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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Rio Grande do Sul e São Paulo entraram para a história do tráfico de lixo internacional.




A famigerada máfia do lixo internacional enviou para o Brasil o total de 64 contêineres carregados com cerca de 1.200 toneladas de lixo industrial, tóxico e domiciliar. Os destinos no Brasil: Porto de Rio Grande (RS) e Porto de Santos (SP).


A carga partiu do porto de Felixstowe, um dos maiores do Reino Unido. Antes de chegar ao Brasil, o navio passou pelo porto de Antuérpia, na Bélgica. As investigações apontaram que o lixo foi enviado por uma exportadora inglesa. Os navios chegaram ao Rio Grande do Sul entre fevereiro e maio de 2009, mas a notícia vazou em junho do mesmo ano com a denúncia da Revista Conexão Marítima ( foto da capa da edição 53). O material levado ao Rio Grande do Sul teria como destino uma empresa de Bento Gonçalves. Cinco empresas (quatro com sede no Rio Grande do Sul e uma em São Paulo) importaram o lixo.




Atualmente, mais de 400 milhões de toneladas de resíduos perigosos são gerados no mundo inteiro. Cerca de 10% deste total cruza as fronteiras entre países, via máfia do lixo internacional. Grandes depósitos de ácidos corrosivos, produtos orgânicos sintéticos, metais tóxicos e outros resíduos representam uma séria ameaça à saúde das pessoas e aos ecossistemas, causando contaminação das águas subterrâneas e outros tipos de poluição.
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Momento para refletir


Assombroso é constatar que os países de primeiro mundo, depois de destruir todas as suas reservas ecológicas, utilizarem de forma arrasadora todos os seus recursos naturais e buscarem criar legislações e acordos a serem impostos aos países em desenvolvimento resolva enviar seus detritos altamente contaminados viajando dias pelo oceano em navios repletos de lixo da europa e demais países .

Naturalmente estes episódios levam a refletir porque os países que impõe pesadas normatizações aos países mais pobres embarcam clandestinamente resíduos poluidores a estes mesmos países que precisam preservar o pouco de recursos naturais ainda existentes no
planeta. Pressupõe-se que as autoridades sanitárias destes portos ingleses não estão atentas ao que é embarcado em navios que saem de suas fronteiras ou que se tiveram conhecimento não interferiram concordando com a barbaridade que estava sendo cometida por empresários sem escrúpulos.
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Denúncia revolta os brasileiros


A denúncia feita pela Revista Conexão Marítima provocou indignação no Brasil. Porém, os comércios legal e clandestino de lixo funcionam há muitos anos, acumulando escândalos desde a década de 1980. O mercado internacional do lixo surgiu da necessidade de se depositar, em algum local, a imensa quantidade de lixo produzido pelos países ricos, bem como da demanda, pelo setor industrial, por materiais recicláveis.


Mesmo o lixo tóxico pode ser negociado, contanto que haja concordância entre os países envolvidos, o que não ocorreu no caso envolvendo Brasil e Reino Unido. Desde o final dos anos de 1990 surgiram tratados e leis para regular as transações comerciais envolvendo lixo, de modo a impedir que países pobres se transformem nos depósitos dos países desenvolvidos. Mesmo assim, máfias que agem globalmente, como a napolitana Camorra, ganham dinheiro com atividades ilícitas que incluem o transporte e o descarte de lixo tóxico.
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O LIXO QUE VOLTOU PARA A EUROPA


Quando os fiscais da Receita Federal de Rio Grande abriram os contêineres que estavam no Tecon, não acreditei no que estava vendo: uma enorme quantidade de lixo que foi enviado para o Brasil. Para ser mais exato, 670 toneladas de detritos que estavam em 40 contêineres. Em alguns deles, a carga veio descrita como polímeros de etileno para reciclagem; em outros, como resíduos plásticos. Mas, ao abri-los, inspetores alfandegários, fiscais da Receita Federal e técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ibama constataram que eles continham materiais altamente tóxicos e nocivos como pilhas, sacos de supermercado, seringas usadas, embalagens de preservativos e cartelas com medicamentos vencidos, além de latas e de vidros com resíduos de alimentos, fraldas descartáveis usadas e restos de travesseiros. Também foram descobertos 25 contêineres no porto de Santos e oito em Caxias do Sul (RS).



Um dos contêineres encontrado em Rio Grande apresentava brinquedos quebrados com bilhetes recomendando a distribuição para "crianças pobres do Brasil" e advertência para a necessidade de serem lavados antes de serem entregues. Era dia 25 de junho de 2009 quando a Revista Conexão Marítima fez a denúncia para o mundo. Exatamente hoje, essa inacreditável história, que correu o mundo, completa um ano. Lembro que o assunto não ganhou muito espaço na grande mídia nacional devido à morte do cantor Michael Jackson a qual ocupou as páginas dos importantes jornais e redes de televisão.


Na Europa e nos Estados Unidos, a denúncia ganhou manchetes nas grandes publicações. Isso me faz lembrar de um ditado popular: “Ao povo, pão e circo”. Com o grande circo armado na morte do Rei do Pop, muitos esqueceram problemas graves e acontecimentos importantes como a reunião da Cúpula da G8, a crise no Senado e o caso do lixo europeu desembarcado nos portos brasileiros, que é uma grave situação.

