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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Eles estão de volta III

O ponto mais distante onde a literatura veterinária indica que houve encontro de pingüins no Brasil é a Bahia. “Há pouquíssimos relatos bibliográficos sobre a localização dessas aves no Espírito Santo e na Bahia. As águas nesses dois estados não são tão frias como as do Sul e Sudeste do país”, disse Muniz.

A aparição de pingüins no litoral gaúcho e catarinense é mais comum do que em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Estamos batendo o recorde de animais encontrados. Em 2006, só no Zoológico de Niterói, foram registrados 250 pingüins.

Em 2007, quase não houve registro. Neste ano, já temos 92 animais conosco, desde junho, em tratamento no zoológico. Com certeza há mais no estado”, afirmou Muniz. Quando surgem nas praias brasileiras, os pingüins estão quase sempre machucados, sujos de petróleo, enroscados em redes de pesca ou muito cansados. “Quase sempre não são adultos. Normalmente são aves que fizeram seu primeiro mergulho no mar e não têm muita habilidade”, disse o veterinário do Zoológico de Niterói.

Em São Paulo, a região mais comum de se encontrar os pingüins é o litoral norte. Os casos mais recentes foram registrados em Ubatuba e são tratados pelo aquário da cidade. O veterinário Pinho da Silva afirmou ainda que os pingüins procuram terra firme para se aquecer. “Quando ficam sujos de óleo, a temperatura do corpo deles cai e tentam se aquecer em solo. A temperatura média das aves é de 41 graus.”

Por serem filhotes, os pingüins se dispersam por causa das tempestades como o El Niño e La Niña. “A corrente das Malvinas é muito intensa e faz com que os animais cheguem ao litoral do Rio de Janeiro.”

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