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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Carência III

Em sua coluna no site Net Marinha, Sérgio Barreto Motta, revela que segundo os dirigentes do Syndarma, de forma alguma o problema não está nos salários. Eles garantem que, na área de apoio marítimos, os oficiais recebem acima de R$ 9 mil mensais e que há casos de comandantes com salários de R$ 20 mil.

A folga anual corresponde a seis meses e são pagos 14 salários por ano.Os representantes da classe armatorial não sabem qual a razão para a alta evasão e citam a falta de vocação familiar no Brasil, pois há países onde há tradição de pai para filho no mar. Admite-se que, hoje, o jovem quer ficar em terra, mesmo ganhando menos.

Há quem defenda o fim do pagamento dado aos alunos que freqüentam as escolas de marinha mercante, pois isso pode estar atraindo gente que só quer se beneficiar do soldo e obter um diploma universitário, sem ter interesse em seguir carreira. Sobre a retenção de dinheiro destinado à Marinha, para usar nos cursos do setor, estima-se que o total atinja a elevada cifra de R$ 200 milhões.

O total de oficiais formado a cada ano é inferior a 400; estudo do Ministério das Minas e Energia cita 570 por ano como número ideal e os armadores frisam que, diante das novas encomendas, deveriam ser formados a cada ano 1.000 oficiais. Há a possibilidade de engenheiros e outros profissionais fazerem curso de dois anos para se tornarem marítimos, mas isso tem sido pouco usado.

A lei que criou o Registro Especial Brasileiro ( REB) permite que os navios nacionais usem apenas o comandante e o chefe de máquinas brasileiros, mas, na prática, não são concedidos vistos para marítimos estrangeiros.Um dos mais preocupados é Ronaldo Lima, da área de barcos de apoio. Ele lembra que a Petrobras anuncia construção de 146 barcos de apoio a curto prazo e cada unidade exige 12 oficiais - seis por turno.

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