Prefeito do Rio Grande, Janir Branco, em sua incansável luta para atrair investimentos à cidade, disse em recente entrevista à jornalista Patrícia Lima da Revista Conexão Marítima, que a participação do governo federal tem sido importante para a cidade, mas que os empreendimentos não possuem "um único pai". Leia alguns trechos da entrevista.
Parece que, finalmente, a cidade deu o tão esperado salto de desenvolvimento. Como foi esse processo?
Branco: Todos esses investimentos não têm um único pai. Isso tudo é resultado do somatório de esforços dos governos federal e estadual e da administração municipal. O governo federal instituiu um projeto para que a construção naval e o setor portuário crescessem no país; o Rio Grande do Sul se esforçou para atrair os investimentos e nós soubemos negociar a vida dos consórcios, concedendo os incentivos necessários. Isso prova que a soma das forças é o que possibilita o desenvolvimento.
E agora, qual será o próximo passo?
Branco: Temos alguns grandes desafios para 2008. Um deles é consolidar definitivamente a construção das plataformas P-55 e P-57 em Rio Grande. Mas o grande desafio mesmo, o maior de todos, é a qualificação da mão-de-obra para atuar nessas obras. Queremos que o cidadão de Rio Grande seja o maior beneficiado por todo esse desenvolvimento e crescimento. Para nós não é interessante que a cidade cresça somente com pessoas de fora. Queremos que os dividendos gerados com o trabalho na indústria naval fiquem aqui, circulem na cidade, melhorem a vida dos riograndinos. Mas para isso precisamos de qualificação, para que nossos trabalhadores possam competir igualmente com os que vêm de fora. Já estamos desenvolvendo projetos em conjunto com a Furg, o CTI, o Senai e o Senac, para promover mais cursos, com mais eficiência.
Todo esse planejamento não deveria ter sido feito antes da chegada dos empreendimentos, para que eles encontrassem a mão-de-obra pronta?
Branco: Certamente. O problema é que não esperávamos receber investimentos desse porte. A coisa aconteceu rapidamente. No começo, a expectativa era receber o estaleiro Aker-Promar, que acabou não vindo. Mas, quando tudo parecia perdido, recebemos coisas bem maiores do que o Aker. Hoje estamos montando uma plataforma de extração de petróleo e teremos um dique-seco. Nem nós nem qualquer outro município do país estaria preparado para isso.
Quando os trabalhadores de Rio Grande estiverem prontos, certamente terão prioridade nas vagas abertas. Mas o fato é que atualmente, a população da cidade cresceu em função da indústria naval. Como prover infra-estrutura para todas essas pessoas que chegaram?
Branco: De fato, temos muitas questões para equacionar, como trânsito, educação, habitação e saúde. Para isso, já formamos grupos de trabalho dentro da prefeitura, que estão concentrados para efetivar as soluções o mais rápido possível. E já temos alguns resultados que amenizam o problema. Na área de saúde, por exemplo, estamos investindo na Unidade Pediátrica do Hospital Universitário e construindo três novas unidades do Programa de Saúde da Família, em comunidades mais carentes. Assim, podemos promover a saúde preventiva, sempre mais eficiente. Estudamos as escolas da cidade e decidimos ampliar e reforçar o atendimento de algumas estrategicamente localizadas. O asfaltamento de algumas vias do centro, a colocação de semáforos sincronizados e a recuperação de outras ruas importantes é uma outra medida fundamental. Hoje, Rio Grande tem 62 mil veículos, 30% a mais do que em 2004. Precisamos fazer todo esse trânsito fluir. E, finalmente, o quesito habitação também está recebendo atenção. Já firmamos um convênio com a Caixa Econômica Federal para a construção de mais 300 casas populares, no Bairro Cidade de Águeda, para atender a população de baixa renda. Já as habitações de média e alta renda estão ganhando investimentos privados, com o nosso apoio.
Todo esse bom momento deve se refletir em um orçamento mais gordo em 2008. Isso significa mais dinheiro para ser investido na cidade?
Branco: Sim, teremos um incremento. Em 2007, o orçamento foi de R$ 179 milhões. Já para 2008, o número pula para R$ 185 milhões. Esse resultado positivo tem duas razões. Uma delas é o bom desempenho do PIB do Estado, que cresceu 7,2% em função do setor agrícola. A segunda e principal razão são os novos empreendimentos na cidade, obviamente. Mas a indústria, em si, gera poucos dividendos aos cofres municipais, já que foram concedidos muitos incentivos. No entanto, como o fluxo de pessoas, com mais dinheiro, faz movimentar todos os setores, a economia da cidade cresce e, conseqüentemente, a arrecadação aumenta. E, é claro, mais dinheiro nos cofres da prefeitura significa mais investimento na cidade. É um ciclo virtuoso que se abriu.
