo seguinte, que é estancar a sangria da riqueza nacional - pois os atuais mecanismos de prevenção e punição da corrupção não estão funcionando.
Nos últimos dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram desviados dos cofres brasileiros 720 bilhões de reais. No mesmo período, a Controladoria-Geral da União fez auditorias em 15000 contratos da União com estados, municípios e ONGs, tendo encontrado irregularidades em 80% deles. Nesses contratos, a CGU flagrou desvios de 7 bilhões de reais - ou seja, a cada 100 reais roubados apenas 1 é descoberto. Desses 7 bilhões de reais, o governo conseguiu recuperar pouco mais de 500 milhões de reais. O que equivale a 7 centavos revistos para cada 100 reais roubados. Uma pedra de gelo na ponta de um iceberg. Com o dinheiro que escoa a cada ano para a corrupção. que corresponde a 2.3% de todas as riquezas produzidas no país. seria possível erradicar a miséria. elevar a renda per capita em 443 reais e reduzir a taxa de juros. "O custo elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento da renda. o crescimento do país, compromete a possibilidade de oferecer à população melhor qualidade de vida e às empresas um ambiente de negócios mais estável". analisa José Ricardo Roriz Coelho. vice-presidente da Fiesp.
A corrupção é uma praga que contamina todas as instâncias - e não apenas o governo federal. Há desde pequenos delitos, como a propina de 50 reais exigida por um guarda para liberar um motorista bêbado do teste do bafômetro, até desvios que envolvem estruturas completas. como foi verificado recentemente no Ministério dos Transportes. Os esquemas mais visíveis estão no governo federal. responsável por 51% de toda a verba pública. Mas governadores e prefeitos também costumam embolsar dinheiro oficial. Em 2010, o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM), saiu do palácio para a cadeia. No mesmo ano, em Dourados. em Mato Grosso do Sul, o prefeito. a primeira-dama, o vice, nove vereadores e cinco secretários foram presos em um golpe que desviou mais de 10% do orçamento da prefeitura. A cidade, sem poder legítimo, passou a ser comandada por um juiz. Há um ponto em comum nesses esquemas: o prejuízo ao cidadão, que paga seus impostos e recebe um serviço inadequado.
As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado. burocracia e impunidade. O governo federal emprega 90000 pessoas em cargos de confiança. Nos Estados Unidos, há 9051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300, "Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado", diz Claudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil.
Há no Brasil 120 milhões de pessoas vivendo exclusivamente de vencimentos recebidos da União, estados ou municípios. A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. A impunidade reina nos crimes contra a administração pública. Uma análise de processos por corrupção feita pela CGU mostrou que a probabilidade de um funcionário corrupto ser condenado é de menos de 59. A possibilidade de cumprir pena de prisão é quase zero. A máquina burocrática cresce mais do que o PIB. asfixiando a livre-iniciativa. A corrupção se disfarça de desperdício e se reproduz nos labirintos da burocracia e nas insondáveis trilhas da selva tributária brasileira. Por essa razão, a vitória contra a corrupção passa também pela racionalização tributária, pela simplificação do estado cartorial brasileiro e pela diminuição do estado, que consome 40% da riqueza nacional e não devolve em serviços um décimo disso. Os brasileiros começam a acordar para essa realidade e a reagir a ela nas ruas. O episódio mais emblemático foi a coleta de 1,6 milhão de assinaturas que deu origem à Lei da Ficha Limpa. Agora, as pessoas começam a marchar contra a corrupção.
"As pessoas que hoje compõem a classe C ficaram mais conservadoras e mais zelosas com o que acabaram de alcançar. Esse é um fenômeno social comum sempre que uma parcela da população ascende socialmente", explica o cientista político David Fleischer. Segundo ele. a nova classe média abomina a corrupção e exige que o governo lhe ofereça melhores serviços de saúde, oportunidades de educação e mais segurança publica. "A corrupção é inerente a sociedades humanas. Arquivos descobertos em um centro administrativo da Assíria, em 1400 a.C, faziam referência a servidores civis cobrando propinas. com envolvimento dos líderes", diz Bryan Evans, pesquisador da organização inglesa de políticas públicas Tearfund. Talvez seja utópico esperar que a corrupção acabe, mas. como todas as pragas, ela pode ser mantida em um nível mínimo. Lutar contra ela vale a pena.
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I Feira do Polo Naval RS será lançada nesta segunda



O primeiro evento organizado no Rio Grande do Sul para tratar sobre Polo Naval vai acontecer em março de 2012 na cidade de Rio Grande, por motivos claros, reflexo de toda onda de desenvolvimento que está acontecendo na cidade. O lançamento da I Feira do Polo Naval RS será nesta segunda-feira, 24 de outubro, das 14h às 15h, no auditório da Câmara do Comércio de Rio Grande.

