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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Navios terão de reduzir sua poluição

Poucas atividades têm potencial de provocar tanta sujeira quanto o movimento portuário. Paira sobre a maior parte dos terminais uma enorme nuvem negra, resultado da queima de toneladas de combustível provocada pelo incessante vai-e-vem de caminhões, navios e outros equipamentos pesados, como guindastes e rebocadores. Mas a indústria naval e o setor de navegação terão de diminuir o consumo de energia de seus navios e, por consequência, reduzir a liberação de poluentes e gases do efeito estufa na atmosfera, em especial o CO2, emitido pelas embarcações com a queima dos combustíveis. A determinação integra regulamentos instituídos nos últimos meses pela Organização Marítima Internacional (IMO), órgão das Nações Unidas que regra a navegação comercial internacional. Essas normas entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Atualmente, o setor naval é responsável por cerca de 4% das emissões de CO2 no mundo, podendo chegar a 12% em 2050, segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Estudo realizado pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, aponta que os navios liberam um volume de poluentes particulados equivalente à metade dapoluiçãoproduzidapelafrota mundial de veículos. São 1.100 toneladas de poluição particulada emitidas globalmente a cada ano.

Para mudar esse cenário, o Comitê de Proteção ao Meio Marinho da IMO aprovou, em 15 de julho passado, duas regras principais. A primeira é que todas as embarcações com um peso bruto superior a 400 toneladas, encomendadas a partir de 1º de janeiro de 2013, deverão acompanhar a eficiência de utilização de seu combustível e operar com o Índice de Design de Eficiência energética (Eedi, na sigla em inglês), o que terá de ser certificado. Até então, os navios adotavam o Eedi (elaborado pelo mercado em 2009) de forma voluntária.

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