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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cidades portuárias querem reduzir idade média dos caminhões

Caminhões antigos circulam livremente pelos principais portos brasileiros, o que preocupa as autoridades. Além da poluição atmosférica, os veículos com mais de 30 anos estão envolvidos em grande parte dos acidentes e congestionamentos nas regiões metropolitanas, o que resulta em reflexos negativos e graves no trânsito, na economia e na saúde da população.

Com o intuito de transformar essa realidade, a Associação Brasileira dos Municípios Portuários (ABMP), entidade que congrega 88 cidades, pretende implantar um projeto elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o RenovAr – Plano Nacional de Renovação de Frota de Caminhões. O assunto foi debatido durante reunião dos membros da associação, no início de setembro. Polêmica à vista.

Prefeito de Santos João Paulo Papa
"Está claro para todos que o fim do ciclo de vida desses caminhões é a atividade portuária por várias razões, inclusive por natureza de fiscalização e por conta do trajeto, pois são viagens curtas e que não dependem de estradas”, disse à Agência CNT de Notícias o presidente da ABMP, o prefeito de Santos João Paulo Papa. A utilização de veículos com idade média avançada acarreta em maior consumo de combustível e de insumos, maiores gastos com manutenção, maior emissão de poluentes, menor segurança e conforto. Em Santos (SP), segundo a prefeitura, o transporte de cargas dos contêineres da área portuária rumo à cidade, por exemplo, é feito por cinco mil caminhões, dos quais 90% têm mais de 30 anos. “Enquanto as cidades hoje têm metas de redução de emissões, nós estamos convivendo com um dos fatores que mais agravam essa situação”, afirma o prefeito do município.

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