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terça-feira, 21 de abril de 2009

Fórum Empresarial em Uruguaiana reuniu transportadores e operadores logísticos do Mercosul

Os prolongados problemas no transporte internacional que emperram a integração no Mercosul, a necessidade de investimentos em infraestrutura para o Rio Grande do Sul e a repercussão da crise financeira internacional foram amplamente debatidos no 3º Fórum Empresarial de Transporte e Logística. A promoção da FETRANSUL e sindicatos filiados ocorreu no último sábado, 18, na sede do SEST/SENAT de Uruguaiana, reunido empresários do transporte rodoviário de cargas e operadores logísticos da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.

O primeiro painel reuniu entidades de transportes destes países para discutirem o tema “Transporte Internacional: A visão das Entidades Empresariais do Mercosul”. Em seguida, empresários argentinos, brasileiros e uruguaios debaterem o “Transporte Internacional: A Avaliação de Operadores de Cada País”. A palavra integração, o fim das burocracias nas fronteiras e a formação profissional de motoristas de caminhões dominaram os debates. Segundo os participantes os temas tratados são os mesmos de há 30 anos e continuam sem respostas.

Convidado para palestrar sobre o “Projeto de Infraestrutura Rodoviária e Logística para o RS: Um Modelo Integrado, Multimodal e Sistêmico” o ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, disse que o problema de infraestrutura não é só do governo. “É de todos e por isso precisamos agir para reverter esse quadro”, conclamou. Apresentou sugestões que podem tirar o Estado do imenso atraso. Lamentou a situação das estradas gaúchas, definindo como “muito pobre e que não corresponde à posição da economia do Estado”. Ele entende que as rodovias federais que atravessam o território gaúcho, como os trechos das BRs-290 e 116, precisam retornar ao controle da União.“O Governo do Rio Grande do Sul não cumpriu a metade que prometeu quando incorporou essas rodovias federais” observou o ex-ministro.

A delegada da Receita Federal de Uruguaiana, Nory Celeste Ferreira falou sobre “Os Trâmites de Operações de Transporte Internacional”. Ao descrever a estrutura física da Receita no maior porto seco de exportação da América Latina observou que a maior dificuldade é a falta de funcionários. Sobre o fluxo de caminhões que utilizam aquela área de fronteira, a delegada apontou diminuição de veículos, comparando março de 2008, com a passagem de 3.111 veículos, contra 2.730, em 2009.

O economista e professor da UFRGS, Fernando Ferrari Filho encerrou o Fórum abordando “As Possíveis Repercussões da Crise Internacional sobre a Economia Brasileira e o Mercosul”. Prevendo um crescimento do PIB braseiro entre 0 a 1,0% o palestrante destacou que o conjunto de medidas adotada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega vão ao encontro do crescimento do estado brasileiro. Questionado sobre o tempo de duração dessa crise, o economista respondeu. “Depende do grau de intervenção das autoridades na economia” prevê Ferrari.

Fonte: Wagner Dilélio
Jornalista - SETCERGS

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