A comissão organizadora da feira, coordenada por Fernando Estima,está organizando o evento com o objetivo de tratar das atividades da construção naval em Rio Grande – que é o assunto em evidência – mas também dar foco para todos os sistemistas da área, os terminais já existente, os processos culturais e de aculturação que estão acontecendo na sociedade e comércio da cidade. “Queremos aproximar e acelerar processos de crescimento, fazer com que as pessoas daqui participem e organizem o crescimento da cidade e que as pessoas e empresas que estão chegando sejam bem recebidas. A feira propõe um palco para que a iniciativa privada, a sociedade e o poder público dividam a responsabilidade dos reflexos que esse desenvolvimento está trazendo para nossa cidade", explica Estima.

A I Feira do Polo Naval acontecerá de 20 a 23 de março de 2012 no Cidec Sul da FURG e irá abrigar na mesma estrutura eventos oficiais como o congresso Navegar; a Navtec (Conferência Internacional em Tecnologia Naval Offshore: Ciência e Inovação); rodadas de negócios organizada pelo Sebrae; o II Seminário de Direito, Desenvolvimento Portuário e Construção naval do Rio Grande além de vários workshops com assuntos que vão desde pré-sal, logística, energia, capacitação, plano diretor da indústria oceânica até o projeto do novo Oceanário Brasil. Outros detalhes da feira serão apresentados no evento de lançamento.
A Revista Conexão Marítima é a mídia oficial do evento.
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Cargas aéreas


A Revista Conexão Marítima tem como capa da edição 78, o mercado de cargas aéreas no Brasil. Com o título CÉU DE BRIGADEIRO, a reportagem mostra que o transporte aéreo de mercadorias recupera o bom desempenho após período de crise, mas faltam investimentos em infraestrutura. A entrevista da edição 78 é com o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra. Também é destaque da edição um especial sobre o Navegar 2011.
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Revista Conexão Marítima na Antártida

A Antártida, o mais meridional dos continentes, tem influência direta sobre o clima e a biodiversidade do mundo
A revista Conexão Marítima participará a convite da Marinha brasileira da 30ª Operação Antártica (Operantar XXX), ao continente antártico, que será realizada de 11  a 30 de novembro. Durante esse período, serão produzidas reportagens na estação brasileira Comandante Ferraz onde ficam alojados os pesquisadores e os militares da Marinha e da FAB.

A Revista vai produzir um especial sobre o continente antártico, no qual serão  abordados vários temas: a logística da Marinha no continente, as pesquisas científicas, a influência da Antártida no clima do planeta, entre outros assuntos. Todas as reportagens e o dia a dia no continente poderão ser acompanhadas pelo blog no diário de bordo da viagem que estará disponível a partir do dia 5 de novembro.


A missão, que começa no dia 11 de novembro, na cidade chilena de Punta Arenas, será acompanhada pelo editor da Revista, Diniz Júnior (que esteve na Antártida em 1986 e 1996), e pelo fotógrafo Guga VW. De Punta Arenas, os profissionais embarcarão no navio Ary Rongel, que levará os brasileiros até a Baía do Almirantado, onde está localizada a base brasileira. A missão está revista para encerrar no dia 30 de novembro.


A Importância da Antártida para o Planeta

Estação Comandante Ferraz na Ilha de Rei George

A Antártida, o mais meridional dos continentes, tem influência direta sobre o clima e a biodiversidade do mundo. Tudo o que acontece por lá tem consequências no resto do planeta, assim como tudo o que é feito no resto do planeta acaba se refletindo na Antártida. Por isso, o continente é um dos mais importantes centros de pesquisa sobre o meio ambiente existentes, sendo base científica de diversos países, inclusive o Brasil. O país está presente na Antártida para realização de pesquisas há 29 anos. O Brasil é um dos 50 que possuem uma base científica no continente, a estação Comandante Ferraz, localizada na ilha Rei George, a 130 km da península antártica.

Apesar de a estação estar em funcionamento desde 1984, o Brasil só recebeu permissão para explorar o interior do continente gelado durante o quarto Ano Polar Internacional (API), em 2007.  Até então,  as ações brasileiras limitavam-se à região litorânea.
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Utilização da carta-frete pode gerar multa


Fim da carta-frete deve legalizar R$ 44 bilhões, segundo a ANTT


A ANTT prorrogou para 21/01/2012 o prazo para início da fiscalização com aplicação de multas conforme estabeleceu a resolução 3.658/11, e até a nova data a fiscalização terá apenas caráter educativo, conforme consta na resolução ANTT 3.731/11 que foi publicada no Diário Oficial da União nesta semana.

