Páginas

Arquivo

domingo, 20 de novembro de 2011

Polo Naval




Capa da edição 79 da Revista Conexão Marítima destaca mais uma vez o Polo Naval do Rio Grande. A capa (Guga VW), estampa uma bela foto da chegada da P-58  no porto gaúcho. João Paulo Tavares Papa, presidente da Associação Brasileira dos Municípios Portuários é  o entrevistado da edição. Também é destacado os alpinistas que também ganham o seu espaço na indústria naval.

Na entrevista, João Paulo Papa defende a renovação da frota de caminhões, que segundo ele  é uma questão de interesse nacional.Segundo os últimos dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a frota brasileira de caminhões conta com mais de 1,5 milhão de unidades. As vendas não param de crescer e os veículos mais antigos, responsáveis pelos maiores índices de poluição e de acidentes nas estradas, continuam em circulação no país

Abaixo um trecho da entrevista concedida ao repórter Aerton Guimarães da Agência de Notícias da CNT.



Como as cidades portuárias pretendem implantar o plano?Nós tomamos algumas decisões e a primeira delas foi solicitar uma reunião com o ministro Fernando Pimentel (ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Ele decidiu que o primeiro encontro deveria ser com sua equipe, o que ocorreu no último dia 13. Participaram da reunião os principais membros da equipe do Ministério, assessores, o Sindicato dos Transportadores Autônomos da Baixada Santista, a CNT e, também, a Secretaria Especial de Portos, que reafirmou a posição da ABMP, declarando que um dos maiores problemas da atividade portuária está relacionado exatamente à idade da frota dos caminhões.

Além de altamente poluidores e muito inseguros, são totalmente ineficientes, ou seja, o trabalho está se aviltando cada vez mais porque esse caminhoneiro praticamente trabalha para conseguir comer. Isso tudo por conta das quebras constantes e do alto custo pra manter esse veículo.

O levantamento que a CNT fez foi a base para a nossa articulação. Mas nós estamos nos dispondo a trazer ainda mais elementos para esse relatório, que está muito bem feito, por sinal, mas buscamos elementos específicos para a atividade portuária. E o que se nota é que, de fato, a concentração de equipamentos muito antigos – com mais de 20 anos –, alguns com mais de 40 anos, nos portos, está muito acima da média nacional.

Está claro para todos que o fim do ciclo de vida desses caminhões é a atividade portuária por várias razões, inclusive por natureza de fiscalização e por conta do trajeto, pois são viagens curtas e que não dependem de estradas. No Porto de Santos, há cinco mil caminhões autônomos, dos quais 90% tem mais de 30 anos. É um dado estarrecedor.

O que será feito a partir de então?

Na reunião, a CNT declarou que a realidade nos portos merece um tratamento especial pelo ministério. E com essa posição da CNT e da Secretaria de Portos, conseguimos com a equipe do ministério a possibilidade de desenvolver um projeto piloto para a frota portuária. Para isso, criaremos um grupo de trabalho para diagnosticar a realidade das cidades portuárias e já está prevista uma reunião para a próxima semana, aqui em Santos. A equipe do ministério virá conhecer a realidade local. Estou mobilizando os principais prefeitos portuários para que venham ou mandem seus representantes, pois sabemos que a realidade é muito parecida.

A reciclagem seria viável nessas cidades?
Acredito que sim, pois nós seríamos parâmetros a partir da implantação em uma escala menor para testar o modelo. Com isso, ele poderia crescer e dar maior amplitude ao programa. Nós temos aqui em Santos condições que podem favorecer o projeto piloto. Temos uma siderúrgica no pólo de Cubatão e fábrica de vidro próxima, isso já pensando na reciclagem desse material. Sem falar de aço, bateria, pneus...

0 comentários

Postar um comentário