Uma das empresas que vão estar presentes na Feira Internacional "Shipbuilding, Machinery & Marine Technology - SMM", é a Schottel. Abaixo, transcrevemos a entrevista realizada com Rodrigo Miranda, gerente de projetos e venda da Schottel do Brasil, que está publicada no site da Revista Conexão Marítima, que estará presente em Hamburgo na cobertura da SMM.
Conexão Marítima: O mercado naval no Brasil está crescendo. Rio Grande (RS) está se tornando em um segundo Pólo Naval no Brasil. No Nordeste, em Suape, investimentos pesados estão sendo feitos na construção do estaleiro Atlântico Sul. Como conseqüência, os investimentos geram bons negócios no segmento de propulsores para embarcações. Nesse aspecto, como está a Schottel no Brasil?
Miranda: Estamos muito bem posicionados, com diversos projetos tanto na área de apoio marítimo quanto na área de apoio portuário. O momento é realmente muito bom e estamos preparados para atender os nossos parceiros.
CM: Como a empresa está acompanhando os investimentos que estão sendo feitos em Rio Grande pela Petrobras, na construção da Plataforma P-53, do dique seco, que também vai ser sede da única fábrica de cascos do mundo?
Miranda: Este investimento assim como os outros que estão sendo feitos no Brasil são muito promissores. Todas estas encomendas, desde plataformas a barcos de apoio, estão ajudando o país a ser forte novamente na indústria naval.
CM: A empresa comemora, este ano, 30 anos de atividades no país e produz atualmente sistemas de propulsão azimutal. Com está este mercado no país?
Miranda: A demanda por sistemas azimutais atualmente é muito alta, visto que as novas encomendas da Petrobras especificam este sistema em todos os tipos de embarcações, além do que, ele é amplamente utilizado também para embarcações de apoio portuário.
CM: Um estudo da IMO sobre os gases causadores do efeito estufa estima que as emissões da frota global vão aumentar nos próximos 20 anos com a demanda de navios maiores e mais rápidos. As empresas estão focadas no alto preço dos combustíveis e na redução da emissão de poluentes. A Schottel tem programas específicos para minimizar a emissão de poluentes?
Miranda: Nosso sistema para atender esta crescente demanda se chama Combi Drive, que é um azimutal diesel elétrico. Esse sistema tem menos perdas mecânicas que o azimutal tradicional, seu design é mais compacto, além de ser mais econômico no consumo de combustível.
CM: Qual a expectativa da empresa para os próximos anos no Brasil?
Miranda: A nossa expectativa é de crescimento de demanda por novos projetos e conseqüentemente por serviços. Para atender este crescimento de mercado estamos abrindo uma nova filial no Rio de Janeiro. Esta filial será responsável por todos os novos projetos da SCHOTTEL do Brasil na América do Sul. Para a parte de serviços, estamos aumentando o quadro de colaboradores em diversas áreas da empresa para que possamos atender os nossos clientes da melhor maneira possível.
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