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domingo, 11 de março de 2012

Falta de soldadores faz empresa de Ipojuca buscar dekasseguis no Japão


A história é antiga, mas retrata o gargalo da indústria naval brasileira que é a qualificação da mão de obra. Segundo informações publicadas no Portal G1,o estaleiro Atlântico Sul faz campanha e anúncio em jornais para contratar 1.200 pessoas.Oportunidades de emprego atraem executivos de outros estados. Manuela Thiba, descendente de japoneses nascida em Bragança Paulista (SP), pode dizer que foi bem sucedida durante os 6 anos em que morou e trabalhou na cidade de Toyohashi, na região central do Japão.Lá, ela aprendeu a profissão de soldadora e alcançou todas as certificações possíveis para uma profissão, que, em média, paga salários mais altos do que a maioria dos serviços executados por brasileiros que moram naquele país.

Andréia e Manuela: valorizadas em época de mão de obra escassa. (Foto: Ligia Guimarães/G1)
"Eu enfrentava preconceito por ser mulher. Quando fui me habilitar para uma das certificações nem havia a opção de colocar 'mulher' na ficha de inscrição. Tiveram que fazer uma outra ficha para mim", diz ela, que atuou na solda de navios e pontes durante 5 anos. Mas foi uma proposta para trabalhar em Ipojuca, no litoral de Pernambuco, que despertou nela o desejo de voltar para o Brasil. "No Japão, cheguei no nível máximo que poderia chegar. Dali pra frente seria muito difícil por ser mulher e estrangeira", conta Manuela.
Ipojuca foi um dos destaques na geração de vagas de emprego formais em 2010, segundo dados do Ministério do Trabalho. Em dezembro, a cidade criou 1.376 vagas com carteira assinada, o que a deixou em terceiro lugar no ranking. Em todo o ano passado, foram 16.413 vagas, levando Ipojuca ao 19º lugar na lista do ministério.

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