A primeira providência tomada pelas autoridades federais, após tal interceptação. foi notificar a transportadora e autuar a empresa brasileira responsável pela importação, aplicando-lhe multa de R$ 155 mil e fixando o prazo de dez dias para que devolvesse a carga ao país de origem. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal (PF) determinou a abertura de investigação para apurar se as empresas brasileiras envolvidas nesse tipo de operação comercial faziam parte de uma quadrilha internacional especializada em exportação de lixo. Simultaneamente, o Ministério Público Federal (MPF) exigiu que o Itamaraty intercedesse junto à chancelaria do Reino Unido para identificar as empresas britânicas que têm exportado lixo doméstico para o Brasil.


A ação foi rápida. Prisões foram efetuadas na Inglaterra, país onde foi embarcado o lixo. No dia primeiro de agosto, o navio MSC Oriane deixava o porto gaúcho com a sujeira enviada pelos europeus. No dia 21 do mesmo mês, o Oriane atracava no porto de Felixstowe, na Grã-Bretanha. Diante da gravidade do problema que colocou em risco a saúde da população e desmoralizou a legislação brasileira de proteção ambiental, é preciso, além das medidas que foram tomadas após muita pressão, atuação mais firme do Itamaraty.




A importação de lixo doméstico vai além de um entrave legal e policial. São necessárias leis mais rigorosas para que essa inacreditável história não se repita. Dessa vez, o “presente de grego” não foi aceito, e, por um instante, o Planeta respirou aliviado.


Foto de Guga VW
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terça-feira, 22 de junho de 2010

Envisat II


Estas imagens do satélite Envisat, da ESA, mostram o petróleo que está sendo derramado no Golfo do México, depois da explosão e afundamento de uma plataforma de petróleo, próximo a costa do Louisiana e do Mississipi, EUA. O desastre aconteceu em 22 de abril de 2010.O Envisat captou estas imagens com o seu Radar Avançado de Abertura Sintética (em preto e branco) e com o seu Espectômetro de Imagens de Média Resolução (MERIS – Medium Resolution Imaging Spectrometer), em 26 de abril, às 15h58m UTC e em 25 de abril, às 16h28m UTC, respectivamente.
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O satélite Envisat da ESA revela imagens dramáticas do derrame de óleo no Golfo do México


O satélite Envisat da ESA está ajudando a monitorar o derrame no Golfo do México. Imagem capturada pelo dispositivo MERIS do Envisat em 25 de abril de 2010, 16h28m UTC. A mancha é visível nas imagens de radar em preto e branco, em cinzento escuro embaixo, à direita, enquanto que na imagem na luz visível aparece em branco. O Delta do Mississipi aparece no canto esquerdo e a Reserva Nacional de Vida Selvagem do Delta extende-se até ao Golfo.Crédito: ESA/Envisat
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Os Lobos do Mar

No dia 23 de junho será comemorado em todo o país o Dia Nacional do Agente Marítimo, os verdadeiros lobos do mar.A data foi instituída através da Lei nº 11.791, de 02 de outubro de 2008, resultado de pleito formulado pela FENAMAR – Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima, representando o anseio de toda a Categoria Econômica do Agente de Navegação Marítima do Brasil.

Para celebrar o Dia Nacional do Agente Marítimo, os 13 sindicatos estaduais filiados à FENAMAR, representando a categoria de sul a norte do país, realizarão solenidades cívicas e sociais, com a presença de representantes das Capitanias dos Portos dos respectivos estados e demais autoridades.

Agente Marítimo

O Agente Marítimo é o elo indispensável na cadeia de comunicação entre o Armador e os diversos personagens que interagem com o navio quando este chega ao porto, antes mesmo de estar atracado.

As diversas autoridades governamentais e portuárias, por sua vez, contam com o apoio dos Agentes Marítimos para o cumprimento das leis, normas e regulamentações das atividades do comércio exterior do nosso país.

A atividade do Agente Marítimo é dinâmica, considerando-se que cerca de 95% de toda Exportação e Importação do Brasil é realizada por via marítima.
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Sinalização europeia para o porto gaúcho


A preocupação com a sinalização náutica do Porto do Rio Grande devido à aproximação do estabelecimento do novo calado, que deverá atingir 47 pés, foi sanada pelo superintendente do porto rio-grandino, Jayme Ramis, durante reunião do Conselho de Autoridade Portuária de Rio Grande (CAP/RG), na manhã de terça-feira (22).


Na ocasião, Ramis apresentou o projeto para implantação do novo sistema de monitoramento de tráfego marítimo do porto gaúcho, conhecido como VTMS. O Sistema, que é utilizado por portos da Europa, como o de Barcelona e Roterdã, contará com investimentos do Governo do Estado de aproximadamente R$ 25 milhões.


De acordo com o projeto serão implantadas 18 bóias de sinalização náutica inteligentes, que reforçarão o sistema de sinalização náutica já existente. A diferença é que a novas bóias possuem sensores inteligentes e são monitoradas por radar, integradas por radiofrequência GSM e interligadas a diversas estações estrategicamente posicionadas ao longo dos canais e bacias de evolução a serem monitorados.


Com o sistema, o primeiro a ser implantado no Brasil e que servirá de referência para os demais portos nacionais, será possível obter informações sobre condições de vento, correntes, ondas, localização das bóias, entre outras que ainda poderão ser utilizadas no monitoramento ambiental. As bóias, que possuem alcance de 35 milhas náuticas, emitirão informações que poderão ser acessadas pela Internet. Além disso, o sistema será integrado às câmeras de segurança e ao Sistema Porto, sendo as imagens também disponibilizadas pela Internet em tempo real.


