por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
Depois de seis anos, José Sérgio Gabrielli deixará a presidência da
Petrobras. Ele passará o cargo a atual diretora da Área de Negócios de Gás e
Energia, Maria da Graça Foster. A troca no comando da maior empresa pública do
país tem data marcada: na próxima reunião do Conselho Administrativo da
Petrobrás que está prevista para o dia 13 de fevereiro. Depois de uns dias de
descanso, Gabrielli vai se integrar ao governo da Bahia, onde pretende seguir
carreira política.
A troca de Gabrielli por Graça Foster é um desejo antigo da presidente Dilma Rousseff que foi sendo adiado e agora será concretizado em meio a minirreforma ministerial que está em curso para a substituição dos ministros que vão disputar a eleição de outubro e de outros que são avaliados com baixo desempenho administrativo ou sem apoio político de seus partidos.
A presidência da Petrobras é um dos cargos mais cobiçados da administração pública e, por isso, os presidentes da República evitam incluí-lo na partilha entre os partidos aliados. Mas eles não têm conseguido excluir da disputa política as diretorias da empresa. Ficou célebre no mundo político a reivindicação feita por Severino Cavalcanti, quando era presidente da Câmara, para indicar um dos diretores da empresa. Sem saber exatamente o nome da diretoria, ele sapecou: “Aquela que fura poço!”, disse, referindo-se à diretoria de Exploração e Produção. As outras diretorias são: Gás e Energia; Abastecimento; Financeira; Internacional e de Serviços – todas, disputadas por partidos políticos.
Fonte do governo garante que, com a transferência de Graça Foster para a presidência, a diretoria de Gás e Energia terá uma “solução interna”, alguém que já está na Petrobras, como forma de evitar disputa política pelo cargo. Mas, de alguns anos para cá, os partidos políticos fazem indicações de funcionários de carreira para os cargos de direção da empresa.
José Sérgio Gabrielli, que já disputou e perdeu o governo da Bahia em eleição passada, deve ser secretário do governo Jaques Wagner para tentar se preparar para disputar as eleições de 2014 – para o governo da Bahia ou para o Senado.
A troca de Gabrielli por Graça Foster é um desejo antigo da presidente Dilma Rousseff que foi sendo adiado e agora será concretizado em meio a minirreforma ministerial que está em curso para a substituição dos ministros que vão disputar a eleição de outubro e de outros que são avaliados com baixo desempenho administrativo ou sem apoio político de seus partidos.
A presidência da Petrobras é um dos cargos mais cobiçados da administração pública e, por isso, os presidentes da República evitam incluí-lo na partilha entre os partidos aliados. Mas eles não têm conseguido excluir da disputa política as diretorias da empresa. Ficou célebre no mundo político a reivindicação feita por Severino Cavalcanti, quando era presidente da Câmara, para indicar um dos diretores da empresa. Sem saber exatamente o nome da diretoria, ele sapecou: “Aquela que fura poço!”, disse, referindo-se à diretoria de Exploração e Produção. As outras diretorias são: Gás e Energia; Abastecimento; Financeira; Internacional e de Serviços – todas, disputadas por partidos políticos.
Fonte do governo garante que, com a transferência de Graça Foster para a presidência, a diretoria de Gás e Energia terá uma “solução interna”, alguém que já está na Petrobras, como forma de evitar disputa política pelo cargo. Mas, de alguns anos para cá, os partidos políticos fazem indicações de funcionários de carreira para os cargos de direção da empresa.
José Sérgio Gabrielli, que já disputou e perdeu o governo da Bahia em eleição passada, deve ser secretário do governo Jaques Wagner para tentar se preparar para disputar as eleições de 2014 – para o governo da Bahia ou para o Senado.
Os primeiros passos
ter, 17/01/12
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
A presidente Dilma Roussef deu hoje o primeiro passo para a reforma
ministerial tão anunciada para substituir os ministros-candidatos às eleições de
outubro: ela comunicou ao vice-presidente Michel Temer que as mudanças (cada vez
mais reduzidas) não vão atingir o PMDB. Num outro movimento, ela decidiu que o
substituto de Aloízio Mercadante no Ministério de Ciência e Tecnologia será um
técnico – o nome é o do presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio
Raupp -, e que as mudanças serão anunciadas por partes.
