Recentemente, o diretor de uma empresa irlandesa causou polêmica na União Européia por ter colocado um anúncio de emprego que dizia: "fumantes não precisam enviar currículos".
Ele alegava que, ao contratar profissionais fumantes, as empresas estão correndo riscos em relação à sua própria saúde financeira, já que esses profissionais faltam mais ao trabalho por doenças menores e ainda apresentam mais riscos de sofrerem doenças crônicas, o que pode aumentar os custos dos seguros de saúde para o patrão.
Cerca de 20% das grandes empresas nos EUA já dão descontos nos planos de saúde a funcionários não-fumantes, e a prática vem ganhando popularidade no hemisfério norte.
O mesmo vale em relação à não aceitação de fumantes em processos de seleção. Mas cuidado. Vale o alerta do professor Renato Rua de Almeida, da PUC de São Paulo, advogado especializado em legislação trabalhista, as empresas devem tomar cuidado com o preconceito:
“No Brasil, se um profissional estiver apto para disputar um cargo e for dispensado da seleção por ser fumante, ele pode entrar com uma ação em juízo pedindo indenização por danos morais e discriminação”, explica. “E se a empresa divulgar que não aceita candidatos fumantes, ela também pode sofrer sanção do ponto de vista trabalhista, já que seria discriminação, inconstitucional e ilegal, inclusive com autuação administrativa e representação perante o Ministério do Trabalho, com pagamento de multa”.
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