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sábado, 15 de outubro de 2011

Navios zarpam para operação no gelo

Capitão-de-mar-e-guerra Marcelo Pinto comandará o Ary Rongel. Foto: Eduardo Beleske, Especial.
Carregados com equipamentos de pesquisa, mantimentos e mais de 140 pessoas, dois navios do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) deixaram o  Porto de Rio Grande no dia 14 (sexta-feira) rumo ao continente gelado. A parada gaúcha foi a última escala antes de uma missão prevista para durar 188 dias, a 30ª Operação Antártica.

Abordo do navio polar Almirante Maximiano (chamado pelos marinheiros de Tio Max) e do navio de apoio oceanográfico Ary Rongel (apelidado de Gigante Vermelho), viajam praticamente todos os materiais necessários para o trabalho e para suportar os dias no continente antártico. Água, alimentos, barracas, equipamentos de alpinismo e sobrevivência, medicamentos, gás e até veículos como motos de neve e quadriciclos dividem espaço com tripulantes e pesquisadores. Os suprimentos e equipamentos serão encaminhado para a Estação Antártica Comandante Ferraz.

Entre os equipamentos levados na expedição, dois chamam a atenção: o rossette e a gôndola. O primeiro é uma espécie de engradado de garrafas. A pedido dos pesquisadores, elas são mergulhadas na água, à profundidade necessitada, e o material é recolhido. As diferenças de profundidades possibilitam o estudo das correntes e das características das águas pesquisadas.

A gôndola é praticamente um laboratório embaixo d’água, com capacidade para medir direção das correntes, intensidade, salinidade e outros aspectos necessários para estudar as águas no continente gelado.

Após a chegada à Antártica, novos pesquisadores continuam chegando, somando-se ou revezando-se com os que já estão lá. O programa é organizado pela Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) em voos executados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Estes voos param obrigatoriamente no aeroporto de Pelotas, onde a equipe da Esantar carrega o avião com roupas e equipamentos para as equipes que, em revezamento, alternam o trabalho com o pessoal que permanece na Antártica.
rafael.diverio@zerohora.com.br
RAFAEL DIVERIO | Rio Grande/Casa Zero Hora

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