Até semana passada, Dilma pretendia fazer a reforma de uma vez só e encerrar as mudanças antes de fevereiro, quando o Congresso voltará aos trabalhos. Agora, já se diz que ela vai deixar algumas mudanças para fevereiro para ouvir as pretensões e indicações do PP para o Ministério das Cidades, já que estaria mesmo disposta a substituir Mário Negromonte, e ouvir o PDT sobre o nome para o Ministério do Trabalho, que está vago desde a saída de Carlos Lupi.
Outra mudança de rumo é o fato de Marta Suplicy não estar incluída na reforma. Até semana passada, assessores informavam que ela estaria inclinada a nomear Marta Suplicy para o lugar que deixa vago Aloízio Mercadante – o ministério da Ciência e Tecnologia. Agora, ela avisou ao PMDB que o novo ministro é um técnico e de sua escolha pessoal - Marco Antonio Raupp, ex-presidente da SBPC, enquanto o PT ainda sonha com a escolha do deputado Newton Lima que também tem perfil técnico: foi reitor da Universidade de São Carlos e é amigo do ex-presidente Lula.
– As mudanças serão pontuais – avisou Dilma a Temer, segundo relato de assessores.
Dilma Rousseff não realizou a reunião de coordenação ou de briefing nesta semana e, segundo fontes do governo, o desejo dela é reduzir ao máximo o número de interlocutores para evitar o vazamento à imprensa de decisões que estejam em curso e não tenham sido oficialmente anunciadas.
O desejo da presidente é anunciar as mudanças nos ministérios de Educação e Ciência e Tecnologia – Aloízio Mercadante e Marco Antonio Raupp – até terça-feira, dia 24, para que Fernando Haddad, no dia seguinte, chegue a São Paulo como pré-candidato no dia do aniversário da cidade.
Até semana passada, Dilma pretendia fazer a reforma de uma vez só e encerrar as mudanças antes de fevereiro, quando o Congresso voltará aos trabalhos. Agora, já se diz que ela vai deixar algumas mudanças para fevereiro para ouvir as pretensões e indicações do PP para o Ministério das Cidades, já que estaria mesmo disposta a substituir Mário Negromonte, e ouvir o PDT sobre o nome para o Ministério do Trabalho, que está vago desde a saída de Carlos Lupi.
Outra mudança de rumo é o fato de Marta Suplicy não estar incluída na reforma. Até semana passada, assessores informavam que ela estaria inclinada a nomear Marta Suplicy para o lugar que deixa vago Aloízio Mercadante – o ministério da Ciência e Tecnologia. Agora, ela avisou ao PMDB que o novo ministro é um técnico e de sua escolha pessoal - Marco Antonio Raupp, ex-presidente da SBPC, enquanto o PT ainda sonha com a escolha do deputado Newton Lima que também tem perfil técnico: foi reitor da Universidade de São Carlos e é amigo do ex-presidente Lula.
– As mudanças serão pontuais – avisou Dilma a Temer, segundo relato de assessores.
Dilma Rousseff não realizou a reunião de coordenação ou de briefing nesta semana e, segundo fontes do governo, o desejo dela é reduzir ao máximo o número de interlocutores para evitar o vazamento à imprensa de decisões que estejam em curso e não tenham sido oficialmente anunciadas.
O desejo da presidente é anunciar as mudanças nos ministérios de Educação e Ciência e Tecnologia – Aloízio Mercadante e Marco Antonio Raupp – até terça-feira, dia 24, para que Fernando Haddad, no dia seguinte, chegue a São Paulo como pré-candidato no dia do aniversário da cidade.
Acelerar a reforma
sáb, 14/01/12
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
Aconselhada pelo ex-presidente Lula, em encontro em São Paulo, nesta
quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff decidiu acelerar a reforma ministerial
que será feita para substituir os ministros que vão disputar as eleições de
outubro. A idéia é retomar as conversas políticas sobre as mudanças e fazer o
anúncio dos novos nomes na próxima semana ou, no máximo, na seguinte. A
principal mudança, segundo fontes do PT, é a volta de Marta Suplicy para o
ministério (ela foi ministra do Turismo no governo Lula), provavelmente, na
pasta da Ciência e Tecnologia, uma vez que o atual titular, Aloízio Mercadante
será transferido para o Ministério da Educação.