Para o funcionamento do novo sistema será instalado um radar na torre localizada ao lado do Tecon Rio Grande, onde estão instalados os cabos que levam energia elétrica para o município de São José do Norte e que serão substituídos por cabos subaquáticos. Além disso, será instalada uma torre de controle na parte superior do prédio do antigo frigorífico João Mascarenhas, no Porto Novo.


A previsão é que em julho seja licitada a contratação dos serviços devendo o sistema estar implantado em 180 dias após assinatura do contrato. “Com isso, na próxima safra de grão já estaremos com nova sinalização e um excelente calado, garantindo maior segurança ao usuário do porto rio-grandino”, salientou Ramis.
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Artigo: A Importância do Agenciamento Marítimo, por Richard Grantham


Existe circulando no meio do agenciamento marítimo uma poesia intitulada “CALL THE AGENT” retratando os chamados “bons tempos” de nossa atividade, e com um considerável humor .

Dizem estes versos que qualquer problema que exista a bordo de uma navio, desde um encalhe, problemas de falhas dos rebocadores, passando por problemas de embarque da carga, problemas com estiva, problemas com a tripulação, com atendimento médico e até levar o comandante para boates, que ele chamasse o agente para resolver, mesmo que este fosse parecido com uma ferramenta fora de uso. O comandante deveria sempre ficar calmo, mas o agente... coitado!!


Esta época , tida como romântica e que durou muitos anos , já se foi há muito tempo!!!

Talvez tenham terminado lá pelos anos 60.

Mesmo assim, ainda hoje, existem pessoas que acreditam que o Agenciamento Marítimo é uma atividade meio improvisada e que suas funções são simples e de fácil execução, o que não só representa um erro, como trás conseqüências desastrosas para os verdadeiros profissionais da área que desta forma são obrigados a competir com aventureiros. Neste sentido, é mister apresentar a verdadeira imagem desses profissionais e a importância da Agência Marítima no contexto do comercio internacional brasileiro, suas potencialidades e riscos.

O “negócio”de agenciamento marítimo, hoje internacionalmente chamado de “industria”, nas últimas décadas vem sofrendo mutações profundas, e exigindo investimentos de vulto, seja em harwares e softwares para que possam acompanhar o desenvolvimento tecnológico da comunicação, do envio de dados, de documentos como também no treinamento e aperfeiçoamento de colaboradores.

Aliás, este último talvez seja o maior custo de investimento que um agência marítima deva ter. Como não existem muitas “escolas” para a preparação de pessoas, e a agência acaba arcando com os custos de treinamento por vários anos. Invariavelmente são funcionários que vem de baixo e que ao longo dos anos vão se aprimorando na atividade a galgando postos melhores dentro da organização. Depois deste aprimoramento, a empresa ainda asssume as despesas de retenção destes talentos, já que é uma área cujo emprego é disputado, justamente pela falta de qualificação do pessoal.

Além disso é uma atividade que funciona 24 horas por dia e 7 dias por semana, pois lida muito com o fuso horário e bem pouco são aqueles que suportam este regime de trabalho.

Além da responsabilidade que o agente marítimo tem junto aos seus principais, armadores, representado-os e cuidando os seus navios ele ainda tem a responsabilidade de manter os clientes importadores e exportadores , ou seja manter o foco dos seus negócios no foco dos seus clientes.

Não raras as vezes o agente fica dividido, já nem sempre o interesse do seu principal, naquele momento, é o mesmo interesse do seu cliente exportador ou importador, e aí é necessário um exercício amplo de diplomacia, e o resultado deve satisfazer a todos..

A exemplo do comercio internacional, nos últimos anos houve muitas mudanças neste mercado e uma dessas principais mudanças nas últimas décadas no transporte marítimo foi a adequação dos navios conforme o tipo de carga que transportam (a primeira foi a construção de navios tanque para o transporte de líquidos e uma das últimas, e de maior impacto foi a construção de navios porta-containers, no final de 1950) e estas mudanças, obviamente, também causaram alterações na atividade do agenciamento marítimo: a especialização das agências .

Hoje existem agencias que se dedicam ao atendimento de navios chamados de LINERS que representam navios pertencentes a armadores de linhas que escalam regularmente e em intervalos iguais a portos pré determinados e TRAMPS, aqueles que agenciam navios que escalam portos dependendo da oferta de cargas.

Os chamados agentes LINERS ainda podem ser PORT AGENT (que atendem os navios nos portos) e COMERCIAL AGENTS , aqueles que atuam como vendedores dos espaços dos navios – vendendo fretes.

Estes últimos vem ultimamente sofrendo por sua eficiência, já que invariavelmente abrem o mercado para os seus representados , e estes, depois de conquistarem os clientes através de alguma agência, abrem seus próprios escritórios de representação, e até escritórios portuários, alijando as empresas locais e que investiram anos nos seus negócios .

Alguns agentes liners, ainda assumem a responsabilidade de gerenciar os fundos dos armadores no país, respondendo perante o controle cambial do Banco Central pelo recebimento e remessa de fundos, oriundo de fretes.

São nos agentes também responsáveis pela entrega das mercadorias importadas mediante a apresentação de documentos oficiais (conhecimentos de carga) , recebimento de fretes e de taxas. Até a pouco tempo atrás, antes da implantação do programa eletronico “mercante”, as agências ainda eram responsáveis pelo recolhimento do fundo de renovação de marinha mercante e respondiam solidariamente por qualquer erro ou omissão do recolhimento destas taxas.

