Por que esse local abriga uma colônia de estrelas-do-mar? “Estudamos minuciosamente as condições climáticas e ambientais”, diz Mike Williams, também integrante da expedição. Eis a resposta: a região onde elas se concentram é justamente um dos raros lugares onde a Corrente Circumpolar Antártica sofre um desvio natural – ou seja, as estrelas assim se protegem.
A Corrente Circumpolar é uma espécie de gigantesco rio submarino que conecta os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, circulando em sentido horário em torno do Pólo Sul. Segundo Williams, ela se move através dos desfiladeiros e do pico da cordilheira a uma velocidade de quatro quilômetros por hora e formando uma corrente muito mais forte do que toda a água que flui dos rios de todo o mundo. “É como se esses animais marinhos, para sobreviver, só precisassem estender os braços e capturar os nutrientes que são empurrados pela corrente”, diz ele. “E a força da água ainda os protege dos predadores. Resumindo, ali existe a condição ideal de vida para as estrelas-do-mar.”
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