De início, a reforma era para substituir os ministros candidatos (são apenas dois – Fernando Haddad, da Educação e Iriny Lopes, da Secretaria das Mulheres) e para melhorar a gestão nos ministérios, o que ampliaria o número de mudanças na equipe. Agora Dilma está sendo aconselhada a reduzir as mudanças para não provocar qualquer desequilíbrio das forças políticas que apóiam o governo. No caso de ministro que apresenta baixo rendimento na gestão, Dilma deve determinar a troca, apenas, do secretário-executivo, mantendo o titular da pasta para evitar problemas políticos.
Dilma tem compromissos com Marta Suplicy pois foi pessoalmente pedir a senadora que desistisse de disputar a prefeitura de São Paulo, abrindo o caminho para Fernando Haddad, o preferido de Lula. Na conversa, que aconteceu na Base Aérea de São Paulo do Aeroporto de Congonhas, Dilma fez questão de tranquilizá-la. “Fique calma, a sua hora vai chegar”. Dilma pretendia levar Marta para a equipe mais adiante, porém, teria decidir fazer isso agora como forma de cobrar o compromisso dela de se empenhar na campanha de Fernando Haddad.
Será ainda aberta a vaga de Secretária das Mulheres uma vez que Iriny Lopes vai disputar a prefeitura de Vitória. Um nome cotado para o cargo é o da senadora por Roraima, Ângela Portela. Outra vaga que está aberta é a do Ministério do Trabalho com a saída do governo de Carlos Lupi. Esta pasta caberá ao PDT e a solução deve ser dada com a nomeação de um deputado – Vieira da Cunha ou Brizola Neto, os mais cotados.
Dilma tem conversa com poucos interlocutores sobre as mudanças na equipe. Nesta sexta-feira, ela recebeu o ministro Aloízio Mercadante, a quem pediu reserva ds conversas sobre mudanças na equipe. Muita gente tem se lembrado de que Dilma desistiu de nomear Sérgio Cortes para o Ministério da Saúde depois que o governador Sérgio Cabral cometeu a inconfidência de anunciá-lo como integrante da equipe dela.
De início, a reforma era para substituir os ministros candidatos (são apenas dois – Fernando Haddad, da Educação e Iriny Lopes, da Secretaria das Mulheres) e para melhorar a gestão nos ministérios, o que ampliaria o número de mudanças na equipe. Agora Dilma está sendo aconselhada a reduzir as mudanças para não provocar qualquer desequilíbrio das forças políticas que apóiam o governo. No caso de ministro que apresenta baixo rendimento na gestão, Dilma deve determinar a troca, apenas, do secretário-executivo, mantendo o titular da pasta para evitar problemas políticos.
Dilma tem compromissos com Marta Suplicy pois foi pessoalmente pedir a senadora que desistisse de disputar a prefeitura de São Paulo, abrindo o caminho para Fernando Haddad, o preferido de Lula. Na conversa, que aconteceu na Base Aérea de São Paulo do Aeroporto de Congonhas, Dilma fez questão de tranquilizá-la. “Fique calma, a sua hora vai chegar”. Dilma pretendia levar Marta para a equipe mais adiante, porém, teria decidir fazer isso agora como forma de cobrar o compromisso dela de se empenhar na campanha de Fernando Haddad.
Será ainda aberta a vaga de Secretária das Mulheres uma vez que Iriny Lopes vai disputar a prefeitura de Vitória. Um nome cotado para o cargo é o da senadora por Roraima, Ângela Portela. Outra vaga que está aberta é a do Ministério do Trabalho com a saída do governo de Carlos Lupi. Esta pasta caberá ao PDT e a solução deve ser dada com a nomeação de um deputado – Vieira da Cunha ou Brizola Neto, os mais cotados.