Os agentes tramps, atuam quase como BROKERS, já que trabalham no mercado buscando cargas eventuais e aproximando armadores destes mercados ou como representantes de grandes traders de commodities (como soja, trigo açúcar).

Eles atuam também como uma rede de informações internacionais de mercado, pois possuem correspondentes em várias partes do mundo, e através destes contatos ficam sabendo das ofertas de cargas dos vários mercados e repassam estas informações a potenciais clientes , sejam armadores de navios ou importadores ou exportadores, conforme o caso, atuando como facilitadores de negócios.

Por isso em ambas as chamadas “especialidades” os agentes marítimos precisam estar sempre muito bem informados sobre o mercado que os cerca.

É preciso também manter um estreito e permanente contato com as autoridades que atuam na sua área, como as administrações portuárias, autoridades marítimas etc.. Qualquer desconhecimento da legislação em vigor ou qualquer informação mal interpretada pelo agente marítimo, poderá causar prejuízos irreparáveis, para si ou para os seus principais.

Este conhecimento detalhado do funcionamento do porto poderá influir decisivamente na eficiência da operação portuária e cabe exclusivamente ao agente marítimo colher, analisar e transmitir essas informações aos principais atores do processo.

O agente deve estar apto também a Interpretar uma informação recebida de um operador portuário quanto a operação de descarga ou embarque de mercadorias e aprovar ou não ações tomadas pelo operador portuário, recomendando mudanças, caso estas beneficiem ao seu armador.
O agente poderá sugerir medidas de eficiência aos seus principais para que este possam também gerenciar melhor os custos da escala de determinados navios em determinados portos, como por exemplo: se o navio não irá atracar no dia previsto da chegada e dependendo do nível de ocupação dos berços, o agente poderá sugerir que o navio diminua a marcha, economizando combustível.

Ou ao contrário: sugerir que aumente a velocidade para que possa tomar o berço de atracação logo que possível e evitar vários dias de espera a custos astronômicos aos seus principais e assim por diante.

Cabe também a esta atividade atuar, através do seu Sindicato de classe na negociação de várias tarifas de prestadores de serviços , todas com influência direta nos custos de escala dos navios.

Apesar de todo este envolvimento e responsabilidade o agente maritimo, oficialmente, não tem assento no Conselho de Autoridade Portuária, criado pelo lei 8.630/93, órgão regulador da atividade portuária, onde são discutidos os vários temas que influenciam sobremaneira o funcionamento dos portos e que poderão resultar em medidas de eficiência e redução de custos.

Apesar disto, mas considerando que nenhuma mercadoria é importada ou exportada sobre águas, sem ter que se submeter ao controle dos armadores dos navios e por consequencia pelo agente maritimo e considerando que as estatísticas demonstram que 90 % do mercado internacional Brasileiro é feito através de água, pode-se dizer que somente este ano, até julho, passaram por aproximadamente 500 agencias marítimas Brasileiras U$D 136.150 bilhões em mercadorias, gerando bilhões de dólares em recolhimento de fundo de marinha mercante e outras tantas taxas.

Em Rio Grande existem estabelecidas 35 agencias marítimas que atenderam em 2009 aproximadamente 1.900 navios gerando entrada de divisas e renda. A maioria destas empresas mantém escritórios comerciais em Porto Alegre, fazendo com que a Capital ainda tenha escritórios trabalhando comercialmente para os portos, seja de Rio Grande ou proximidades.


Estas empresas mantém aproximadamente 1.000 empregos diretos e centenas de empregos indiretos, desde fornecedores de mão de obra avulsa, operadores portuários, funcionários portuários, despachantes aduaneiros, empresas de rebocadores, empresas de lanchas, fornecedores de viveres, práticos etc.

Os agentes marítimos através de suas atividades e sua interação com as facilidades que o porto do Rio Grande oferece, com seus terminais, retro-áreas e canais de acesso privilegiados, garantem que o Estado do Rio Grande do Sul mantenha uma posição invejável no ranking exportador nacional.

Ao longo dos anos e acompanhando as tendência de mercado, através da consolidação de cargas com maior valor agregado, vários agentes marítimos diversificaram as atividades e investiram no transporte rodoviário das pontas (interior/porto ou vice e versa), investiram em terminais retro-portuários, terminais portuários, armazenagem de cargas e estações aduaneiras e nvoccs (armadores sem navios e que transportam cargas fracionadas e consolidadas em navios de terceiros).

Outros agentes vislumbrando o aumento do tamanho dos navios e a conseqüente necessidade de adequação dos equipamentos portuários e de aumento de calado dos portos, investiram em rebocagem e lanchas de apoio portuário e em dragagem, sendo também facilitadores para a manutenção da infra-estrutura portuária junto ao poder público. De uma forma ou de outra, estes agentes continuam aumentando a suas participações no comercio exterior brasileiro e patrocinando maior número de empregos, recolhendo mais impostos.
A atividade embora interessante, tem muitos riscos. A responsabilidade é objetiva, ou seja, este profissional responde perante a justiça independentemente de ter agido com dolo ou culpa. Basta que exista um nexo de causalidade entre a ação, ou omissão, ou o dano.

