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sábado, 28 de junho de 2008

Dique seco terá atraso de sete meses

Surpresas na escavação do terreno esticaram o prazo de entrega do Dique Seco em sete meses, de fevereiro para setembro de 2009.O atraso é conseqüência do tipo de solo - uma mistura de areia com argila - existente na área do Superporto. Sondagens iniciais, feitas durante a a elaboração do projeto, descreviam o solo como essencialmente arenoso, ou seja, difícil de comprimir e muito resistente.
Mas análises posteriores apontaram a presença de argila em camadas intermediárias de terra, o que diminui a capacidade de sustentação da futura laje de fundo, ou seja, o piso do dique.Vencedora da licitação para a obra, a WTorre teve de mudar o plano original. O projeto das fundações será alterado, com a colocação de estacas mais longas. A profundidade será definida quando as escavações alcançarem 18 metros. Até agora, as máquinas já chegaram a 14 metros.

Luiz Mauro de Oliveira, engenheiro da Petrobras e gerente de construção e montagem da obra, explica que as características do solo só foram totalmente conhecidas depois de vários testes específicos durante a fase inicial da construção.- Depois dos ensaios de solo posteriores, estamos discutindo uma alteração na forma de suportar o peso das embarcações, com possíveis alterações no projeto original - explica Oliveira.

Petrobras e WTorre assinarão um aditivo ao contrato, mas as empresas não revelam exatamente quais mudanças serão feitas. A Petrobras só admite que o orçamento de R$ 439 milhões deverá sofrer "ligeiro aumento".O atraso também adiou a previsão das obras da P-55, a primeira plataforma montada no dique, que deveriam começar em março de 2009.


O projeto

- Cerca de 1,2 mil pessoas trabalham atualmente no Dique Seco, que deve ser o maior em operação na América Latina.


- No segundo semestre, o número pode chegar a 1,8 mil.

- Quando alcançar pleno funcionamento, deverão ser empregados de 5 mil a 6 mil pessoas.

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