Dilma tem conversa com poucos interlocutores sobre as mudanças na equipe. Nesta sexta-feira, ela recebeu o ministro Aloízio Mercadante, a quem pediu reserva ds conversas sobre mudanças na equipe. Muita gente tem se lembrado de que Dilma desistiu de nomear Sérgio Cortes para o Ministério da Saúde depois que o governador Sérgio Cabral cometeu a inconfidência de anunciá-lo como integrante da equipe dela.
Mais uns dias
ter, 10/01/12
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
Em longa conversa que teve ontem com o ministro Fernando Haddad, a
presidente Dilma Rousseff informou que só vai liberá-lo para fazer a
pré-campanha à prefeitura de São Paulo quando tiver os nomes para as outras
substituições da reforma ministerial prevista para este mes. Ou seja, a troca no
MEC deve acontecer junto com as demais mudanças na equipe.
Até então, Haddad trabalhava com a perspectiva de passar o cargo a Aloízio Mercadante (já escolhido, mas não oficialmente anunciado para a pasta) no dia 16. Com a informação de Dilma, a expectativa é a de que o processo demore mais, podendo até ficar para o fim de janeiro.
Dilma Rousseff tem sido bastante reservada quando o assunto é a reforma ministerial prevista para este mes. Para alguns, ela deve ampliar o número de substituições, trocando também ministros que estejam apresentando baixo rendimento na gestão. Porém, para assessores do Planalto, ela tende a fazer uma reforma “menor possível”, escolhendo apenas os titulares das pastas que estarão vagas: o Ministério da Ciência e Tecnologia, já que Aloízio Mercadante será transferido para a Educação; Ministério do Trabalho que está vago desde a saída de Carlos Lupi e a secretaria das Mulheres, uma vez que Iriny Lopes pretende disputar a eleição municipal do ano que vem. Se for ampliada, a reforma poderá atingir também Cidades, Igualdade Racial e até Cultura e Itamaraty.
Até então, Haddad trabalhava com a perspectiva de passar o cargo a Aloízio Mercadante (já escolhido, mas não oficialmente anunciado para a pasta) no dia 16. Com a informação de Dilma, a expectativa é a de que o processo demore mais, podendo até ficar para o fim de janeiro.
Dilma Rousseff tem sido bastante reservada quando o assunto é a reforma ministerial prevista para este mes. Para alguns, ela deve ampliar o número de substituições, trocando também ministros que estejam apresentando baixo rendimento na gestão. Porém, para assessores do Planalto, ela tende a fazer uma reforma “menor possível”, escolhendo apenas os titulares das pastas que estarão vagas: o Ministério da Ciência e Tecnologia, já que Aloízio Mercadante será transferido para a Educação; Ministério do Trabalho que está vago desde a saída de Carlos Lupi e a secretaria das Mulheres, uma vez que Iriny Lopes pretende disputar a eleição municipal do ano que vem. Se for ampliada, a reforma poderá atingir também Cidades, Igualdade Racial e até Cultura e Itamaraty.
Razões outras
ter, 10/01/12
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
O ministro Fernando Bezerra Coelho já acertou que nesta quinta-feira vai
dar explicações à Comissão Representativa do Congresso sobre as denúncias de que
teria privilegiado seu Estado, Pernambuco, na distribuição de verbas de sua
pasta. Foi ele próprio quem pediu ao presidente do Senado, José Sarney, para
marcar a reunião. Ele pretende, com isso, encerrar o assunto e sair do
noticiário negativo.
Aí é que está a dificuldade. A primeira denúncia feita contra Fernando Bezerra foi a de que ele teria destinado 90% das verbas do Ministério da Integração Nacional para Pernambuco. O governo avaliou que a denúncia é frágil porque, segundo assessores do Planalto, teria sido analisada apenas uma rubrica do orçamento. Além disso, o dinheiro despachado para o Estado foi acertado diretamente entre presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado, Eduardo Campos. Mas Bezerra acabou sendo alvo de outras denúncias como, por exemplo, ter atendido rigorosamente todas as emendas parlamentares apresentadas por seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho – o que não acontece com a grande maioria dos parlamentares.
