Esse negócio do lixo que mandaram para o Brasil da Europa, desculpem a expressão, é uma tremenda de uma sacanagem. Imaginem se fosse ao contrário: o Brasil mandando lixo doméstico para países da Europa. Meu Deus, a repercussão seria internacional. Jornal Zero Hora estampa bem em manchete: Um verdadeiro enigma no Cais. O repórter Nilson Mariano, que acompanha o caso pelo jornal, faz uns questionamentos interessantes que estão intrigando os policiais:
1- É a primeira vez que uma exportadora britânica manda lixo em contêineres, como se fosse uma mercadoria legal, devidamente documentada?
2- Qual o interesse em pagar o alto custo do frete (cerca de R$ 3,6 mil por contêiner) para descartar lixo no outro lado do planeta?
3- As companhias de navegação que fizeram os transportes, entre fevereiro e maio, sabiam do golpe?
4- A empresa gaúcha que importou a carga da Inglaterra, a Alfatech, de Bento Gonçalves, está envolvida na fraude ou foi uma das vítimas?
A advogada da Alfatech, Silvana Werner, garante que a empresa também foi surpreendida. A advogada sustenta que a empresa pagou R$ 200 mil, adiantados, para importar as 1.098 toneladas que seriam de aparas plásticas. Silvana diz que importam polímeros de etileno (tiras e blocos de plástico) da Inglaterra por não encontrar mercadoria semelhante no Brasil apta à reciclagem.
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