Páginas

Arquivo

domingo, 25 de março de 2012

Engevix/Ecovix apresentam detalhes da operação no polo naval




  • Com o objetivo de revelar perspectivas e detalhes da operação em Rio Grande, a Engevix promoveu dois painéis no último dia do Congresso Navegar, que ocorreu durante a programação da 1ª Feira do Polo Naval. Em um deles, o assessor da vice-presidência, Celso Parisi, apresentou alguns tópicos do trabalho da empresa nos próximos anos em Rio Grande.

    Para fabricar os 18 cascos de navios replicantes já contratados, estão sendo montadas as três unidades que farão parte do parque fabril da Engevix. O Estaleiro Rio Grande 1 (ERG1), já em operação, será complementado pelas estruturas do ERG2 e ERG3, que darão suporte à construção dos cascos. Hoje, 1,5 mil funcionários trabalham no complexo. No entanto, quando as três unidades estiverem prontas e operando, serão necessários mais de seis mil trabalhadores.
    Consciente de que a demanda por moradias aumentará em função das oportunidades geradas pelo estaleiro, a empresa já trabalha em um programa habitacional na cidade. Serão três condomínios – um com possibilidade de financiamento pelo programa Minha Casa Minha Vida, outro voltado para a classe média e outro de alto padrão, aberto ao público.

    A alta tecnologia envolvida no processo de fabricação dos cascos para plataformas também foi tema discutido pela Engevix. O engenheiro naval Fernando Faria, especialista em estudos hidrodinâmicos, demonstrou os ensaios em escala reduzida feitos para a verificação do projeto. Segundo ele, os ensaios costumam ser caros, por que requerem a produção de um casco em tamanho diminuto, mas necessários para verificar a correção dos cálculos dos projetos e evitar problemas na operação.
    Depois de construir o protótipo, é necessário testá-lo em um tanque que reproduza ventos, ondas e correnteza, para estimar as reações do produto em condições climáticas adversas. Tradicionalmente, estes testes são realizados em tanques de prova na Holanda ou Noruega, já reconhecidos pela precisão de seus resultados e pela tecnologia disponível. No entanto, utilizá-los é caro e requer um agendamento com muita antecedência.

    Por decisão da Petrobras, testes como este vêm sendo realizados no LabOceano, montado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e que recebeu investimentos para desenvolver a tecnologia necessária para a realização das simulações. Os resultados, segundo Faria, foram satisfatórios em todos os sentidos. Primeiro, por que o laboratório brasileiro mostrou-se capaz de competir com os estrangeiros, oferecendo resultados confiáveis. E, segundo, por que verificou-se que os cálculos do projeto estavam corretos. 

0 comentários

Postar um comentário