Além disso, veio à tona de uma só vez o número de parentes do ministro em cargos ou postos do Ministério da Integração Nacional: o tio Oswaldo Coelho fora nomeado para o Comitê de Agricultura Irrigada; o sogro do filho, Antonio de Pádua Kehrle, para o DNOCS, de onde já saiu; o irmão Clementino Bezerra na presidência da Codevasf, foi afastado ontem; e ainda a prestaza na liberação das emendas parlamentares do filho-deputado. É essa vocação para nomear parentes que está, neste momento, causando maior desgaste ao ministro.
Com tudo isso, porém, a decisão do governo é a de proteger Fernando Bezerra e tentar evitar que se crie um quadro de tornar insustentável sua permanência no governo. A razão disso, é estritamente política.
Logo nas primeiras denúncias surgidas contra Fernando Bezerra, o PSB, à frente do presidente do partido e governador Eduardo Campos, disse ter identificado digitais do PT na tentativa de desestabilizar o ministro do partido. E mandou logo o recado: se o processo continuasse, o PSB poderia deixar o governo Dilma Rousseff e buscar um projeto político próprio.
Foi a partir daí que o ambiente começou a mudar. Os articuladores do governo e do PT recordaram o papel de Eduardo Campos ao longo do ano de 2011, quando fez questão de demonstrar capacidade de articulação política e conseguiu a eleição de sua mãe para uma vaga no Tribunal de Contas da União. Sem dúvida, uma demonstração de força política.
Diante de um quadro de oposição enfraquecida, estes articuladores governistas avaliam que se mais adiante houve um candidato com capacidade de impor derrota ao projeto petista, este candidato sairá do campo que hoje apóia o governo Dilma. E para não precipitar isso para 2014 com Eduardo Campos, a orientação do governo é blindar Fernando Bezerra e não dar pretexto algum para que o parceiro histórico se torne logo um adversário na próxima eleição.
Aí é que está a dificuldade. A primeira denúncia feita contra Fernando Bezerra foi a de que ele teria destinado 90% das verbas do Ministério da Integração Nacional para Pernambuco. O governo avaliou que a denúncia é frágil porque, segundo assessores do Planalto, teria sido analisada apenas uma rubrica do orçamento. Além disso, o dinheiro despachado para o Estado foi acertado diretamente entre presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado, Eduardo Campos. Mas Bezerra acabou sendo alvo de outras denúncias como, por exemplo, ter atendido rigorosamente todas as emendas parlamentares apresentadas por seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho – o que não acontece com a grande maioria dos parlamentares.
Além disso, veio à tona de uma só vez o número de parentes do ministro em cargos ou postos do Ministério da Integração Nacional: o tio Oswaldo Coelho fora nomeado para o Comitê de Agricultura Irrigada; o sogro do filho, Antonio de Pádua Kehrle, para o DNOCS, de onde já saiu; o irmão Clementino Bezerra na presidência da Codevasf, foi afastado ontem; e ainda a prestaza na liberação das emendas parlamentares do filho-deputado. É essa vocação para nomear parentes que está, neste momento, causando maior desgaste ao ministro.
Com tudo isso, porém, a decisão do governo é a de proteger Fernando Bezerra e tentar evitar que se crie um quadro de tornar insustentável sua permanência no governo. A razão disso, é estritamente política.
Logo nas primeiras denúncias surgidas contra Fernando Bezerra, o PSB, à frente do presidente do partido e governador Eduardo Campos, disse ter identificado digitais do PT na tentativa de desestabilizar o ministro do partido. E mandou logo o recado: se o processo continuasse, o PSB poderia deixar o governo Dilma Rousseff e buscar um projeto político próprio.
Foi a partir daí que o ambiente começou a mudar. Os articuladores do governo e do PT recordaram o papel de Eduardo Campos ao longo do ano de 2011, quando fez questão de demonstrar capacidade de articulação política e conseguiu a eleição de sua mãe para uma vaga no Tribunal de Contas da União. Sem dúvida, uma demonstração de força política.
Diante de um quadro de oposição enfraquecida, estes articuladores governistas avaliam que se mais adiante houve um candidato com capacidade de impor derrota ao projeto petista, este candidato sairá do campo que hoje apóia o governo Dilma. E para não precipitar isso para 2014 com Eduardo Campos, a orientação do governo é blindar Fernando Bezerra e não dar pretexto algum para que o parceiro histórico se torne logo um adversário na próxima eleição.