A partir de 21/01/2012, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) poderá multar empresas e caminhoneiros que insistirem em utilizar o pagamento do transporte de carga via carta-frete. A nova sistemática de pagamento de frete, prevista em lei desde 2007, foi regulamentada em abril deste ano através da  Resolução 3.658/11, de 19 de abril de 2011, entre outras ações, estabelece que o contratante que efetuar o pagamento do frete, no todo ou em parte, de forma diversa da prevista na nova lei, deverá ser multado em 50% do valor total de cada frete irregularmente pago, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,5 mil. O texto prevê ainda multa (também de R$ 550 a R$ 10,5 mil) para quem realizar deságio no frete ou cobrança de valor para efetivar os devidos créditos.
O transportador autônomo que permitir o uso da carta-frete também será punido. Além de multa no valor de R$ 550, ele poderá ter seu Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Cargas (RNTRC), cancelado, segundo informou a Agência de Notícias da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Estimativas do mercado apontam que a carta-frete convencional, como vinha sendo utilizada até então, movimentava algo entre R$ 60 e R$ 100 bilhões por ano no Brasil. A nova sistemática através das administradoras de meios eletrônicos de pagamento de frete, também vai garantir que o governo arrecade Imposto de Renda e encargos sociais, o que em alguns casos não ocorria. Para administrar o sistema de pagamento eletrônico, a ANTT habilitou, até agora, quatro empresas: DBTrans, GPS Logística e Gerenciamento de Riscos, Repom e Roadcard. Segundo a agência, todas já estão autorizadas a operar no país.Outras empresas, entre elas a CTF estão em processo de homologação junto a ANTT, o que em breve deverá  ampliar a gama de opções disponíveis no mercado.


No mercado nacional há 6 anos, a Datamex Tecnologia de Informação, desenvolve e implanta softwares de  gestão empresarial que operam via web, para empresas de logística. O diretor de Negócios da empresa, Fábio Cunha, vê com bons olhos a mudança na legislação, pois no médio-prazo tende a tornar cada vez mais mais justa a concorrência no setor de transportes, que é vital para o Brasil. "Já  estamos trabalhando a mais de um ano na integração do nosso Software de Gestão de Transportes (TMS) com as Operadoras de Meio de Pagamento Eletrônico de Frete, antes mesmo de sair a homologação delas, e hoje já estamos integrados com as principais operadoras homologadas, e em processo de integração com as demais”, frisou. Segundo ele a empresa está desenvolvendo a integração também com as novas operadoras que estão em processo de homologação junto a ANTT, para garantir aos clientes a liberdade de escolher a operadora que lhes for mais interessante e conveniente.
Mas informações no site www.datamex.com.br


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sábado, 15 de outubro de 2011

VÍDEO II: Compra de módulo pode somar R$ 7 bi


Empresas de engenharia e montagem estão se movimentando para instalar no país novas unidades industriais de produção de módulos de plataformas de petróleo e gás. EBE, Iesa Óleo & Gás, Setal e UTC estão entre as empresas que anunciaram ou analisam investir em áreas para produção de módulos, unidades que processam petróleo, gás e geram energia, entre outras funções. O movimento do setor privado é impulsionado pela Petrobras, que passou a comprar esses equipamentos em escala.

Só uma licitação aberta pela estatal prevê a encomenda de 80 módulos, com altos índices de conteúdo nacional, que serão integrados em oito cascos idênticos de plataformas que estão em fase inicial de construção em Rio Grande (RS). O prazo para entrega das propostas é previsto para 1º de dezembro e o mercado estima o custo total dos equipamentos e serviços contratados nessa licitação entre cerca de US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões.

O número varia dependendo do valor unitário médio considerado para o módulo (entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões). E também o montante necessário para fazer a integração dos diferentes módulos no casco da plataforma (US$ 400 milhões a US$ 600 milhões por unidade). Cerca de 40 empresas foram convidadas a participar do certame.

Executivos do setor dizem que as encomendas da Petrobras nesse setor estão mudando a maneira de produzir módulos de plataformas no Brasil.

Antes, afirmam, as encomendas eram pontuais, para uma ou duas plataformas. Mas a partir da construção das oito unidades gêmeas, chamadas pela estatal de replicantes e que serão usadas no pré-sal da Bacia de Santos, abriu-se a perspectiva de os módulos passarem a ser produzidos em série, com ganhos de escala e de custos e com redução de riscos, dizem as fontes.

Segundo a Petrobras, a construção dos cascos já começou com obras de soldagem de chapas da primeira unidade, chamada de P-66. Os navios-plataforma replicantes serão numerados de P-66 à P-73. Seis deles vão operar no bloco BM-S-11 (Tupi) e dois no BM-S-9 (Guará).

A licitação para contratar os serviços e equipamentos das plataformas replicantes foi dividida em cinco pacotes, dos quais quatro incluem serviços de engenharia, compra e montagem (EPC, na sigla em inglês) de módulos de compressão, de processamento de óleo, de gás combustível e desidratação e de geração de energia. O quinto pacote envolve a integração de todos essas unidades na parte superior da plataforma.




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