O agente marítimo, legalmente reconhecido como possuidor de uma mandato mercantil (ou seja mandatário dos seus principais) é cercado por leis que lhes impinge responsabilidades maiores que a sua condição legal o permite.

Por exemplo:
Se um determinado navio descarrega tonelagem a menos do que a declarada no manifesto de carga (que não foi nem carregada, nem transportada e tampouco descarregada por este agente) é este que é responsabilizado pela falta perante as autoridades fiscais.

Se um navio chega ao porto infectado por algum inseto, mesmo o agente não tendo nenhum gerenciamento sobre o navio (sem mesmo as vezes nunca ter ido a bordo antes daquela escala) corre o o risco de lhe ser imputada a multa por parte das autoridades sanitárias.

E o mais interessante, o agente toma a si estes riscos numa condição de excepcional insegurança pois na maioria dos casos, as contratações destes agentes marítimos ainda é feita na base do fio do bigode, sem a formalização de nenhum contrato de prestação de serviços.

É tudo feito com base nas tradições de mercado internacional.

E isto acontece de ambos os lados. Do armador e do agente marítimo.

Importante, salientar ainda sobre os riscos assumidos pelo agente maritimo, a despeito das raras disposições neste sentido, inseridas no Código Comercial, e que datam de 1850!!!!, presenciamos com extrema preocupação, na tendência dos tribunais brasileiros , por entenderem mais fácil ou mais benéfico aos interesses dos órgãos públicos, em acolher a responsabilização do agente marítimo, que por obrigação legal deve ser empresa brasileira, do que a condenação direta dos armadores, nem sempre pessoas jurídicas, e tradicionalmente estrangeiros, efetivos responsáveis pela maciça ocorrência de descumprimento de normas legais.

Infelizmente parece que é mais fácil cobrar e responsabilizar uma empresa brasileira, com endereço conhecido, sócios identificáveis do que um mau pagador estrangeiro, sem domicílio fixo, não raramente com sede em paraísos fiscais, e por estas razões, inalcançáveis pelas normas de direito convencional. Nestes casos, o agente de navegação tem que se socorrer do direito internacional, através de grandes corporações internacionais, com custos elevadíssimos e evidentemente com maiores riscos .

Mesmo assumindo estes riscos é fundamental que este agente se mantenha financeiramente saudável. Caso contrário ele ficará fora do mercado.

Por isso a atividade, ao longo dos anos, criou alguns mecanismos de proteção através de alguns órgãos.

Alguns que cuidam das informações financeiras mantendo cadastros de armadores e agentes e emitindo regularmente “black lists” e que previnem os maus negócios e outros que cuidam do negócio de forma institucional.

No Brasil as agências são congregadas através dos seus órgãos de classe locais. Aqui na região temos o SINDANAVE e o CENTRONAVE e que são congregados nacionalmente pela FENAMAR e CNNT respectivamente.

Internacionalmente os assuntos de ordem legal são conduzidos pelo BIMCO (Baltic Exchange) .

Os de ordem institucional da categoria é a FONASBA, ambas sediadas em Londres da Inglaterra.

Este último é um órgão consultivo internacional, fundado em 1969 e que congrega as federações nacionais das Agências Marítimas e vem cada vez mais trabalhando em benefício da regulamentação da profissão e protegendo-a junto aos organismos internacionais.

Com todo este envolvimento, o agente marítimo é sem dúvida, uma ferramenta cada vez mais importante no comercio exterior de uma nação.

Qualquer informação mal dada, qualquer tarifa mal interpretada ou mal negociada pode causar prejuízos incalculáveis aos armadores de navios , aos portos e por via de conseqüência ao comercio internacional, pois qualquer aumento de preço no custo de transporte , o reflexo imediato é o aumento dos fretes que obviamente são repassados aos importadores e exportadores e estes vão ficando cada vez menos competitivos dentro do mercado que atuam.
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Funcionários da limpeza da Deepwater Horizon apresentam problemas de saúde


Nesta foto da Associated Press de 1º de junho de 2010, funcionários recolhem o petróleo que chegou à costa depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon em Fourchon Beach, Port Fourchon, Lousiana. Alguns estudos analisaram efeitos de longo prazo sobre a saúde após a exposição ao petróleo. Mas alguns dos funcionários que trabalharam nas praias, pântanos e águas da costa do Golfo reclamaram de sintomas parecidos com os da gripe, uma queixa similar à apresentada pelas equipes que trabalharam no vazamento do Exxon Valdez em 1989, no Alasca. (Foto: Patrick Semansky/Arquivo AP).
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Um mar de óleo


Uma ave sobrevoa uma mancha de petróleo no Golfo do México, perto da Ilha East Grand Terre, costa da Louisiana. Quinta, 3 de junho de 2010. (Foto: Charlie Riedel/AP).
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Resgatistas tentam capturar e limpar pelicanos sujos de óleo


Um pelicano-pardo embebido em óleo é resgatado na Baía de Barataria, perto da costa da Louisiana. A ave foi atingida pelo derramamento de petróleo da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México. Sexta, 4 de junho 2010 (Foto: Charlie Riedel/AP).
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Um pelicano-pardo envolto em óleo luta para esticar as asas



Um pelicano-pardo envolto em óleo em uma praia da Ilha East Grand Terrem, costa da Louisiana. O petróleo que vazou da plataforma Deepwater Horizon está afetando animais selvagens em todo o Golfo do México. Quinta, 3 de junho de 2010. (Foto: Charlie Riedel/AP).
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Ave presa sob uma camada de óleo