A favor
seg, 02/01/12
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
O ano começou em completa calmaria para o governo. Assessores da
presidente Dilma Rousseff que ficaram de plantão nestes dias de feriados de fim
de ano, comemoraram o momento político: nenhum fato novo ou desgastante surgiu
nos últimos dias, o que dá a garantia de que a presidente continuará de férias
na Bahia.
Segundo um assessor, não só não houve temas desgastantes para o Executivo, mas também o que ficou na memória dos brasileiros nos últimos dias de 2011 se referem a assuntos do Judiciário (o embate entre juízes e o Conselho Nacional de Justiça) e no Legislativo, com a posse de Jader Barbalho. Nada a ver com o Executivo.
Segundo um assessor, não só não houve temas desgastantes para o Executivo, mas também o que ficou na memória dos brasileiros nos últimos dias de 2011 se referem a assuntos do Judiciário (o embate entre juízes e o Conselho Nacional de Justiça) e no Legislativo, com a posse de Jader Barbalho. Nada a ver com o Executivo.
Os cargos do PT
seg, 02/01/12
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
Único partido que promove o rodízio nos cargos de liderança de suas
bancadas na Câmara e no Senado, o PT, este ano, poderá ter disputa para os
cargos. No Senado, querem a vaga os senadores Wellington Dias (PI) e Walter
Pinheiro (BA); e na Câmara os deputados Jilmar Tatto (SP) e José Guimarães
(CE).
A escolha dos líderes será feita no dia 31 de janeiro. Até lá, o comando do partido poderá atuar para evitar a disputa e eventual racha. Desde já, há a tendência para que o partido escolha um dos dois postulantes e, o que for preterido agora, teria assegurada a vaga em 2013.
Wellington Dias foi governador do Piauí por dois mandatos e se apresentou para a vaga neste ano; Walter Pinheiro é senador de primeiro mandato e tem a seu favor o fato de ter atuado fortemente na campanha junto ao eleitorado evangélico em favor de Dilma e de ter relatado matérias da área de comunicações. Na Câmara, Jilmar Tatto tenta a liderança depois de ter sido convencido a desistir da disputa pela vaga de candidato a prefeito de São Paulo, uma vez que o ex-presidente Lula defendeu abertamente a indicação de Fernando Haddad; e José Guimarães, irmão de José Genoíno, foi citado num escândalo em 2005 quando um assessor do Banco do Nordeste por ele indicado foi flagrado no Aeroporto de Congonhas com dinheiro na cueca. A seu favor tem o fato de sido relator da medida provisória que criou o Regime Diferenciado para obras da Copa, quando demonstrou capacidade de articulação para aprovação da matéria.
A escolha dos líderes será feita no dia 31 de janeiro. Até lá, o comando do partido poderá atuar para evitar a disputa e eventual racha. Desde já, há a tendência para que o partido escolha um dos dois postulantes e, o que for preterido agora, teria assegurada a vaga em 2013.
Wellington Dias foi governador do Piauí por dois mandatos e se apresentou para a vaga neste ano; Walter Pinheiro é senador de primeiro mandato e tem a seu favor o fato de ter atuado fortemente na campanha junto ao eleitorado evangélico em favor de Dilma e de ter relatado matérias da área de comunicações. Na Câmara, Jilmar Tatto tenta a liderança depois de ter sido convencido a desistir da disputa pela vaga de candidato a prefeito de São Paulo, uma vez que o ex-presidente Lula defendeu abertamente a indicação de Fernando Haddad; e José Guimarães, irmão de José Genoíno, foi citado num escândalo em 2005 quando um assessor do Banco do Nordeste por ele indicado foi flagrado no Aeroporto de Congonhas com dinheiro na cueca. A seu favor tem o fato de sido relator da medida provisória que criou o Regime Diferenciado para obras da Copa, quando demonstrou capacidade de articulação para aprovação da matéria.
Um desenho
qui, 22/12/11
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
O Pt sonha comandar três pastas a partir da reforma ministerial prevista
para janeiro: o Ministério da Educação (que ficará vago com a saída de Fernando
Haddad); o das Cidades e o do Trabalho. Para isso, a reforma deve envolver não
só a troca de ministros, mas também a redução do número de ministérios, um
desejo externado pela presidente Dilma Rousseff, segundo seus assessores.
