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domingo, 20 de novembro de 2011

Um visitante indesejável

Mexilhões dourados encrustrados em um motor. itaipu.gov.br




Revista Conexão Marítima prepara uma reportagem sobre o Mexilhão Dourado, assunto de grande interesse mas pouco divulgado pela mídia. O bichinho é pequeno - não tem mais do que 4cm - e vem de longe, mas é capaz de fazer um estrago considerável. É o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), um pequeno molusco de água doce, originário do sul da Ásia, que chegou ao Brasil em 1998 e já infestou rios, lagos e reservatórios da Região Sul e do Pantanal e começa a ser detectado em São Paulo.

Além de desequilibrar os nichos ecológicos aos quais chegou, pondo em risco de extinção espécies nativas, o invasor ameaça o setor elétrico brasileiro, a agricultura irrigada, a pesca e o abastecimento de água.

A história do mexilhão dourado na América do Sul começou em 1991, quando ele foi detectado pela primeira vez no Rio da Prata, próximo de Buenos Aires. O molusco bivalve (com duas conchas, que se fecham) chegou até ali na água de lastro de navios vindos do Oriente.

No Brasil, sua presença foi registrada pela primeira vez em 98, no Delta do Rio Jacuí, próximo a Porto Alegre. Em 99, foi detectado no Rio Guaíba, no qual o Jacuí desagua, e na hidrelétrica paraguaio-argentina de Yacyretá, no Rio Paraná. Em abril de 2001, foi encontrado numa das tomadas de água (compartimentos anteriores às turbinas) da barragem de Itaipu, 400 quilômetros acima de Yacyretá. Assista a reportagem.







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