Uma ave atolada em óleo na praia da Ilha East Grand Terre, na costa da Lousiana. O petróleo que vazou da plataforma Deepwater Horizon está afetando animais selvagens em todo o Golfo do México. Quinta, 3 de junho 2010. (Foto: Charlie Riedel/AP).
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Trabalhadores removem petróleo que chegou à costa


Trabalhadores usam mantas absorventes para remover o petróleo que chegou à costa devido ao derramamento na plataforma Deepwater Horizon. Domingo, 6 de junho de 2010, Grand Isle, Lousiana. (Foto: Eric Gay/AP).
Créditos: Eric Gay/AP
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Redemoinho de petróleo nas correntes do Golfo do México


O petróleo que vaza da plataforma Deep Horizon gira em redemoinhos através das correntes do Golfo do México. A BP tentará lançar uma cúpula de contenção sobre o vazamento principal, em um esforço para estancar o fluxo de óleo cru. Quinta, 6 de maio de 2010. (Foto: Dave Martin/AP).
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Petróleo: os animais e as consequências


O Discovery Channel,em seu site, fez uma bela retrospectiva de imagens desde o acidente com a plataforma da BP em abril. Publicamos o belo trabalho jornalístico, que mostra a gravidade do acidente.


Esta foto de 21 de abril de 2010 (Associated Press) mostra manchas de óleo no Golfo do México, mais de 80 quilômetros a sudeste de Venice, na Louisiana, durante o incêndio da plataforma de petróleo Deepwater Horizon. Os Estados Unidos não obtiveram respostas com a rapidez necessária sobre o acidente no Golfo do México. O que exatamente deu errado? Quem foi o responsável? Qual a quantidade exata de petróleo que está sendo derramada no Golfo? Ele pode chegar à Flórida e atingir até a costa do Atlântico? Quais seriam as consequências econômicas e ambientais? (Foto: Gerald Herbert/Arquivo AP).
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Casa Branca: folga do diretor-geral da BP foi erro grave


O chefe de gabinete da Casa Branca, Rahm Emmanuel, afirmou que o diretor-geral da British Petroleum, Tony Hayward (foto), cometeu um grave erro ao tirar um dia de folga em plena crise causada pela maré negra para assitir a uma regata de luxo na ilha de Wight, Grã-Bretanha.



"Isso faz parte de uma longa série de erros de comunicação", assinalou Emmanuel em uma entrevista à ABC."Creio todos podemos concluir que Tony Hayward não começará uma segunda carreira numa consultoria de relações públicas", ironizou o alto funcionário americano. "É um grave erro", insistiu.


Autor de várias gafes envolvendo a catástrofe ambiental, Hayward declarou, entre outras coisas, que "não há ninguém que queira mais que tudo isso acabe; quero recuperar minha vida".


Hayward tirou um dia de folga no sábado para assistir a uma corrida de iates na ilha de Wight, na companhia de sua família.
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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Programação de Aniversário

A ONG Parceiros Voluntários realizou uma extensa programação para comemorar os 10 anos. Veja abaixo:


1º) Oficina para o coordenador da OSC e para os voluntários


Data: 25/06 a Tarde – Oficina Coordenadores

30/06 pela Manhã – Oficina Voluntários

Local: Câmara de comércio – 1º Andar


Horário: Tarde – 16hs30min
Manhã – 10hs





2º) Feira de exposição das OSC’s e das tribos



Data:07/07

Local: Câmara de comércio – 1º Andar

Horário: 9hs às 17hs




3º) Tribos e Técnicos de enfermagem, enfermeiros


Data: 24/07

Local: Largo Dr. Pio, em frente à Catedral São Pedro

Horário: 9hs ao 12:00 e da 13hs30min às 16hs





4º) Curso para Educadores

Data: 06/08, 07/08, 20/08, 21/08

Local: Câmara de comércio

Horário: 8hs30min, término a combinar




5º) Participação na FEARG

Data: 29 de Julho a 15 de Agosto


Local: FEARG – Centro Municipal de Eventos

Horário: A combinar




6º) Campanha de arrecadação de livros


Setembro para Outubro

Divulgação na mídia




7º) Coquetel em comemoração 10 anos PV – Rio Grande OSC’s e Voluntários


Data: 10 de Setembro

Local:Câmara de comércio

Horário: 18hs




8º) Comemoração ao Dia das Crianças


Data:09 de Outubro

Local: Largo Dr. Pio

Catedral São Pedro

Horário: 10hs às 15hs
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Parceiros Voluntários comemora 10 anos


A unidade da ONG Parceiros Voluntários de Rio Grande iniciou suas atividades em Setembro/2000 e neste ano completa 10 anos. A ONG funciona no Edifício da Câmara do Comércio do Rio Grande, entidade que é a grande apoiadora cedendo o local,telefone, e computador. O Tecon é a única empresa mantenedora que apóia a ONG . A falta de apoio dificulta e restringe em muito as ações da ONG.
Mas qualquer empresa pode ser um mantenedor com o valor que lhe for conveniente. Miriam Ferreira Silveira é a coordenadora da Unidade Rio Grande. Contatos podem ser feitos pelo telefone (53) 32312399 – Ramal 28
ou pelo email: pvriogrande@camaradecomercio.com.br.No Rio Grande do Sul são cerca de 232.395 voluntários. Essas pessoas integram uma rede de 77 unidades distribuídas no Estado.











