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domingo, 18 de setembro de 2011

Alpinistas ganham espaço nas indústrias de petróleo

No lugar das grandes montanhas, navios e plataformas de petróleo. O alpinismo ganhou um novo espaço nas indústrias do Brasil, principalmente no setor petroleiro. O chamado acesso por corda é utilizado para a execução de serviços de limpeza, tratamento e pintura de superfícies, inspeções e instalações de equipamento.


O curso de alpinismo industrial tem ganhado muito espaço com o avanço da indústria naval e petrolífera nos últimos anos. O trabalho tem uma exigência de segurança e técnica para sua realização. Os padrões de segurança estabelecidos pelas Normas de Regulamentação n°18 são à base do trabalho em altura. Por essa razão grandes empresas, como a Petrobras, exigem de seus alpinistas industriais a certificação específica do setor.


O trabalho industrial de acesso por corda foi desenvolvido, nos últimos 20 anos, pelo IRATA Internacional, a sigla em inglês da Associação Comercial de Alpinismo Industrial. Atualmente, o alpinismo é a forma escolhida para o acesso de grande parte do trabalho offshore no setor de petróleo e gás, bem como uma série de projetos em construção e engenharia civil. Na área de segurança industrial, as técnicas de alpinismo industrial possibilitam a diminuição no tempo dos trabalhos feitos em altura. Isso gera um aumento de produtividade e diminuição nos custos para as empresas.

No Brasil, as escolas e empresas seguem as normas do IRATA, a única associação ligada ao trabalho em altura no mundo. Em Rio Grande, a Oikos Brasil Assessoria Multidisciplinar está oferecendo o curso de Alpinismo Industrial. Segundo a diretora da escola, Mara Lúcia Zimpeck, a expansão do setor naval motivou a implantação do curso na cidade. “É necessária uma preparação específica para os trabalhadores. Queremos capacitar os trabalhadores locais fazendo com que as vagas de emprego geradas pelo pela indústria naval sejam preenchidas por rio-grandinos”, disse Zimpeck.

O alpinismo é a forma escolhida para o acesso de grande parte do trabalho offshore no setor de petróleo e gás

O foco dado pelas escolas está no setor petrolífero, na execução de limpeza pós-obra, pinturas externas e internas, impermeabilizações. Não há pré-requisitos para ingressar no curso de qualificação profissional, mas é necessário que a pessoa não tenha medo de altura e tenha maior idade. Porém, para a atuação como alpinista exige-se, além do certificado do IRATA - que é válido em 72 países -, a qualificação em algum curso técnico, no mínimo.  A certificação, atualmente, tem três níveis de atuação. Para mudar de nível, é necessário um ano de certificação mais mil horas de experiência, e é necessário fazer um curso de atualização.

Através de uma parceria com a TR4 Alpinismo e Resgate Industrial, a equipe que ministrará o curso é composta por ex. militares da Brigada de Infantaria Paraquedista. O treinamento deverá ser feito para turmas de até 12 alunos, com carga horária de 40h. “Não necessariamente quem conquistar este certificado irá utilizá-lo no Polo Naval. Temos muitas empresas, hoje, que estão se instalando na cidade e que exigem esta qualificação. A tendência é que profissionais com esta especialização sejam cada vez mais requisitados”, informou a diretora da escola Oikos Brasil.

Os interessados devem procurar a escola na Rua Zalony, 284, no horário das 13h às 18h ou contatar pelos telefones 53 91021308 ou 84094525, ou ainda pelo e-mail mara.oikosbrasil_qsms@msn.com.  Além do Alpinismo Industrial, a Oikos também oferece outros cursos como de Primeiros Socorros, Pintor Industrial e Limpeza e Higienização de EPI’s.

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