Para o MEC, é dado como certa a indicação de Aloízio Mercadante (SP), o que garante ao PT manter o comando da pasta. Para o lugar dele no Ministério da Ciência e Tecnologia, tem sido cogitada a possibilidade de a pasta voltar ao comando do PSB, como foi no governo Lula. O PSB perderia a Secretaria dos Portos, que seria anexada ao Ministério dos Transportes, como foi anteriormente e voltaria, também , ao comando do PMDB – um antigo desejo do partido.
Com o Ministério dos Transportes e ainda reforçado com a área de Portos, o PMDB estaria atendido e poderia deixar o comando dos ministérios do Turismo, que iria para o PR (que já perdeu os Transportes para o técnico recém filiado ao PR Paulo Sérgio Passos) e perderia também o Ministério da Agricultura para o PP. O PP deixaria o Ministério das Cidades para o PT e ficaria com Agricultura com a indicação de Pratini de Moraes, que já ocupou a pasta no governo Fernando Henrique Cardoso. A pasta voltaria a comandar a área de Pesca, como já foi no passado, antes de ser desdobrada no governo Lula.
Outra fusão em estudo seria a dos Ministérios da Previdência com Trabalho. Ficaria com o PMDB, mas tendo como segundo Carlos Gabas, um petista, que passaria a comandar a área do Trabalho. O PDT que perde o Ministério do Trabalho iria comandar a área de Cultura.
Esse desenho de reforma ministerial está circulando entre os políticos e agrada especialmente ao PT, que passaria a comandar as pastas que cobiça. Ele atende o PMDB, mas pode provocar reação do PR que perdeu os Transportes para ficar com o Turismo, embora esta seja uma área cobiçada. e, principalmente desagradar ao PDT que não espera perder o comando do Ministério do Trabalho.
O desafio da presidente Dilma será o de encontrar nomes que resistam à eventuais denúncias de irregularidades, sem perder o apoio político dos partidos. Manter o equilíbrio dos partidos aliados, mesmo reduzindo o número de ministérios.
Para o MEC, é dado como certa a indicação de Aloízio Mercadante (SP), o que garante ao PT manter o comando da pasta. Para o lugar dele no Ministério da Ciência e Tecnologia, tem sido cogitada a possibilidade de a pasta voltar ao comando do PSB, como foi no governo Lula. O PSB perderia a Secretaria dos Portos, que seria anexada ao Ministério dos Transportes, como foi anteriormente e voltaria, também , ao comando do PMDB – um antigo desejo do partido.
Com o Ministério dos Transportes e ainda reforçado com a área de Portos, o PMDB estaria atendido e poderia deixar o comando dos ministérios do Turismo, que iria para o PR (que já perdeu os Transportes para o técnico recém filiado ao PR Paulo Sérgio Passos) e perderia também o Ministério da Agricultura para o PP. O PP deixaria o Ministério das Cidades para o PT e ficaria com Agricultura com a indicação de Pratini de Moraes, que já ocupou a pasta no governo Fernando Henrique Cardoso. A pasta voltaria a comandar a área de Pesca, como já foi no passado, antes de ser desdobrada no governo Lula.
Outra fusão em estudo seria a dos Ministérios da Previdência com Trabalho. Ficaria com o PMDB, mas tendo como segundo Carlos Gabas, um petista, que passaria a comandar a área do Trabalho. O PDT que perde o Ministério do Trabalho iria comandar a área de Cultura.
Esse desenho de reforma ministerial está circulando entre os políticos e agrada especialmente ao PT, que passaria a comandar as pastas que cobiça. Ele atende o PMDB, mas pode provocar reação do PR que perdeu os Transportes para ficar com o Turismo, embora esta seja uma área cobiçada. e, principalmente desagradar ao PDT que não espera perder o comando do Ministério do Trabalho.
O desafio da presidente Dilma será o de encontrar nomes que resistam à eventuais denúncias de irregularidades, sem perder o apoio político dos partidos. Manter o equilíbrio dos partidos aliados, mesmo reduzindo o número de ministérios.