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Revista Conexão Marítima destaca Polo Naval gaúcho



A Revista Conexão Marítima(http://www.conexaomaritima.com.br/), em sua edição 63, já está circulando. A Revista está sediada na cidade gaúcha de Rio Grande, circula nacionalmente e em países da Europa, como Alemanha, Bélgica e Holanda.Os temas da edição 63 são os seguintes:

CAPA: A LAMA QUE GERA ENERGIA.
ENTREVISTA: GERSON DE MELLO ALMADA, VICE-PRESIDENTE DA ENGEVIX.
NAVEGAÇÃO: O SUL INVESTE NAS HIDROVIAS.
A TODO VAPOR: REPORTAGEM SOBRE A INDÚSTRIA NAVAL.NO NORDESTE, EM SUAPE, ESTÃO SENDO CONSTRUÍDOS OS GRANDES NAVIOS E NO SUL, EM RIO GRANDE, OS CASCOS E PLATAFORMAS.
A Conexão Marítima está preparando um especial sobre o Polo Naval Gaucho que fará parte da edição 64. Mas informações podem ser obtidas pelos telefones (53) 3231 5784 ou 3035 4004.
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Em formato de navio


Quando estive em fevereiro deste ano na Bélgica, tive oprtunidade de conhecer o projeto da nova Sede da Autoridade Portuária de Antuérpia, que será “um edifício icónico, visível de múltiplas direções”, e um símbolo de um dos maiores portos do mundo e do desenvolvimento economico de Flandres.


De autoria de Zaha Hadid, que venceu o concurso internacional, a proposta utiliza um conceito muito forte , o de um edifício em forma de barco/navio (foto) que assenta sobre a estrutura existente da Central de Bombeiros do Porto. Com um total de 46 metros de altura (o equivalente a 15 pisos), assente em três grandes pilares e revestido de triângulos de vidro, o novo edifício é uma evocação da história e tradição do porto.
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Prédio moderno


A estrutura atual em formato de caixa terá sua parte interna removida para se criar um pátio interno, com ventilação e iluminação natural. Ao todo serão cinco pavimentos que receberão janelas e painéis de vidro para as partes externas, contemplando a vista do Porto Novo e da lagoa dos Patos. Na a área interna de pátio, onde será instalado um jardim, os andares superiores receberão passarelas.


No primeiro pavimento ficarão os acessos ao prédio, espaços de uso comum, serviços e comércio, tais como: banheiros, auditório, restaurante, bancos, entre outros. Já o segundo e terceiro pavimentos serão destinados a locação de salas para empresas do ramo portuário. No quarto pavimento ficará a sede da Suprg. No quinto andar, com acesso restrito ao público, ficará a torre de comando do porto e o Centro de Processamento de Dados (CPD).


Todo o prédio contará com tecnologia de ponta, minimizando o gasto com recursos naturais, com água, luz e sistemas de ar-condicionado. Além disso, será instalado um estacionamento subterrâneo para veículos.

A próxima etapa será a abertura de um processo licitatório para a contratação de empresa para a realização do projeto executivo. Finalizada esta etapa será licitada a obra.
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Projeto para novo prédio administrativo do Porto gaúcho


As novas instalações estão sendo projetadas para funcionarem no edifício do antigo Frigorífico João Mascarenhas, no interior do Porto Novo. A superestrutura desativada nos anos 90, que hoje é utilizada como depósito, passará por uma reciclagem.


O projeto foi criado pelas arquitetas Bianca Figurelli, Francelli Miletho e Graziele Becker, do escritório Irmãs de Criação Arquitetura, de Porto Alegre. A idéia é preservar a estrutura existente, realizando adequações, para tornar o local um centro administrativo funcional, onde abrigará, além da sede do porto rio-grandino, escritórios de empresas ligadas a área portuária, como agências marítimas, despachantes aduaneiros, empresas de rebocadores, operadores portuários, sindicatos, entre outros.


De acordo com o superintendente do Porto do Rio Grande, Jayme Ramis, é preciso pensar em uma nova sede para o porto que seja mais funcional, tendo em vista o grande crescimento nesta área. “Necessitamos de um local que englobe vários agentes ligados a atividade portuária, minimizando tempo e deslocamento”, salientou Ramis.
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terça-feira, 1 de junho de 2010

Empregos e mão de obra


O prefeito de Rio Grande, Fábio Branco (foto),acredita que os investimentos no polo naval vão criar 15 mil empregos diretos e 35 mil indiretos no período entre 2005 e 2015. Somente em 2010 devem ser oferecidas 5 mil novas vagas, inclusive para áreas de hotelaria, alimentação, lazer, transporte e indústria do vestuário.A área industrial demanda soldadores, caldeireiros, encanadores, montadores, ajustadores, eletricistas, pedreiros e carpinteiros, outros segmentos também procuram trabalhadores.


Nos últimos três anos, a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) criou seis novos cursos de engenharia, enquanto o Ministério do Trabalho, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social e a prefeitura passaram a oferecer cursos de qualificação técnica básica.
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Investimentos bilionários


A onda de crescimento começou com a Petrobras. A estatal encomendou as plataformas P-53, já concluída, P-55, em construção, e P-63, a ser iniciada em breve, a consórcios privados, e a construção de oito cascos de navio FPSO ao grupo Engevix, a ser feita no Estaleiro Rio Grande 1, que o grupo W Torre construiu.


