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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Hidrovia II


Sem novos investimentos, a movimentação de grãos pelas hidrovias cresceria pouco, situando-se em 8,6 milhões de toneladas na safra 2018/19, de acordo com as projeções da agência. Mas se houver investimentos públicos, o volume de grãos transportado via hidrovia poderia saltar para 51,2 milhões de toneladas na safra 2018/19, o equivalente a 28,44% de uma safra potencial de 180 milhões de toneladas.


São mais 42,6 milhões de toneladas em relação a um cenário sem investimentos na malha hidroviária, diz o diretor da Antaq Tiago Lima.O relatório sobre o potencial de desenvolvimento das hidrovias no Brasil e sobre a contribuição desse meio de transporte para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa, foi apresentado em painel da conferência do clima das Nações Unidas (ONU), em Copenhague, na Dinamarca. Lima vai apresentar os dados sobre o sistema hidroviário no chamado Espaço Brasil, destinado a apresentações da delegação brasileira.


Os cálculos da Antaq indicam que ao movimentar 42,6 milhões de toneladas de grãos via hidrovia seria possível reduzir as emissões de CO2 em 56% na safra 2018/19. A conta considera que para transportar esse volume de grãos via rodoviária os caminhões percorreriam, em média, mil quilômetros até os portos com a emissão de 6,9 milhões de quilos de CO2. Já para movimentar a mesma quantidade de grãos por meio de hidrovias a emissão seria de 3,1 milhões de quilos de CO2, levando-se em conta a necessidade de transportar a safra, primeiro via caminhão, em trecho médio de 200 quilômetros, e depois, via rios, por mais 1,2 mil quilômetros, em média.

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