Branco: Todos esses investimentos não têm um único pai. Isso tudo é resultado do somatório de esforços dos governos federal e estadual e da administração municipal. O governo federal instituiu um projeto para que a construção naval e o setor portuário crescessem no país; o Rio Grande do Sul se esforçou para atrair os investimentos e nós soubemos negociar a vida dos consórcios, concedendo os incentivos necessários. Isso prova que a soma das forças é o que possibilita o desenvolvimento.
E agora, qual será o próximo passo?
Branco: Temos alguns grandes desafios para 2008. Um deles é consolidar definitivamente a construção das plataformas P-55 e P-57 em Rio Grande. Mas o grande desafio mesmo, o maior de todos, é a qualificação da mão-de-obra para atuar nessas obras. Queremos que o cidadão de Rio Grande seja o maior beneficiado por todo esse desenvolvimento e crescimento. Para nós não é interessante que a cidade cresça somente com pessoas de fora. Queremos que os dividendos gerados com o trabalho na indústria naval fiquem aqui, circulem na cidade, melhorem a vida dos riograndinos. Mas para isso precisamos de qualificação, para que nossos trabalhadores possam competir igualmente com os que vêm de fora. Já estamos desenvolvendo projetos em conjunto com a Furg, o CTI, o Senai e o Senac, para promover mais cursos, com mais eficiência.
Todo esse planejamento não deveria ter sido feito antes da chegada dos empreendimentos, para que eles encontrassem a mão-de-obra pronta?
Branco: Certamente. O problema é que não esperávamos receber investimentos desse porte. A coisa aconteceu rapidamente. No começo, a expectativa era receber o estaleiro Aker-Promar, que acabou não vindo. Mas, quando tudo parecia perdido, recebemos coisas bem maiores do que o Aker. Hoje estamos montando uma plataforma de extração de petróleo e teremos um dique-seco. Nem nós nem qualquer outro município do país estaria preparado para isso.
Quando os trabalhadores de Rio Grande estiverem prontos, certamente terão prioridade nas vagas abertas. Mas o fato é que atualmente, a população da cidade cresceu em função da indústria naval. Como prover infra-estrutura para todas essas pessoas que chegaram?
Branco: De fato, temos muitas questões para equacionar, como trânsito, educação, habitação e saúde. Para isso, já formamos grupos de trabalho dentro da prefeitura, que estão concentrados para efetivar as soluções o mais rápido possível. E já temos alguns resultados que amenizam o problema. Na área de saúde, por exemplo, estamos investindo na Unidade Pediátrica do Hospital Universitário e construindo três novas unidades do Programa de Saúde da Família, em comunidades mais carentes. Assim, podemos promover a saúde preventiva, sempre mais eficiente. Estudamos as escolas da cidade e decidimos ampliar e reforçar o atendimento de algumas estrategicamente localizadas. O asfaltamento de algumas vias do centro, a colocação de semáforos sincronizados e a recuperação de outras ruas importantes é uma outra medida fundamental. Hoje, Rio Grande tem 62 mil veículos, 30% a mais do que em 2004. Precisamos fazer todo esse trânsito fluir. E, finalmente, o quesito habitação também está recebendo atenção. Já firmamos um convênio com a Caixa Econômica Federal para a construção de mais 300 casas populares, no Bairro Cidade de Águeda, para atender a população de baixa renda. Já as habitações de média e alta renda estão ganhando investimentos privados, com o nosso apoio.
Todo esse bom momento deve se refletir em um orçamento mais gordo em 2008. Isso significa mais dinheiro para ser investido na cidade?
Branco: Sim, teremos um incremento. Em 2007, o orçamento foi de R$ 179 milhões. Já para 2008, o número pula para R$ 185 milhões. Esse resultado positivo tem duas razões. Uma delas é o bom desempenho do PIB do Estado, que cresceu 7,2% em função do setor agrícola. A segunda e principal razão são os novos empreendimentos na cidade, obviamente. Mas a indústria, em si, gera poucos dividendos aos cofres municipais, já que foram concedidos muitos incentivos. No entanto, como o fluxo de pessoas, com mais dinheiro, faz movimentar todos os setores, a economia da cidade cresce e, conseqüentemente, a arrecadação aumenta. E, é claro, mais dinheiro nos cofres da prefeitura significa mais investimento na cidade. É um ciclo virtuoso que se abriu.
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