Dispositivo de içamento do Navio GULMAR ATLANTIS, já com a chata ao lume d'água |
A Marinha do Brasil (MB) informa que a chata de
óleo que havia afundado no final do ano passado, nas proximidades da Estação
Antártica Comandante Ferraz (EACF), quando realizava transporte do óleo “gasoil
arctic”, foi reflutuada e levada para terra, onde se encontra em segurança,
sem causar qualquer dano ambiental.A reflutuação foi conduzida por mergulhadores
embarcados no Navio “Gulmar Atlantis”, cedido pela PETROBRAS, e apoiado pelo
Navio Polar (NPo) “Almirante Maximiano” da MB. A operação levou cerca de cinco
dias para ser executado.
No primeiro dia, 28 de fevereiro, foi feita uma
inspeção por meio de um Veículo Submersível de Operação Remota (ROV) e
mergulhadores, quando se observou que as condições da chata eram semelhantes às
da filmagem realizada em dezembro, por uma equipe da Marinha.
No segundo dia, 29 de fevereiro, as equipes de
mergulhadores se revezaram e foram feitas diversas excursões à chata,
preparando-a para a reflutuação. Foram retirados componentes instalados nela,
que poderiam dificultar seu içamento, tais como: as rampas de acesso e a
barreira de contenção de óleo que sempre é colocada quando é feita uma faina de
abastecimento, e, que, também afundou.
Trator D5 de EACF auxiliando o encalhe da chata com maior segurança |
No terceiro dia, 1º de março, a chata foi
levantada parcialmente para que as equipes pudessem passar as cintas por baixo
de seu casco, de forma que toda a sua estrutura fosse içada pelo guindaste do
Navio “Gulmar Atlantis”. O trabalho teve que ser interrompido diversas vezes
tendo em vista que as condições meteorológicas reinantes não permitiam que os
mergulhadores executassem suas tarefas com a devida segurança. Essas atividades
foram concluídas na manhã de hoje (3). Após a colocação deste dispositivo, ela
foi içada ao lado do navio. Uma vez na superfície, os mergulhadores instalaram
uma série de flutuadores ao longo de seu casco e após isso, iniciou-se o
bombeamento do óleo que estava nos seus tanques, para ser armazenado em
recipientes que foram disponibilizados para o navio. Com a chata flutuando em
segurança, os botes do NPo “Almirante Maximiano” e da EACF a conduziram até a
praia, onde ela se encontra. Os recipientes com o óleo serão trazidos para o
Rio de Janeiro pela MB.
Durante toda a operação, foi estabelecida uma
barreira, com equipamentos da PETROBRAS, para conter possíveis vazamentos de
óleo, que não ocorreram.
A Marinha do Brasil reconhece
que só foi viável realizar essa complexa operação de reflutuação, no presente
verão Antártico, com a parceria da PETROBRAS que, desde o início do
planejamento, reconheceu que evitar qualquer dano ao ambiente Antártico é um
compromisso da nação brasileira.
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