A primeira pressão
qui, 22/12/11
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
Na última reunião da bancada do PMDB no Senado, o senador Luiz Henrique
cobrou do líder Renan Calheiros que o partido adote o sistema de rodízio na
liderança. Este posto foi alternado pelo grupo de Renan – ora ele, ou Jader
Barbalho ou Valdir Raupp, que agora está no exercício da presidência do PMDB com
a licença de Michel Temer que é vice-presidente da República.
Este é um assunto indigesto para Renan Calheiros que é lider da bancada e divide com José Sarney a interlocução com o Palácio do Planalto desde os tempos de Lula. Neste ano, com a renovação da bancada, surgiu um grupo de senadores descontentes com o comando da bancada, e que ficou denominado “Grupo dos Oito” e ficou muito perto de ser maioria da bancada. Agora, a posse de Jader Barbalho reforça mais uma vez o grupo de Renan e reduz a representação do Grupo dos Oito na bancada peemedebista que fica com 18 senadores.
Outra questão levantada pelos senadores deste grupo se refere às indicações do partido para cargos no governo. Luiz Henrique disse que muitas indicações atribuídas à bancada do PMDB são feitas, na verdade, por apenas um ou dois senadores, como é o caso de Alan Kardec para a presidência da ANP em substituição a Haroldo Lima (PC do B. Por isso, ele pediu que a cada indicação que deva ser feita, a bancada seja chamada para discutir a indicação.
Este movimento representa uma tentativa de um grupo do PMDB, que ainda é minoritário, de reduzir a influência do quarteto Renan, Sarney, Jucá e Raupp nos destinos do partido - núcleo que estará reforçado com a chegada de Jader Barbalho prevista para o início de janeiro.
Este é um assunto indigesto para Renan Calheiros que é lider da bancada e divide com José Sarney a interlocução com o Palácio do Planalto desde os tempos de Lula. Neste ano, com a renovação da bancada, surgiu um grupo de senadores descontentes com o comando da bancada, e que ficou denominado “Grupo dos Oito” e ficou muito perto de ser maioria da bancada. Agora, a posse de Jader Barbalho reforça mais uma vez o grupo de Renan e reduz a representação do Grupo dos Oito na bancada peemedebista que fica com 18 senadores.
Outra questão levantada pelos senadores deste grupo se refere às indicações do partido para cargos no governo. Luiz Henrique disse que muitas indicações atribuídas à bancada do PMDB são feitas, na verdade, por apenas um ou dois senadores, como é o caso de Alan Kardec para a presidência da ANP em substituição a Haroldo Lima (PC do B. Por isso, ele pediu que a cada indicação que deva ser feita, a bancada seja chamada para discutir a indicação.
Este movimento representa uma tentativa de um grupo do PMDB, que ainda é minoritário, de reduzir a influência do quarteto Renan, Sarney, Jucá e Raupp nos destinos do partido - núcleo que estará reforçado com a chegada de Jader Barbalho prevista para o início de janeiro.
Planos para o futuro
ter, 20/12/11
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas
O PT não pretende fazer pressão para que a presidente Dilma Rousseff
leve a senadora Marta Suplicy para o ministério, na reforma prevista para o
início de janeiro.
Este é o pensamento de petistas que têm cargo no governo. Para eles, a partir do ano que vem, Marta deverá construir sua candidatura à presidência do Senado.
Assim, ela seria a primeira mulher a presidir a Casa.
Para isso, no entanto, será preciso combinar com os russos – ou com os peemedebistas. Renan Calheiros nega peremptoriamente, mas seus amigos dizem que ele quer voltar ao posto.
Além disso, o PMDB sonha em comandar, a partir de 2013, as duas Casas Legislativas.
Este é o pensamento de petistas que têm cargo no governo. Para eles, a partir do ano que vem, Marta deverá construir sua candidatura à presidência do Senado.
Assim, ela seria a primeira mulher a presidir a Casa.
Para isso, no entanto, será preciso combinar com os russos – ou com os peemedebistas. Renan Calheiros nega peremptoriamente, mas seus amigos dizem que ele quer voltar ao posto.
Além disso, o PMDB sonha em comandar, a partir de 2013, as duas Casas Legislativas.
0 comentários
Postar um comentário