Agora, segundo a Secretaria Estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), 30 empresas já estão instaladas na área; sete estão construindo plantas; e outras 22 apresentaram projetos para se instalar. São empresas de fertilizantes, logística, alimentos, madeira, química e, agora, metalúrgicas.São investimentos que chegam a R$ 14 bilhões.
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Entrevista Jefferson Puccinelli, diretor da Metalúrgica Profab


Quais os investimentos que estão sendo realizados pela Profab?


Jefferson Puccinelli: Estamos ampliando a parte industrial em uma primeira etapa. Começamos com um pavilhão de 600 m2, temos outro pavilhão com a mesma medida. No prazo de dois meses estaremos concluindo a primeira fase da ampliação que é um pavilhão de 1.692 m2, que será duplicado conforme a demanda. Vamos ficar com uma área de 2.600 m2.

Nessa primeira ampliação, vamos contemplar uma ponte rolante que foi comprada com recursos do BNDES e para atender todo o pavilhão, e juntamente com essa ponte, acreditamos que seremos referência na região em termos de equipamento. Compramos na Feira da Mecânica realizada em São Paulo, quatro equipamentos com controle numérico para corte, dobra e calandragem de chapa. Teremos com isso um ganho na produtividade e qualidade.

A Profab também está ampliando a sua área?


Puccinelli: Compramos a parte dos fundos, para estocagem a céu aberto e expedição. Uma área de 10 mil m2. Hoje temos 200 funcionários e pretendemos contratar mais duas equipes de 15 funcionários, que vai atender uma demanda da obra que realizamos em Candiota, onde estamos realizando uma tubulação de 8 mil m2.

Como a empresa está acompanhando o desenvolvimento do Polo Naval?


Puccinelli: Estamos tendo uma grande oportunidade de aprendizado, neste segmento, e para isso estamos investindo recursos para colher informações técnicas que possibilitem adequações neste sentido. Estamos contratando um profissional da área naval que vai nos assessorar. Estamos nos adequando as necessidades deste setor. Tínhamos uma cultura na região de trabalhar para as indústrias locais, sem demérito algum , mas as exigências eram menores.

Na área naval, principalmente na questão de controle dimensional, e de soldas e testes, as exigências são enormes. Hoje, soldadores para essa área, temos que buscar em outras regiões. Como alternativa, decidimos formar a nossa mão de obra.

E a mão de obra, é escassa na região?


Puccinelli: Estamos buscando profissionais de escolas técnicas da região, e investindo na qualificação desse pessoal. Criamos um Centro de Treinamento para soldadores, contratamos um consultor externo, que vai orientar esses funcionários. Depois de certificados pelo Bureau Veritas Certification( BV), teremos então a primeira turma de soldadores aptos a atender a demanda do Polo Naval, e o mais importante: qualificados dentro da empresa.
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Profab II


A Profab também fornece produtos fabricados em Rio Grande para as Usinas Termoelétricas Global I e Global II em Candeias, na Bahia e está substituindo o sistema de geração de emergência do Edifício Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. A empresa conta hoje com uma área de 20.000m2. Devido à alta procura por profissionais, a Profab adotou a política de treinar e qualificar os próprios técnicos. Testes são realizados com eles para avaliação da capacidade de cada um.
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Profab e o Polo Naval


Inaugurada em 2007, a metalúrgica Profab foi umas das primeiras a se instalar em Rio Grande. A empresa produzia peças de caldeiraria, tubulações e estruturas metálicas. Participei em 2007 da inauguração da Profab no Distrito Industrial de Rio Grande. A metalúrgica começou com quatro funcionários; hoje, tem cerca de 200. Visitei as dependências da empresa e fui recebido pelo diretor, o engenheiro Jefferson Puccinelli. É impressionante o crescimento que a empresa teve em três anos, impulsionado pelo Polo Naval.
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ORION II

Segundo Carlos Fernandez, com a integração das duas agências, o número de escalas anuais atendidas deve saltar de 800 para 1.000. Ele informou que as operações serão tanto na exportação quanto na importação, especialmente com fertilizantes e cargas de projeto, mas o forte recai sobre os embarques internacionais de granéis e carga geral.

Com a criação da nova empresa, o Grupo Orion passa a atender aos clientes com dez escritórios próprios: Rio Grande (RS), Porto Alegre (RS), Tramandaí (RS), Imbituba (SC), Itajaí (SC), São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Antonina (PR), Santos (SP) e Vitória (ES), além de prospectar cargas por intermédio de unidades comerciais em outras regiões importantes do País.
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Grupo Orion adquire a Rodos Agência Marítima


Duas tradicionais agências marítimas, a Orion, do Rio Grande (RS), e a Rodos, de Vitória (ES), anunciaram a conclusão das negociações para a unificação da rede de atuação nacional de serviços de agenciamento marítimo e operação portuária.
A Agência Marítima Orion Ltda. adquiriu parte majoritária do capital da Rodos Agência Marítima Ltda., assumindo o controle da nova empresa, que passa a ter o nome de Orion Rodos Marítima e Portuária Ltda.
“Trabalhávamos com a Rodos como subagentes em Vitória (ES) e São Luís (MA). Como já tínhamos esta parceria e havia uma sinergia muito grande entre as pessoas das duas empresas, nos decidimos pela compra e pela manutenção dos dirigentes da Rodos”, afirma o diretor da Orion, Carlos Fernandez.
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