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quarta-feira, 20 de maio de 2009

O porto que vivia


Saiu no Jornal Zero Hora, na coluna Almanaque assinada pelo jornalista Olyr Zavaschi


Para quem está atento à evoluçãodo centro de Porto Alegre, com sua decadência nas décadas recentes e as repetidas tentativas de recuperá-lo,não deixa de ser estimulante – e talvez
nostálgico – ver esta imagem da chegada de um barco de passageiros em 1942.


O cais era importante porta de entrada na cidade. Nele atracavam cargueiros transatlânticos e navios de passageiros. O tradicional burburinho dos cais do porto fazia parte também do cotidiano de Porto Alegre, que ainda não tinha erguido o muro da Mauá. Com a redução do movimento de carga e a extinção gradativa do transporte marítimo e fluvial de passageiros, o porto da Capital ainda aguarda um destino que lhe devolva utilidade, graça e vida.


Há exemplos bem-sucedidos de reutilização de velhos portos como em Buenos Aires, Nova York, São Francisco e em dezenas de outras cidades no mundo. As populações têm quase sempre relações de amor e de gratidão para com seus portos, alguns deles, como o da Capital gaúcha, indispensáveis para explicar sua trajetória histórica e até seu nome.

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