Os grandes armadores, preocupados com os custos portuários (e o debate é salutar para o bem da sociedade), deveriam dar mais atenção também para a questão do casco duplo de seus navios que transportam petróleo. Sempre que esse tema vem a tona, as desculpas surgem de todos os lados. O meio ambiente e a segurança dos trabalhadores não são prioridade para os donos dos navios, para a grande maioria, nunca foram.
Com a entrada em vigor da nova norma da Organização Marítima Internacional (IMO) para a eliminação progressiva dos petroleiros monocascos, estima-se que cerca de 1.119 petroleiros reúnem as condicões necessárias para serem retirados do mercado de petróleo. Uns 334 desses petroleiros ou são de propriedade de companhias comunitárias ou estão registrados sob o nome da União Européia. Dos 3500 barcos com que conta a indústria petrolífera, aproximadamente 1700 são embarcações monocascos, que terão de ser eliminadas em 2010.
Desde o acidente ocorrido em 1989 com o navio Exxon Valdez na costa do Alasca, a indústria de navios passou a opor uma resistência feroz a qualquer medida para restringir o uso dos petroleiros monocascos.
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